Meu filho tem 7 anos é TEA, n tem doença genética ( já fizemos exames) porém desde pequeno tem sobre

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Meu filho tem 7 anos é TEA, n tem doença genética ( já fizemos exames) porém desde pequeno tem sobrepeso e agora está com obesidade grau 1, não faz uso de nenhum medicamento. Já está com exame glicemia pouco alterada,Endócrino diz que não há remédio p previnir diabetes, porém ele n emagrece. Neuro diz que ele tem compulsão alimentar mas tbem não receitou nenhum medicamento. Queria opiniões se há tratamento com remédios pois ele é uma criança ativa cm seletividade alimentar, já controlamos a alimentação e ele fez exercício, porém sem sucesso na perda de peso.
Dra. Marcela Cavalcanti
Neurologista pediátrico
Florianópolis
Olá! A obesidade em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição multifatorial que exige uma abordagem cuidadosa e individualizada. Mesmo sem doenças genéticas identificadas ou uso de medicação, crianças com TEA apresentam maior risco de ganho de peso por fatores como:
• Seletividade alimentar (preferência por alimentos calóricos e ultraprocessados)
• Alterações sensoriais que dificultam a adesão a novos alimentos
• Comportamentos repetitivos ou compulsivos relacionados à comida
• Distúrbios no sono, que também impactam o metabolismo

Quando há compulsão alimentar e risco metabólico associado (como alteração da glicemia), é fundamental avaliar a possibilidade de intervenção farmacológica, especialmente se medidas comportamentais e nutricionais já foram tentadas sem sucesso.

Atualmente, o tratamento medicamentoso para obesidade em crianças é restrito e precisa ser muito criterioso. Algumas opções podem ser consideradas caso a caso, com base na idade, gravidade da obesidade, risco metabólico e impacto


Nenhuma dessas opções substitui o tratamento multidisciplinar, que inclui acompanhamento com nutricionista especializado em TEA, psicoterapia comportamental e, em alguns casos, terapia ocupacional com foco em integração sensorial alimentar.

Recomendo procurar um neuropediatra ou psiquiatra da infância com experiência em TEA e transtornos alimentares, para uma avaliação completa e, se indicado, iniciar um tratamento medicamentoso seguro e bem monitorado.

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Dr. Gustavo Holanda
Neurologista pediátrico
Recife
Entendo sua preocupação e admiro o cuidado e a atenção que você está oferecendo ao seu filho, especialmente diante de uma situação tão complexa como essa.

A obesidade na infância, principalmente em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), exige uma avaliação criteriosa e personalizada. Quando mencionamos que a maioria desses quadros tem uma base genética, é importante esclarecer que os exames comumente solicitados — como o cariótipo — são limitados e, muitas vezes, insuficientes para identificar causas genéticas mais sutis. Para uma investigação mais profunda, recomenda-se realizar o exame de exoma completo, que analisa milhares de genes de forma detalhada, incluindo aqueles relacionados a síndromes genéticas associadas à obesidade. Muitas vezes, só com essa avaliação conseguimos esclarecer se há alterações genéticas específicas que influenciam o ganho de peso e o comportamento alimentar.

Você relata que seu filho é ativo, possui seletividade alimentar e que a família já adotou medidas importantes, como controle alimentar e incentivo à prática de exercícios. Esse esforço é valioso e deve ser reconhecido. No entanto, quando mesmo com essas intervenções não há sucesso significativo na perda de peso, é fundamental considerar alternativas terapêuticas mais modernas.

Atualmente, existem opções medicamentosas aprovadas para o tratamento da obesidade pediátrica em casos selecionados. Entre elas, destacam-se os agonistas do receptor de GLP-1, como a liraglutida e a semaglutida, que atuam reduzindo o apetite e melhorando a saciedade. Esses medicamentos têm mostrado resultados promissores em estudos recentes, inclusive em crianças e adolescentes, sempre com acompanhamento rigoroso de uma equipe multidisciplinar. Claro que o uso deve ser criterioso, sempre avaliado em conjunto com o endocrinologista pediátrico, considerando o perfil de cada paciente, seus exames laboratoriais e seu histórico clínico.

Sobre a compulsão alimentar, embora seu neurologista tenha reconhecido o quadro, é importante lembrar que há também abordagens medicamentosas específicas que podem ser consideradas em casos moderados a graves, além de terapias comportamentais. Existem medicações que auxiliam no controle da compulsão e podem ter papel complementar no tratamento da obesidade associada a TEA, mas cada prescrição deve ser feita de maneira muito individualizada e segura.

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