É possível evitar o amor transferencial? Recentemente, me apaixonei por uma terapeuta e foi uma expe

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É possível evitar o amor transferencial? Recentemente, me apaixonei por uma terapeuta e foi uma experiência um pouco dolorosa, por envolver tanto rejeição de expectativas afetivas quanto interrupção de um processo terapêutico que
estava indo bem. Hoje, o que me desperta receio de procurar outra pessoa para fazer terapia é justamente a possibilidade de isso ser uma tendência, se repetir e eu acabar me frustrando.

A solucao seria buscar um profissional de sexo diferente ao meu?
Olá tudo bem? A transferência e contratransferência é muito comum de se ouvir falar nos processos terapêuticos. Logo que o movimento de você contar suas questões pessoais e intimas para alguém que está em uma posição que pode ser confundida como um salvador, como se a pessoa estivesse em um lugar que se torna admirável e a linha tênue entre admiração e inicio de um sentimento amoroso se torne bem pequena. Pelo relato consigo entender que esse amor foi verbalizado da sua parte e houve a quebra/término do processo, uma ação bem feita pelo profissional. Porém o acolhimento o entendimento e a função que o profissional tem subsequente a isso é de extrema importância, essa postura vai de profissional para profissional. E a continuidade com um novo profissional é de suma importância também. Nesse novo processo o entendimento do que aconteceu, de como você se sentiu, e de como você está se sentindo é muito significativo, pois isso diz muito do seu processo terapêutico também. Algo que possa ser levado em consideração nesse momento, e talvez outros profissionais tenham opiniões diferentes é que o momento para buscar um novo profissional, seria quando você se sentir confortável com a ideia. Não vejo a necessidade desesperada de encontrar alguém o quanto antes, mas sim quando se sentir bem para falar sobre o que aconteceu e dar mais uma chance para a terapia. O profissional que irá te receber, deverá saber como acolher essa informação e mostrar o quanto isso pode ser relevante para se trabalhar na sua própria sessão. Ah quanto ao sexo, isso é muito uma percepção sua, se você considerar que a mudança de sexo possa ser benéfica, mude, caso não veja diferença, vá pela a empatia, pelo conforto e como aquela pessoa te deixa bem no momento da sessão.
Espero ter ajudado, a terapia é incrível e essa transferência pode acontecer mas deve ser resinificada. Abraços Diego Raizi

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A transferência faz parte do processo analítico e quando ela se estabelece é um momento muito rico. Algo começa a se produzir no setting terapêutico além do acolhimento e da escuta. Algo de você vem para o analista que devolve de uma forma diferente. E assim, a grosso modo, um trabalho de elaboração. Como foi muito bem respondido pelo colega, respeite seu tempo mas não deixe de dar sequência ao tratamento para lidar também com outras questões em aberto. Um abraço
Olá, se isso acontecer é muito importante que você converse com seu terapeuta sobre isso, para uma boa relação e sucesso de tratamento e autoconhecimento é imprescindível que tenha confiança, sinceridade e transparência na relação Paciente/Terapeuta, fale sobre seus sentimentos e não tenha medo do julgamento, o Psicólogo não está ali para te julgar. E se houver uma tendência a se apaixonar pela psicóloga, isso deverá também ser trabalhado, pois é uma questão de extrema relevância em um tratamento psicológico. Lembre-se: O Psicólogo não está ali para te julgar ou para te criticar, ele está ali para te acolher e ajudar a ter melhor qualidade de vida. Espero ter ajudado. um abraço.
Olá , isso é possível acontecer na relação analista x analisando , mas vejo que o profissional precisa trabalhar essa transferência ou contratransferência de forma a acolher e ajudar o paciente .Busque ajuda sim , será muito importante pra vc desmistificar esse sentimento que precisa ser elaborado .Estou a disposição.
Olá, fiquei bastante curiosa sobre esse termo usado por você "amor transferencial", de fato a transferência e o vinculo terapêutico é a base para um processo de terapia ser bem sucedido, essa transferência e contratransferência precisa ser bem trabalhada no processo de terapia. Contudo, percebo pela sua escrita que essa experiência foi bem dolorosa para ti, e não acolhedora e apoiadora, como de fato tem que ser. Acredito que um bom caminho seria desmistificar essa percepção que a transferência seria sempre de base amorosa e sexual.
Procure um terapeuta comportamental, na Terapia Cognitivo Comportamental não existe esse negocio de transferência rsrs.
Olá! Quando ocorre a questão transferencial é importante você continuar com a mesma terapeuta pra junto com ela você entrar em contato com a necessidade dessa transferência. Caso realmente você não conseguir enfrentar procure um terapeuta do sexo masculino
Olá! O que aconteceu com você é possível que possa acontecer em qualquer processo terapêutico. Pelo que entendi você já finalizou seu processo com sua terapeuta e está com bastante receio em procurar outra. Contudo, você precisa se dar oportunidade de uma nova experiência. Caso isso venha a se repetir converse com a nova terapeuta e aproveitem esse sentimento para discutir e utilizar a favor do seu crescimento emocional. Acolher e entender seus sentimentos é importante nesse momento.
É sempre importante buscar compreender os nossos sentimentos, principalmente quando eles parecem confusos ou "deslocados". No seu caso, a escuta especializada é fundamental para que se possa verificar o que realmente acontece no seu processo psicoterapêutico. É fundamental que o profissional o ajude a descobrir o que realmente sente, o que é pensamento disfuncional, quais são as suas crenças e quais são os esquemas por trás desse sentimento. Você precisa entender e elaborar a sua dor. Isso é perfeitamente possível com a ajuda especializada.
Talvez seja interessante você analisar como tem sido suas relações com as pessoas. Se já se apaixonou por pessoas com as quais sua relação seria profissional ou de amizade...ou se foi a primeira vez...e do quanto isso pode ser um conteúdo rico para ser trabalhado em sessão...Estou a disposição para conversarmos.
Olá, penso que antes de pensar em evitar algum sentimento é importante entender o que seja, pelo que ocorre, etc. Sentir receio de procurar outra terapeuta é natural, mas entenda que se esse medo for imaginário e não acontecer o que você teme, você tem a linda oportunidade de obter satisfação nas suas demandas. Mas se você não se permitir, além de nunca tirar essa duvida, estará impedindo de crescer, desenvolver, justamente nas suas queixas e nesse aspecto peculiar. Apaixonar-se e não ser correspondido é oportunidade de trabalhar a frustração; assim também vale para a transferência. Busque um profissional sério e comprometido, independente de quem seja, esse aspecto é o mais importante. Espero ter ajudado!
Olá! Muito interessante essa transferência. Não teoque de analista, pelo contrário trabalhe essas questões com ela. Te ajudará muito! Não mude para o sexo oposto. É o mesmo que deixar um conteúdo importante sem elaboração.
Olá! Via de regra, não é possível evitar quaisquer tipo de transferência. E no contexto clínico não é diferente. Contudo, na perspectiva Freudiana, o manejo das transferências é responsabilidade do terapeuta e cabe a ele trazer à luz ao paciente que trata-se de uma forma de resistência.
Em Freud, transferência tem relação com “repetição”. Desta forma, enquanto você não compreender os processos inconscientes, oriundos de desejos libidinais infantis, sempre irá fazer transferências com quaisquer que sejam seus terapeutas, e independentemente do sexo, pois a transferência, que é uma resistência, pode surgir de diversas formas, e não somente como amor.
Boa tarde, a transferência amorosa, ou mesmo a erótica, são fenômenos pertinentes ao tratamento analítico que devem correr ao longo do tratamento. Assim, são facilitadores da compreensão do universo emocional do paciente, onde o analista deve utilizar para melhor compreender os conflitos psíquicos desse. Quando o terapeuta tem experiência profissional usa esse momento, de forma ética, para demonstrar ao seu paciente as angustias e fantasias contidas nesse tipo de transferência. Esse amor que o paciente experimenta pelo seu analista é artificial, pois é endereçado a algum personagem do passado do paciente que foi transferido na pessoa do analista. Além do disso, esse amor não se sustenta porque o paciente não conhece de fato o seu analista como pessoal, apenas idealiza sua imagem a partir da atenção profissional recebida. Assim, não se preocupe com essa emoção na sua análise e nem com o gênero do seu analista. No entanto, se certifique que está nas mãos de um profissional experiente que deverá saber como proceder nas situações terapêuticas.
Te sugiro primeiro pensar sobre o que aconteceu. Já tinha acontecido antes alguma paixão antes? Te sugiro buscar um terapeuta cognitivo comportamental, que sim tratará na relação terapêutica estas questões. Sobre o sexo do terapeuta, avalie bem. O fundamental é você se sentir seguro e confortável para falar o que quiser, independente do gênero do terapeuta.
Bom dia. Obrigado pela pergunta! Então, acredito que seja importante compreender o que acontece nesse tipo de relação em que esse "amor transferencial" aparece. Quero dizer: isto é um padrão que se repete com todos os terapeutas ou demais pessoas do cotidiano que te tratam de uma maneira "x" ou "y"? O que faz você se apaixonar pelos seus terapeutas? Acredito que seja importante olhar para isso, afinal, se isso aparece, pode ser sua forma de lidar com o mundo, ou também pode ser uma necessidade que está aberta.

Espero ter ajudado. Forte abraço!
Olá
O termo "amor transferêncial" e "transferência" foram cunhados por Freud, pai da psicanálise para descrever o que observava na sua prática clínica: as pacientes mostravam-se apaixonadas por seus analistas. Com a evolução dos seus estudos, ele percebeu que tal condição de apaixonamento era favorável e desfavorável. Ajudava e atrapalhava o processo terapêutico. Assim, foi percebendo que tal amor era uma atualização dos amores vividos primordialmente na vida do analisando. Acabou compreendendo que a transferência é uma condição para o tratamento.
Se com na tua experiência não foi possível continuar o tratamento, experimentar com outro profissional da linha psicanalítica que possa acolher o que aconteceu, será bem importante. Coragem!
Olá, num primeiro momento, sugiro que você volte a fazer sua psicoterapia com esse profissional que te atendia. O "amor transferencial" faz parte da clinica psicanalítica e se bem "conduzido" traz grandes evoluções ao processo. Se não for possível, procure outro profissional mas não interrompa o tratamento. Ainda há questões a serem "reconhecidas e ressignificadas". Abraços
Cara paciente, penso ser essa uma situação delicada para o setting analítico a ambos: analistas e analisantes. Me parece que é um cenário propicio à ambivalência dos sentimentos, legitimada por meio das diversas deflagrações de amor. Nessa perspectiva, talvez seja essa uma situação da ordem do indiscernível. No entanto, sob outro aspecto, quando conseguimos atravessar e ressignificar isso que nos atravessa, compreender através desse movimento a repetição, as demandas inconscientes, os sintomas, as identificações e as idealizações pode ser um material rico e denso ao trabalho analítico. Pense, contudo, que este pode ser um mecanismo inconsciente de inviabilizar o trabalho analítico, uma forma de resistência ao trabalho. Um dos pressupostos psicanalítico é que essa situação seja atravessada pois pertence ao tratamento. Não necessariamente é preciso interromper o trabalho mas é preciso fazer a palavra circular. Nesse movimento é que se depreende muitos conteúdos que evocam a forma de funcionamento psíquico do sujeito, sobretudo, advindos do inconsciente. Boa sorte nesse caminhar. Caso precise, me coloco a disposição.
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Olá, como vai?
Toda rejeição amorosa é dolorida. De quaisquer rejeições podem vir muitos pensamentos e sentimentos a nós: tristeza, sentimento de insuficiência, impotência, desilusão, etc. Não posso dizer o que você, de fato, sentiu, mas penso em dores de situações de rejeição que já passei. Penso que na clínica vivemos uma reprodução da vida "fora" dela. Ali, além de relatarmos situações, pensamentos e sentimentos; vivemos tudo isso, e como a terapia é uma relação também, nunca ficaremos imunes aos sentimentos que ali surgem. Deste modo, diria que seria difícil afirmar como evitar que um sentimento "a mais" se desenvolva, até porque você está em um local de acolhimento, de respeito, empatia, e, por vezes, vulnerabilidade. Toda a confiança que você investe no terapeuta e o cuidado sentido podem desencadear sentimentos. E sentimento não dá pra controlar. Porém: é possível controlar o como vamos lidar com nossos sentimentos. Desta forma, não sabendo sua orientação sexual, não sei se o sexo/gênero do psicólogo/a vai fazer diferença - pode ser que sim, pode ser que não. Em todo o caso, seria interessante trabalhar isso na terapia. Expor seu sentimento, mas diante da recusa poder lidar com essa questão. Como você se sente ao não ser correspondida no sentido amoroso. Isso também faz parte do viver e da clínica. Ao que parece, vocês encerraram os atendimentos. Penso que em uma próxima busca por um profissional seja interessante trabalhar estes temas: relacionamentos, rejeição, etc. Dói muito, acho que eu e todos os colegas já passamos por alguma situação do tipo, mas aprender a lidar com isso pode te fazer crescer muito em termos afetivos e de autonomia. Espero que fique bem. Um abraço.
Olá,
Transferência sempre está nas nossas relações e por isso não tem como impedí-la. E sinceramente lamento que tenha passado por tamanha dor. Durante a terapia essa transferência deve ser trabalhada e elaborada. Caso seja algo recorrente, então a recorrência deve ser trabalhada.

Abs
Olá. Legal que você trouxe essa questão tão pertinente na clínica psicanalítica, e também conseguiu perceber o que lhe acontece. As relações transferenciais são comuns durante o trabalho psicanalítico, e inclusive são importantes para trabalhar questões que ocorrem na sua vida. Dessa forma, o tratamento não precisa ser interrompido, mas a transferência precisa ser trabalhada entre você e o analista, para que possam compreender o que vem se repetindo nas suas relações com outras pessoas. Nesse sentido, você poderá se beneficiar desse tratamento, auxiliando a respeito do que tem te trazido sofrimento e levou ao tratamento. Qualquer dúvida, fico à disposição!
Olá, não é possível evitar que o amor transferial aconteça é possível sentí-lo na forma erótica até mesmo pelo sexo pelo qual não nos sentimos atraídos usualmente na vida, sendo parte do processo terapêutico. Você pode procurar psicoterapia em outros formatos, grupos sendo um exemplo, se sente que o receio lhe impede de iniciar outro processo individual. Abraço
Entendo e reconheço que essa situação pode ter gerado insegurança em você em relação a iniciar um novo processo. Se lidar com questões de relacionamento é algo sensível para você, buscar terapia pode ser realmente importante. No entanto, compreendo que a dor que você sente pode estar dificultando a abertura para novos começos. Se você se sentir à vontade, estou aqui para te apoiar durante esse processo desafiador.
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