Minha amiga tem 25 anos ficou paralítica aos 11 anos de idade por conta da mielite fez fisioterapia

3 respostas
Minha amiga tem 25 anos ficou paralítica aos 11 anos de idade por conta da mielite fez fisioterapia por um tempo mas nao teve mais condições de fazer a pouco tempo o medico deu uma certa esperança a ela de recuperar os movimentos eu queria saber se é possível? Já aconteceu casos de tanto tempo depois recuperarem os movimentos?
Olá, existem várias causas para mielite transversa, por ter se passado tantos anos, fica mais difícil retornar ao que ra antes da mielite, visto que a lesão vai se tornando crônica. O ideal é ela ser avaliada por um neurologista especializado em doenças desmielinizantes/ autoimunes para saber sobre o prognóstico.

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Dra. Claudia Maria Miranda Santos
Neurologista, Neurologista pediátrico
Rio de Janeiro
Bom dia!
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Mielite transversa é uma síndrome, um conjunto de sinais e sintomas e portanto pode ter variadas causas. A evolução depende da causa. Quando está ligada a esclerose multipla há noticia de casos raros com recuperação após longos períodos, embora não seja muito comum. Já quando a mielite faz parte de uma doença chamada neuro optico mielite, que é mais grave, dificilmente ocorrerá a remissão, a redução dos sintomas.
Em todo caso, é importante que tenha acompanhamento medico pois pode se tratar de uma doença recorrente, ou seja, que possa ter novos surtos no futuro.

Dra. Patricia Gomes Damasceno
Neurologista, Médico do sono, Neurofisiologista
Fortaleza
Excelente pergunta — e muito sensível, pois a mielite transversa é uma condição neurológica que pode deixar sequelas motoras importantes, mas a possibilidade de recuperação, mesmo após muitos anos, depende de alguns fatores-chave. A mielite transversa ocorre quando há inflamação na medula espinhal, interrompendo a comunicação entre o cérebro e o corpo. Isso causa paralisia, perda de sensibilidade e alterações esfincterianas abaixo do nível da lesão. A recuperação costuma ser mais intensa nos primeiros 6 a 12 meses, mas há relatos documentados de melhoras tardias, mesmo após muitos anos, especialmente quando existe integridade parcial das vias nervosas. Estudos clínicos e observações de reabilitação mostram que o sistema nervoso central, mesmo após longos períodos de inatividade, mantém algum potencial de reorganização e plasticidade neural, sobretudo se parte dos neurônios motores ou sensoriais permaneceu funcional. Isso significa que não é impossível haver melhora, mesmo após uma década ou mais, mas ela depende de alguns fatores determinantes: a extensão da lesão medular original, o nível da mielite (quanto mais alta, maior o comprometimento), e se ainda há movimentos residuais, sensibilidade parcial ou resposta a estímulos elétricos — sinais de que existe tecido nervoso funcional. O médico provavelmente percebeu algum desses indícios, o que explica o otimismo recente. Atualmente, há recursos modernos que podem auxiliar na reabilitação tardia, como estimulação elétrica funcional, fisioterapia neuromotora intensiva, realidade virtual, hidroterapia e protocolos de estimulação medular não invasiva. Esses métodos não “curam” a mielite, mas podem reativar circuitos nervosos adormecidos e fortalecer conexões alternativas, permitindo ganhos funcionais inesperados. Em casos mais antigos, a recuperação completa da marcha independente é rara, mas melhoras parciais na força, controle postural e movimentação de tronco ou membros são plenamente possíveis com estímulo contínuo. Em resumo: sim, há possibilidade de alguma recuperação mesmo após muitos anos, desde que ainda exista atividade neural preservada na medula e que o processo inflamatório original esteja estabilizado. Cada caso é único, e uma avaliação neurológica detalhada com ressonância da medula e estudo de condução nervosa pode indicar o potencial real de reabilitação. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento neurológico especializado e a reabilitação intensiva são fundamentais para identificar o potencial de recuperação funcional. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, mielite transversa, reabilitação motora e neuroplasticidade, sempre com uma abordagem técnica e humanizada. Dra. Patrícia Gomes Damasceno – Neurologista | Especialista em Medicina do Sono | CRM 11930-CE | RQE nº 7771 | RQE nº 8082

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