Como a análise existencial compreende o agressor (bully)?

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Como a análise existencial compreende o agressor (bully)?
A análise existencial compreende o agressor como um ser humano em busca de sentido, mas que, muitas vezes, expressa essa busca de forma distorcida. O ato de agredir pode revelar uma tentativa inconsciente de afirmar poder, controlar o outro ou compensar um sentimento interno de vazio, insegurança ou inferioridade.

Sob essa ótica, o comportamento do bully não é reduzido a um rótulo moral, mas entendido como um desvio do encontro autêntico com o próprio valor e com a liberdade responsável. Ele não vive de modo genuinamente livre, pois suas ações são movidas pela necessidade de dominar, humilhar ou reagir ao sofrimento interno.

O processo terapêutico, nesse caso, busca levá-lo à consciência de suas escolhas, ajudá-lo a reconhecer a responsabilidade por seus atos e abrir espaço para uma relação mais humana e empática com os outros. A meta é restaurar a capacidade de autotranscendência — ou seja, de sair de si mesmo e direcionar-se a algo ou alguém de valor.

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 Rafael Magalhães
Psicólogo
Belo Horizonte
Na perspectiva existencial, o agressor não é visto apenas como alguém “malvado por natureza”, mas como uma pessoa que tenta lidar — de forma distorcida e machucada — com suas próprias fragilidades. Muitas vezes, quem pratica bullying está tentando afirmar um valor que não sente dentro de si, escapar de um sentimento de inadequação ou exercer controle onde se sente impotente.

Isso não significa justificar a agressão, mas entender que ela nasce de escolhas e maneiras de estar no mundo que a pessoa aprendeu e repetiu. O agressor geralmente não sabe lidar com seus medos, inseguranças ou angústias, e acaba direcionando isso para o outro.

Na análise existencial, buscamos compreender o sentido que esses comportamentos têm na vida da pessoa: o que ela tenta evitar, o que tenta provar, que tipo de relação quer estabelecer com o mundo. Esse olhar ajuda a reconstruir responsabilidade, empatia e formas mais humanas de se colocar diante do outro.

E, para quem vive essa situação — seja como vítima, seja percebendo em si comportamentos agressivos — um espaço de conversa pode abrir caminhos para entender por que isso se repete e como transformar essas relações de forma mais consciente.

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