Como o bullying afeta a percepção de mundo de alguém com transtorno de personalidade borderline (TPB
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Como o bullying afeta a percepção de mundo de alguém com transtorno de personalidade borderline (TPB) ?
O bullying pode intensificar a sensação de insegurança e desconfiança em quem tem transtorno de personalidade borderline. A pessoa pode passar a enxergar o mundo como hostil e imprevisível, reforçando o medo de rejeição e a dificuldade em confiar nos outros. A terapia pode ajudar a reconstruir essa percepção, trazendo mais segurança emocional e abrindo espaço para relações mais saudáveis.
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Oi, tudo bem? A sua pergunta é muito profunda, porque não fala apenas do sofrimento imediato do bullying, mas de como essa experiência mexe com a forma de interpretar o mundo quando alguém vive com transtorno de personalidade borderline. No TPB, o sistema emocional já funciona como uma antena muito sensível, captando nuances que outras pessoas talvez nem percebam. Quando essa sensibilidade encontra situações de humilhação ou rejeição, o cérebro pode começar a registrar o ambiente como um lugar imprevisível, às vezes até perigoso, mesmo quando racionalmente a pessoa sabe que aquilo não é sempre verdade.
O bullying pode fazer com que gestos pequenos sejam lidos como ameaça, silêncios como rejeição e mudanças sutis no comportamento dos outros como sinal de abandono iminente. Não é “frescura”, e muito menos escolha. É o corpo reagindo rápido demais, tentando evitar que dores antigas se repitam. Você sente que, às vezes, basta um olhar atravessado para seu corpo entrar em alerta? Ou momentos em que uma situação do presente mexe com você como se fosse a continuação de algo muito mais antigo?
Outro impacto importante está na forma como a pessoa passa a se perceber. O bullying, especialmente quando vivido na infância ou adolescência, pode distorcer o senso de valor pessoal, como se o mundo estivesse sempre prestes a apontar uma falha ou a confirmar um medo que já existe por dentro. Em algum momento da sua história você percebeu que começou a desconfiar do que os outros dizem, mesmo quando parecem estar sendo sinceros? Ou que gestos positivos soam incertos, enquanto os negativos viram quase uma prova de que algo está errado com você?
Essas interpretações não surgem do nada. São respostas emocionais aprendidas em ambientes que não ofereceram segurança. O caminho terapêutico ajuda justamente a reorganizar essas percepções, para que o mundo deixe de parecer um território cheio de armadilhas e passe a ser um espaço onde você pode se sentir mais estável, mais visto e menos ameaçado. Se você já estiver em terapia, vale muito levar essas vivências para o profissional que te acompanha. Se ainda não estiver, esse pode ser um ponto importante para trabalhar com cuidado e apoio.
Quando sentir que é o momento certo, podemos conversar mais sobre essas percepções e o que elas significam na sua história. Caso precise, estou à disposição.
O bullying pode fazer com que gestos pequenos sejam lidos como ameaça, silêncios como rejeição e mudanças sutis no comportamento dos outros como sinal de abandono iminente. Não é “frescura”, e muito menos escolha. É o corpo reagindo rápido demais, tentando evitar que dores antigas se repitam. Você sente que, às vezes, basta um olhar atravessado para seu corpo entrar em alerta? Ou momentos em que uma situação do presente mexe com você como se fosse a continuação de algo muito mais antigo?
Outro impacto importante está na forma como a pessoa passa a se perceber. O bullying, especialmente quando vivido na infância ou adolescência, pode distorcer o senso de valor pessoal, como se o mundo estivesse sempre prestes a apontar uma falha ou a confirmar um medo que já existe por dentro. Em algum momento da sua história você percebeu que começou a desconfiar do que os outros dizem, mesmo quando parecem estar sendo sinceros? Ou que gestos positivos soam incertos, enquanto os negativos viram quase uma prova de que algo está errado com você?
Essas interpretações não surgem do nada. São respostas emocionais aprendidas em ambientes que não ofereceram segurança. O caminho terapêutico ajuda justamente a reorganizar essas percepções, para que o mundo deixe de parecer um território cheio de armadilhas e passe a ser um espaço onde você pode se sentir mais estável, mais visto e menos ameaçado. Se você já estiver em terapia, vale muito levar essas vivências para o profissional que te acompanha. Se ainda não estiver, esse pode ser um ponto importante para trabalhar com cuidado e apoio.
Quando sentir que é o momento certo, podemos conversar mais sobre essas percepções e o que elas significam na sua história. Caso precise, estou à disposição.
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