Existem diferenças na memória de trabalho de autistas em relação a neurotípicos?

3 respostas
Existem diferenças na memória de trabalho de autistas em relação a neurotípicos?
Excelente questão, obrigada pela pergunta. Sim. Pesquisas mostram que existem diferenças na memória de trabalho de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em comparação a pessoas neurotípicas, embora a intensidade e o tipo de diferença possam variar bastante entre indivíduos. A memória de trabalho é uma função executiva responsável por armazenar e manipular informações por curtos períodos de tempo, sendo fundamental para a linguagem, o raciocínio e o aprendizado. Nos autistas, estudos apontam que: A memória de trabalho verbal (ligada à linguagem e à manipulação de informações auditivas ou simbólicas) costuma estar mais prejudicada — o que pode dificultar o acompanhamento de instruções longas, conversas rápidas ou tarefas que exigem escuta ativa e resposta imediata. A memória de trabalho visuoespacial, por outro lado, tende a ser preservada ou até superior, especialmente em pessoas autistas com perfil cognitivo de alto funcionamento ou com interesses restritos em áreas visuais e lógicas. Essas diferenças influenciam o desempenho em multitarefas, leitura, resolução de problemas e interação social, já que exigem o uso simultâneo de várias informações mentais. Além disso, a sobrecarga sensorial e a ansiedade podem interferir diretamente no uso eficaz da memória de trabalho — mesmo quando a capacidade cognitiva é adequada. Um abraço!

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Sim, pessoas com TEA frequentemente apresentam diferenças na memória de trabalho em comparação com neurotípicos. Elas podem ter dificuldades em manter e manipular informações temporárias, especialmente quando envolvem múltiplos estímulos ou tarefas simultâneas. No entanto, podem apresentar pontos fortes em memórias detalhadas ou específicas, como recordação de fatos ou padrões visuais, mostrando que o perfil cognitivo é heterogêneo.
Sim. Algumas pessoas com Transtorno do Espectro Autista podem apresentar diferenças na memória de trabalho em comparação a pessoas neurotípicas. É comum haver melhor desempenho em tarefas visuais e mais dificuldade em tarefas que exigem memória de trabalho auditiva ou sequencial, como seguir instruções longas ou acompanhar conversas rápidas. Essas diferenças não indicam incapacidade, mas um modo distinto de processamento, que pode ser apoiado com estratégias visuais e rotinas estruturadas.

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