Minha aluna autista não verbal se adaptou muito bem a sala, porém na saída da sala era o intervalo d

10 respostas
Minha aluna autista não verbal se adaptou muito bem a sala, porém na saída da sala era o intervalo dos alunos e ela se assustou com o barulho e agora criou um bloqueio, onde não consegue ir para o refeitório que é ao lado da minha sala. Como lidar nessa situação, sem força-la e que ela se sinta bem?
Dra. Viviane Heredia Vivaldini
Psicanalista, Psicopedagogo
São Caetano do Sul
Compreendo a situação delicada que está enfrentando. É essencial abordar a questão com sensibilidade e paciência para ajudar sua aluna a se sentir segura e confortável. Aqui estão algumas sugestões que podem te ajudar:

Ambientação Gradual: Tente expor a aluna gradualmente aos sons e ao ambiente do refeitório. Pode começar com pequenas sessões, aumentando o tempo conforme ela se sentir mais à vontade.

Horários Alternativos: Se possível, permita que ela vá ao refeitório em horários menos movimentados e barulhentos, para que ela possa se acostumar com o ambiente sem o estímulo excessivo do barulho.

Fones de Ouvido ou Protetores Auriculares: Ofereça fones de ouvido com música calma ou protetores auriculares para ajudar a reduzir a intensidade do barulho e diminuir a ansiedade.

Apoio Visual: Use cartões de apoio visual que expliquem a rotina do refeitório, ajudando-a a antecipar o que vai acontecer e sentir mais controle sobre a situação.

Acompanhamento de um Adulto de Confiança: Se possível, um adulto de confiança pode acompanhá-la até o refeitório, oferecendo segurança e apoio emocional.

Reforço Positivo: Celebre e reconheça os pequenos progressos que ela fizer, proporcionando reforço positivo para encorajá-la a continuar tentando.

A comunicação constante com os pais e a equipe de apoio escolar também é fundamental para criar uma estratégia que funcione bem para todos.

Espero que essas sugestões possam ajudar sua aluna a se sentir mais confortável no refeitório e a superar esse bloqueio. Se precisar de mais suporte, fique a vontade em entrar em contato comigo. :)

Tire todas as dúvidas durante a consulta online

Se precisar de aconselhamento de um especialista, marque uma consulta online. Você terá todas as respostas sem sair de casa.

Mostrar especialistas Como funciona?
Dra. Fernanda Paula Durães
Psicopedagogo
Belo Horizonte
Você pode iniciar o enfrentamento a este evento aversivo gradativamente. Prepare uma história social com imagens retratando a situação ocorrida e com estratégias como a criança na história usando o protetor de ouvido para ir ao refeitório. A história pode auxiliar na previsibilidade, que auxilia o autista e usar o protetor pode ser um recurso para ela voltar ao refeitório.
 Emanoele Kaippert
Terapeuta complementar
Belo Horizonte
Boa noite! Não sei se ela já utiliza, mas seria interessante utilizar abafador para diminuir a carga sensorial. Autistas não gostam de surpresas, precisam de previsibilidade, crie uma rotina detalhando cada passo, no caso dela com imagens, possíveis barulhos em cada ambienteque ela vai frequentar sempre avisando ela antes, faça uma tabela de 10 em 10 minutos para se comunicar com ela sobre a próxima atividade acredito que você se comunique com ela através de imagens ou PECS. Uma "orientação escolar" iria lhe ajudar.
 Vanessa Casaro
Psicólogo, Psicopedagogo
Ponta Grossa
Que bom que sua aluna conseguiu se adaptar à sala! Agora, para ajudá-la com o bloqueio do refeitório, é importante fazer uma adaptação gradual e respeitosa, reduzindo o impacto do barulho e tornando o ambiente mais previsível e seguro para ela. Aqui estão algumas estratégias que podem ajudar:

1. Adaptação gradual ao ambiente
Se possível, leve-a ao refeitório em horários mais calmos, quando há menos alunos, para que ela se familiarize sem a sobrecarga sensorial.
Aos poucos, vá aumentando a exposição ao ambiente, mas sempre respeitando o tempo dela.
2. Proteção contra ruídos
O barulho pode ser muito desconfortável para ela. Fones de ouvido com música suave ou abafadores de ruído podem ajudar a reduzir o impacto.
Se ela gostar, podem ser usados sons familiares e confortáveis para tornar a transição mais agradável.
3. Uso de apoio visual e rotina previsível
Criar um quadro visual mostrando o caminho da sala até o refeitório pode ajudá-la a entender o que vai acontecer.
Uma história social (com imagens ou ilustrações explicando o que esperar) pode ajudá-la a se preparar para a experiência.
4. Apoio de um colega ou adulto de confiança
Se ela tiver um amigo ou adulto com quem se sinta segura, essa pessoa pode acompanhá-la para tornar a experiência mais tranquila.
5. Reforço positivo e autonomia
Sempre que ela der um pequeno passo em direção ao refeitório, celebre essa conquista! Pode ser com palavras de incentivo, um adesivo ou algo que ela goste.
Se ela não quiser ir até lá, você pode levar algo do refeitório para ela e depois tentar que ela vá buscar um pequeno item.
A chave é respeitar o tempo dela e tornar a experiência o mais confortável possível. Se o bloqueio persistir, envolver a equipe de apoio e os responsáveis pode trazer novas ideias e estratégias. Você já tentou alguma dessas abordagens?
 Vanessa Castro Cirigliano
Psicólogo, Psicopedagogo
Rio de Janeiro

Valide os sentimentos dela: Mostre que você entende o medo e o desconforto que ela está sentindo.
Não force a ida ao refeitório: A pressão pode aumentar a ansiedade e piorar o bloqueio.
Crie um espaço seguro: Ofereça um local tranquilo na sala de aula onde ela possa se acalmar durante o intervalo.
.Exposição gradual e controlada:
Dessensibilização sensorial: Comece com pequenas exposições ao som do refeitório, como gravações de áudio em volume baixo.
Visitas curtas e guiadas: Leve-a ao refeitório em horários de menor movimento, acompanhada por você ou por um adulto de confiança.
Reforço positivo: Elogie e recompense cada progresso, mesmo que pequeno.

Comunicação visual: Use imagens e símbolos para explicar a rotina do intervalo e do refeitório.
Suportes sensoriais: Ofereça fones de ouvido com cancelamento de ruído, brinquedos sensoriais ou um local tranquilo para ela se acalmar.
Colaboração com a família e outros profissionais: Troque informações e estratégias com os pais e terapeutas da aluna.
Histórias sociais: Crie histórias com imagens que mostrem situações positivas no refeitório.
Atividades sensoriais: Ofereça atividades que ajudem a regular o sistema sensorial, como massagem ou brincadeiras com texturas.
Observação e registro: Anote as reações da aluna para identificar gatilhos e padrões de comportamento.
Prof. Bianca Carolina Zucherato
Psicopedagogo
São Paulo
Olá! Que bom saber que sua aluna teve uma boa adaptação à sala. Isso é um grande passo! O bloqueio em relação ao refeitório, causado pelo barulho e excesso de estímulos sensoriais, é muito comum em crianças com autismo, especialmente não verbais, que têm maior sensibilidade a sons e mudanças de ambiente.

O ideal é criar um plano de aproximação gradual: começar por observar o refeitório de longe, depois aproximar-se com fones abafadores de som, por exemplo, e ir construindo, aos poucos, uma associação positiva com esse ambiente. O uso de imagens, rotinas visuais e reforço positivo também são ferramentas fundamentais nesse processo.

O mais importante é respeitar o tempo dela, sem forçá-la. Mas para estruturar essa intervenção de forma eficaz, o apoio de um psicopedagogo com experiência em inclusão e desenvolvimento infantil pode ser essencial. Ele poderá trabalhar em parceria com você e com a família para garantir um ambiente mais acolhedor e seguro para ela. Estamos à disposição caso queira agendar uma consulta inicial gratuita. Em nossa clínica, oferecemos também supervisão psicopedagógica, bem como apoio à pais e professores.
Prof. Cindia Lopes Figueiredo
Psicopedagogo
Piabeta
Bom dia, iniciei um processo de nova rotina, comece tentando mudar a hora que sai da sala para o refeitório. Se todos saem as 11hs tenta fazer ela sair devagar antes que todos saiam. Use mecanismos de hiper foco dela talvez ajude!
 Rose Mary de Castro
Psicopedagogo
Uberlândia
Bom dia.Muitos alunos com essas características sofrem e reagem de forma negativa a estímulos sonoros altos.Algumas estratégias podem ser eficazes,tais como alterar o horário da saída para momentos mais amenos na escola,o uso de fones de ouvidos que eliminam total ou parcialmente os ruidos, além de estarem acompanhados por alguém com o qual já se sente seguro.Sucesso!
Dra. Analine Cruz
Especialista em biomedicina, Terapeuta complementar
Toledo
Você está lidando com a situação de forma muito cuidadosa e sensível — o que é essencial. Quando uma aluna autista, especialmente não verbal, desenvolve esse tipo de bloqueio após uma experiência sensorial negativa (como o barulho no intervalo), o caminho precisa ser respeitoso, gradual e centrado na segurança emocional dela.
Validar o medo e evitar forçar pode piorar o bloqueio e gerar mais resistência, a ideia é reconstruir a confiança no ambiente próximo ao refeitório. Usar a dessensibilização gradual (exposição controlada) isso ajuda o cérebro a se acostumar com o estímulo, em pequenos passos seguros, Observar o refeitório de longe, com a porta aberta da sua sala. Aproximar-se da porta do refeitório com ela, apenas para olhar. Ir até a entrada do refeitório em um horário calmo, sem barulho (fora do intervalo). Fazer uma visita breve ao refeitório vazio, talvez com algo que ela goste. Introduzir gradualmente sons suaves, depois mais intensos (se possível, com fones ou abafadores como suporte). Repetir esses passos com apoio positivo, no ritmo dela.
Usar recursos sensoriais de apoio - Fones com abafador de ruídos ou fones com músicas calmas podem ajudar na transição.
Objetos de transição ou conforto (pelúcia, colar sensorial, brinquedo favorito) também podem dar segurança.
Antecipar e usar comunicação visual
Crianças autistas, especialmente não verbais, se beneficiam muito de rotinas visuais.
Use fotos, pictogramas ou cartões que mostrem a transição da sala para o refeitório o que vai acontecer em cada etapa, que ela está segura e que o som vai passar (antecipar um evento é crucial)
Trabalhar com apoio interdisciplinar
Converse com a equipe pedagógica, psicopedagoga e fonoaudióloga (se houver) para alinhar estratégias.
Talvez seja possível incluir essa meta no Plano de Atendimento Educacional Individualizado (PEI).
Reforço positivo
Após cada pequeno avanço, celebre com algo que ela goste (um elogio, um gesto de carinho, um brinquedo preferido, tempo livre, etc.)
Olá! A pessoa com autismo, dependendo do grau de suporte, tem muitas dificuldades com o som. Por isso usam os abafadores de sons. Ela tem o abafador?

Não conseguiu encontrar a resposta que procurava? Faça outra pergunta!

  • A sua pergunta será publicada de forma anônima.
  • Faça uma pergunta de saúde clara, objetiva seja breve.
  • A pergunta será enviada para todos os especialistas que utilizam este site e não para um profissional de saúde específico.
  • Este serviço não substitui uma consulta com um profissional de saúde. Se tiver algum problema ou urgência, dirija-se ao seu médico/especialista ou provedor de saúde da sua região.
  • Não são permitidas perguntas sobre casos específicos, nem pedidos de segunda opinião.
  • Por uma questão de saúde, quantidades e doses de medicamentos não serão publicadas.

Este valor é muito curto. Deveria ter __LIMIT__ caracteres ou mais.


Escolha a especialidade dos profissionais que podem responder sua dúvida
Iremos utilizá-lo para o notificar sobre a resposta, que não será publicada online.
Todos os conteúdos publicados no doctoralia.com.br, principalmente perguntas e respostas na área da medicina, têm caráter meramente informativo e não devem ser, em nenhuma circunstância, considerados como substitutos de aconselhamento médico.