Meu filho tem 4 anos e saí abraçando adultos estranhos na rua, exemplo pessoas aleatórias caminhando

21 respostas
Meu filho tem 4 anos e saí abraçando adultos estranhos na rua, exemplo pessoas aleatórias caminhando na rua. Tento impedir, mas não consigo, ele fica feliz quando faz isso. Devo me preocupar?
Olá!

Já posso imaginar que seu filho deva ser muito afetuoso, pelo pouco que me diz sobre ele. Compreendo seu desejo em conseguir interromper este comportamento, embora não pareça completamente viável evitar a manifestação de uma das maneiras que ele encontrou de explorar o mundo e de se conectar com as pessoas, fruto da curiosidade que costuma ser natural da idade. Com a cautela de fazê-lo entender que não há nada de errado no abraço, visto que é uma tendência muito positiva (e saudável, também) das crianças, inclusive uma forma muito benéfica de demonstração de afeto por quem ao seu redor, creio que possa orientá-lo a sinalizar pra você quando estiver com vontade de abraçar, para que direcionem esse tipo de contato entre vocês, ou entre pessoas próximas e conhecidas. Se, ainda assim, isso persistir (o que acho muito provável que aconteça), talvez não haja outra forma de contornar a situação a não ser lhe permitir que o faça. Talvez, dentre tantos os desafios da árdua tarefa de ser pai/mãe, esse seja, simplesmente, mais um deles: aprender a desenvolver a tolerância e a paciência para com o tempo de aprendizagem dele. Acredite, há muito mais crescimento quando fluímos junto ao processo da criança do que quando tentamos impor nossa maneira adulta/"madura" (sim, entre aspas) de ser a ela. Tenho certeza que ele aprenderá a te apreciar ainda mais se conseguir respeitar este ciclo.

Espero poder ter ajudado, ainda que com breves palavras.
Obrigado por compartilhar sua queixa!
Um abraço pra você e também pro seu pequeno.
Que ele encontre sempre espaço no mundo pra expressar todo esse amor que existe dentro dele!
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 Maiara Praça
Psicólogo
Rio de Janeiro
É compreensível que você esteja preocupado com o comportamento do seu filho de 4 anos de idade ao abraçar adultos estranhos na rua. Embora seja natural que as crianças tenham curiosidade e expressem afeto, é importante garantir a segurança delas.

Existem algumas considerações a serem feitas nesse caso:

Segurança: A segurança da criança deve ser sempre a principal preocupação. É fundamental ensinar a seu filho sobre os limites apropriados de interação com estranhos. Explique a ele que nem todos os adultos são conhecidos e que é importante pedir permissão antes de abraçar ou se aproximar de alguém que não seja um membro da família ou um amigo próximo.

Supervisão: Mantenha uma supervisão adequada enquanto estiver na rua com seu filho. Mantenha-se próximo e esteja atento às interações dele com outras pessoas. Isso ajudará a garantir que você possa intervir se necessário.

Educação: Converse com seu filho sobre o comportamento adequado ao interagir com estranhos. Explique de forma simples e clara sobre os conceitos de privacidade, limites pessoais e a importância de pedir permissão antes de se aproximar de alguém. Use exemplos e histórias para ilustrar esses conceitos.

Modelo de comportamento: Seja um modelo de comportamento apropriado para seu filho. Mostre-lhe como você interage com os outros de forma respeitosa e com limites adequados. As crianças aprendem muito observando seus pais e cuidadores.

Se o comportamento persistir e estiver causando preocupação ou interferindo nas interações sociais saudáveis ​​da criança, é recomendável buscar orientação de um profissional de saúde infantil, como um pediatra ou psicólogo infantil. Eles poderão avaliar a situação de forma mais abrangente e fornecer estratégias específicas para lidar com o comportamento do seu filho.

Lembre-se de que cada criança é única, e é importante considerar o contexto geral do desenvolvimento e comportamento do seu filho. Um profissional especializado poderá fornecer orientação personalizada com base nas características individuais da criança.
 Luciene Cremonese Salomé
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Que ótimo que seu filho seja afetuoso, porém você não precisa se preocupar, apenas aproveite esse comportamento para ensinar, que não é todo mundo bonzinho, por isso só pode fazer junto de você. Explicar que pode ter pessoas que não gostam de abraços e assim se ignorarem ele deve respeitar, Enfim, converse bastante e vá dando limites. Boa sorte e um abraço pra vocês!!
Dr. Marcelo Paschoal Pizzut
Psicólogo, Psicanalista
São Sebastião Do Caí
Primeiramente, é importante destacar que cada criança é única e pode manifestar comportamentos diferentes em suas interações sociais. No caso do seu filho abraçar estranhos, isso pode ser simplesmente uma expressão de sua personalidade amigável e extrovertida. No entanto, é essencial ensinar a ele sobre segurança e a importância de manter um certo grau de distância de pessoas desconhecidas.

As crianças pequenas ainda não possuem a capacidade de discernir quem é seguro e quem não é, e por isso é importante estabelecer diretrizes claras. Aqui estão algumas sugestões de como lidar com essa situação:

Ensine sobre o conceito de "pessoas seguras": Explique que existem pessoas que ele pode abraçar (como a família e amigos próximos) e pessoas que não deveria (como estranhos na rua).

Conversas sobre consentimento: Ensine a seu filho que é importante pedir permissão antes de tocar em alguém, mesmo que seja um abraço. Esta é uma lição importante de consentimento que será valiosa para ele no futuro.

Desenvolver uma "senha secreta": Em situações em que seu filho possa estar com pessoas que vocês não conhecem bem, ter uma "senha" que só vocês dois conhecem pode ser uma ferramenta útil. Se alguém que ele não conhece tenta se aproximar dele, ele pode pedir a senha. Se a pessoa não souber, ele saberá que deve se afastar.

Envolva-se em jogos de simulação: Crie cenários onde seu filho possa praticar o que fazer quando um estranho tenta abraçá-lo ou se aproximar. Isso pode ajudá-lo a entender melhor o que é apropriado e o que não é.

Mantenha a supervisão: Tente manter um olho atento nele durante as saídas, para garantir que ele esteja seguro e seguindo as regras que você estabeleceu.

O comportamento do seu filho de abraçar estranhos não é necessariamente alarmante em si, mas é importante usar esses momentos como uma oportunidade para ensinar sobre segurança e limites pessoais. Lembre-se, é normal que as crianças pequenas não entendam completamente esses conceitos, então seja paciente e consistente em suas orientações.
 Juliana Arango
Psicanalista
Niterói
Olá!
Até parece que ão podemos confiar na reação dos desconhecidos, especialmente em espaços completamente anônimos, onde não se tenha nenhuma dica sobre a identidade deles. Provavelmente, uma criança pequena só esteja tentando interagir com o ambiente social, aprender, ver rostos. Talvez seja seguro permitir que o faça se tiver um contexto no qual se conheça alguma coisa sobre a pessoa desconhecida para a criança.
Se a dúvida tiver conexão com outras, ou se de forma geral, você sente que não sabe como lidar com as necessidades intelectuais, digamos assim, ou emocionais da criança, e que precisa sentir que tem mais controle sobre elas, vale a pena você conversar com um/a profissional da área psi.
Boa sorte!
 Taísa de Paula Bachi
Psicólogo
São José do Rio Preto
Olá, compreendo a tua dúvida, ainda mais com desconhecidos não é mesmo? É importante, sempre que possível, ir conversando e orientando a criança sobre "desconhecidos", utilizando palavras adequadas para a idade, respeitando o entendimento e respeitando também o que ela esta dizendo quando abraça o desconhecido e fica feliz, é uma criança que aprendeu a abraçar recentemente, gosta porque abraço é amor né? e quer reproduzir a todo momento, mostrar que aprendeu, demostrar que ama abraço, enfim possibilidades nessa linguagem e vínculo, converse com o seu filho, ele irá aos poucos compreender, um abraço.
Olá! Entendo sua preocupação em relação ao comportamento do seu filho ao abraçar desconhecidos na rua. Se esse comportamento está causando preocupação, é recomendável buscar orientação de um psicólogo infantil. Ele poderá avaliar a situação de forma individualizada e fornecer estratégias.
Lembre-se de que cada criança é única, e é importante considerar o contexto geral do desenvolvimento e comportamento do seu filho. Um psicólogo infantil poderá fornecer orientações personalizadas com base nas características individuais do seu filho, auxiliando você a compreender melhor as motivações por trás desse comportamento e encontrar formas adequadas de abordá-lo.
 Cirano Araújo
Psicólogo, Psicanalista
Belo Horizonte
Boa tarde, como tem passado?
Olha, seu filho realizar isso não é necessariamente um problema para ele, não parece apontar que tem algo errado para ele, mas pode ser que a reação da outra pessoa possa ser desconfortável até mesmo para vocês aí.
Continue a conversar com seu filho na linguagem dele, que ele entenda, converse com ele sobre o por que dele fazer isso, o que ele acha de fazer isso, como ele se sente sobre isso, ouça ele.
A partir dessa escuta, conversa e dos entendimentos sobre pode-se saber mais como é para ele, como ele se sente e aí quem sabe ele proponha ou vocês proponham outra manifestação de afeto dele para com pessoas na rua desconhecidas.
Até mais, um abraço, espero ter ajudado em algo.
 Gisele Rodrigues
Psicólogo
Florianópolis
Olá. Penso que a preocupação cabível é quanto a segurança dele, nesse sentido cabe ir conversando e explicando os cuidados que deve ter ao encontrar e interagir com desconhecidos. Abraço
 Michele Guerreiro
Psicólogo
Florianópolis
Oi! Utilizando o vocabulário adequado à idade do seu filho, converse com ele sobre os limites apropriados de interação, explique e reforce que existem regras de segurança que devem ser seguidas, como não falar com estranhos e não se aproximar de pessoas desconhecidas sem a permissão dos pais ou de um adulto responsável. Reforce a importância de ficar próximo aos pais em lugares públicos.
As crianças aprendem por modelamento, portanto demonstre e ensine ao seu filho como cumprimentar as pessoas de maneira apropriada, como dar um aceno ou um sorriso. Mostre exemplos positivos de interações sociais saudáveis ​​com amigos, familiares e pessoas conhecidas.
Também é importante, envolvê-lo em atividades sociais estruturadas como grupos de brincadeiras, creches ou aulas de socialização. Isso pode ajudá-lo a desenvolver habilidades sociais adequadas e a interagir com outras crianças de maneira supervisionada.
E não esqueça de elogiar e recompensar o bom comportamento quando demonstra um comportamento adequado e respeitoso em relação aos limites sociais. Um abraço!
 Rosemar Prota
Psicólogo
São Paulo
A pureza, ingenuidade e amorosidade naturais das crianças são muito importantes em seu desenvolvimento psíquico. Mas também é importante que as crianças sejam orientadas sobre formas de se relacionar com as outras pessoas para que saibam diferenciar o tipo de interação a ser desenvolvido com estranhos que é diferente do modo como se relacionam com pessoas nas quais já estabeleceram vínculo e confiança.
 Rute Rodrigues
Psicólogo, Psicanalista
Porto Alegre
Puxa, lamento que perdemos isso com a civilidade! É o preço para entendermos nossos limites com o corpo do outro! As dicas já foram dadas pelos colegas! Que árduo ter que dizer a ele: menos! Boa sorte!
Dra. Marcella Motta
Psicólogo
Rio de Janeiro
Boa tarde, as crianças ainda não tem como os adultos a noção de perigo e de que as pessoas podem causar danos e ser cruéis. Me parece apenas uma criança doce e afetuosa querendo se expressar e se conectar. Aproveite cada situação e vivência do seu filho para ir aos poucos apresentando outras camadas da vida. Livros infantis são ótimos recursos que podem te auxiliar nessa psicoeducação. Um beijo!
 Christianne Chemim
Psicólogo
Cascavel
Olá. Cada criança tem sua forma natural de ser e de interagir. São seres únicos.
Acredito que a maior relevância em relação a esse comportamento seja a proteção de seu filho, pois as crianças são os mais vulneráveis a riscos como abusos sexuais.
São muitas ações que você pode utilizar e já foram exploradas nas respostas dos colegas.
Dessa forma minha sugestão é seja você uma cuidadora atenciosa. Esteja de olho e ensine seu filho sobre auto cuidado.
Não precisa impor os receios e medos que você possa ter a ele. Existem formas lúdicas de ensinar. Utilize elas.
Te convido a conhecer meu perfil. Sou psicóloga e mentora para pais. Posso te ajudar nessa caminhada de formação de seus filhos. Estou à disposição.
Te convido
OLá. Seu filho tem o perfil de alguém amoroso e sociável. Seria legal manter essas características, porém ao mesmo tempo ensiná-lo sobre segurança. Nessa idade a criança já compreende o que explicamos para ela, mas não tem capacidade de diferenciar quem é confiável e quem não é, por isso é preciso vigilância e ir aos poucos ensinando a ele não abraçar estranhos.
 Lisiane Hadlich Machado
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Olá! Crianças e muitas vezes ate adolescentes não percebem nem sabem se proteger das maldades do mundo. Me pergunto se ele não esta buscando afeto fora de casa? De qualquer forma, eu sugiro buscar uma psicóloga infantil para uma avaliação mais aprofundada e mesmo sendo apenas um traço de personalidade afetuosa/sociável ou carência emocional, a profissional vai te ajudar com estratégias para a segurança dele, na linguagem dele. E cuidado/atenção redobrada com ele ate lá. Tem alguns livros sobre prevenção de abuso que são bem educativos. Acredito que um profissional fara um trabalho completo. Que bom que você esta atenta. Aprendizados fazem parte da evolução.
 Marcella Fleuri
Psicólogo
São Paulo
É compreensível que o comportamento do seu filho chame atenção e cause preocupação, principalmente por questões de segurança e interação social. Vamos analisar isso com mais profundidade:

O que pode estar acontecendo?
Curiosidade natural e falta de inibição social:

Crianças pequenas frequentemente têm uma visão inocente do mundo e podem não entender os limites sociais como os adultos. Abraçar estranhos pode ser um reflexo de sua natureza afetuosa e curiosa, além da busca por interação.
Busca por estímulos positivos:

Ele pode perceber que abraçar as pessoas resulta em respostas que ele considera agradáveis, como sorrisos ou atenção, reforçando o comportamento.
Possível falta de noção de limites sociais:

Alguns casos podem estar relacionados a dificuldade em compreender normas sociais, algo que pode ser comum em crianças em desenvolvimento ou em condições como Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). No entanto, isso não significa que haja algo errado, mas apenas algo a ser observado.
Quando se preocupar?
Frequência e intensidade:
Se o comportamento é muito frequente e ele não parece responder às suas orientações sobre limites, isso pode indicar uma necessidade de ajuda para entender as normas sociais.
Dificuldade em lidar com frustrações:
Se ele demonstra grande resistência ou frustração ao ser impedido, pode ser um sinal de dificuldade em lidar com limites.
Outros comportamentos:
Fique atenta a outros sinais, como desatenção extrema, dificuldade em se relacionar com crianças da mesma idade, ou desinteresse por brincadeiras apropriadas à faixa etária.
O que você pode fazer?
Ensine de forma clara sobre limites:

Explique que abraçar estranhos não é algo seguro, pois nem todas as pessoas são conhecidas e podem não gostar disso. Use exemplos simples que ele consiga entender.
Reforce a ideia de que abraçar é algo reservado para pessoas da família ou amigos próximos.
Substitua o comportamento por outra ação:

Oriente-o a sorrir ou dizer "oi" para as pessoas em vez de abraçar. Dê um exemplo prático e positivo: "Quando você quiser ser amigável, pode acenar ou dar um oi alegre!".
Reforce o comportamento positivo:

Sempre que ele seguir suas orientações e respeitar os limites, elogie ou ofereça uma recompensa simbólica, como uma atividade que ele goste.
Brinque com papéis sociais:

Use brinquedos ou encenações para ensinar sobre quem é "conhecido" (família, amigos) e quem é "estranho" (pessoas que ele não conhece).
Supervisione de perto em locais públicos:

Esteja sempre atenta ao comportamento dele em locais movimentados e tenha estratégias para distraí-lo quando ele demonstrar interesse em interagir com estranhos.
Quando buscar ajuda profissional?
Se o comportamento persistir mesmo com suas orientações ou vier acompanhado de outros sinais que preocupem, pode ser útil procurar um psicólogo infantil. Um profissional especializado pode ajudar a entender o comportamento do seu filho e orientar sobre como lidar da melhor forma.

Crianças de 4 anos ainda estão aprendendo muito sobre o mundo, e é normal que precisem de orientação constante. Com paciência e apoio, ele pode aprender a demonstrar sua alegria e afeto de formas mais seguras e apropriadas.
 Pedro Chaves
Psicólogo, Psicanalista
Belo Horizonte
É compreensível que você se sinta preocupada com esse comportamento do seu filho, especialmente porque ele se aproxima de pessoas desconhecidas de forma espontânea. A tendência de uma criança pequena a demonstrar afeto e curiosidade com os outros é comum nessa faixa etária, principalmente em crianças sociáveis, como parece ser o caso do seu filho. Ele pode estar explorando suas relações sociais e, nesse processo, testando limites em um contexto de segurança.

No entanto, é importante ajudá-lo a entender desde cedo os conceitos de limites e de segurança nas interações com os outros, sem causar frustração ou ansiedade nele. O que pode ser necessário é ensinar a ele, de maneira gentil e gradual, que é importante respeitar o espaço das pessoas, especialmente em situações em que o contato físico com estranhos não é adequado. Isso pode ser feito com explicações simples sobre quem ele pode abraçar ou como é importante pedir permissão antes de se aproximar das pessoas.

Em relação à preocupação, se ele está feliz com esse comportamento e você consegue orientá-lo, não é necessário entrar em pânico. Porém, se esse comportamento se tornar persistente e difícil de manejar, ou se ele não souber distinguir situações apropriadas, vale a pena consultar um psicólogo infantil para trabalhar em estratégias de socialização e compreensão dos limites de forma mais eficaz. Isso pode ajudar a garantir que ele continue a desenvolver habilidades sociais de maneira saudável.
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem? Sei que pode ser preocupante ver seu filho buscando esse tipo de contato com desconhecidos, e é natural querer entender melhor o que pode estar acontecendo. Aos 4 anos, muitas crianças ainda estão desenvolvendo noções de espaço pessoal e interações sociais apropriadas, mas quando esse comportamento ocorre com muita frequência e sem discernimento entre conhecidos e estranhos, vale observar alguns aspectos.

Uma possibilidade é que ele tenha um perfil mais extrovertido e afetuoso, demonstrando espontaneamente sua alegria através do toque. Algumas crianças, especialmente as mais sociáveis, podem ter dificuldade em reconhecer barreiras sociais e podem precisar de mais orientação para entender quando e com quem certos comportamentos são adequados.

Outra hipótese a ser considerada é o Transtorno de Desinibição Social (TDS), que faz parte dos transtornos do vínculo na infância e pode levar a uma falta de inibição na interação com estranhos. Isso ocorre quando a criança demonstra um padrão persistente de aproximação social excessiva e indiscriminada, sem demonstrar a seletividade esperada para a idade. Geralmente, esse transtorno está associado a fatores como experiências precoces de negligência ou dificuldades na construção de vínculos seguros, mas também pode estar relacionado a particularidades do neurodesenvolvimento.

Além disso, se houver outras características, como dificuldades na regulação emocional, pouco reconhecimento de sinais sociais ou comportamento impulsivo frequente, pode ser interessante avaliar questões relacionadas ao neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Em alguns casos, crianças com essas condições podem ter dificuldades em interpretar normas sociais e precisam de um suporte mais estruturado para aprender sobre limites interpessoais.

Se esse comportamento estiver acontecendo de maneira muito frequente e for difícil de redirecionar, pode ser útil buscar uma avaliação com um profissional especializado, como um psicólogo infantil ou um neuropsicólogo, para entender melhor a origem desse padrão e trabalhar estratégias para ensinar seu filho a interagir de forma mais segura. Caso precise, estou à disposição!
Dra. Izabel Leite
Psicólogo
Cuiabá
É sempre importante conversar e orientar a criança antes de sair de casa. Explicar sobre os cuidados que se precisa ter com pessoas estranhas.
É comum crianças pequenas demonstrarem afeto de forma espontânea, mesmo com pessoas desconhecidas. No entanto, é importante ensinar aos poucos sobre limites e segurança, explicando de maneira simples por que nem sempre é seguro abraçar estranhos. Com paciência e diálogo, seu filho pode aprender a entender essas regras

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