É possível observar nódulo quente na cintilografia da tireóide em paciente com Doença de Graves

Sim, existe uma associação rara, conhecida como Síndrome de Marine Lenhart. Neste caso, o ideal é ter um acompanhamento de um(a) endocrinologista sempre!!!! Uma ótima semana!

Quando fazemos cintilografia de tireóide em paciente com hipertireoidismo e nódulo(s) tireoidiano(s), ela pode auxiliar no diagnóstico. A doença de Graves será responsável por hipercaptação difusa da glândula no exame, enquanto que nódulo hipercaptante ao lado de supressão da captação do tecido adjacente fala a favor de Doença de Plummer (nódulo tóxico), diversos nódulos hipercatantes podem ocorrer em bócios multinodulares tóxicos.
Uma situação mais inusitada seria a associação destas condições que causam hipertireoidismo. Isso é raro, mas possível e chamamos de Síndrome de Marine Lenhart, qd a Doença de Graves se associa a nódulos de funcionamento autônomo da tireoide( nódulo tóxico ou bócio multinodular tóxico). Então, a resposta é sim!

A cintilografia da tireóide tem algumas funções, sendo as mais comuns: avaliar metástase ou resto tireoideano após tireoidectomia devido câncer de tireoide e avaliar a função da glândula tireoide.
Se o exame for feito em um paciente que não tem cirurgia prévia, após a injeção do iodo radioativo, caso a tireoide capte muito iodo de forma homogênea podemos dizer que é a Doença de Graves, se a captação for localizado no nódulo, dizendo que é um nódulo quente, sugerindo Doença de Plummer, agora, se o nódulo captar pouco iodo radioativo dizemos que é um nódulo frio, com maior chance de malignidade.