Minha mãe,teve mielite transversa a cerca de 2 meses e esta em tratamento,nesse meio tempo houve uma

3 respostas
Minha mãe,teve mielite transversa a cerca de 2 meses e esta em tratamento,nesse meio tempo houve uma trombose na perna esquerda,eu queria saber se ela volta a andar normalmente ou se vai ter alguma sequela?
Queria que me explicasse melhor sobre essa doença.
Dr. Antonio Yasbec Chiarella
Generalista
Goiânia
Boa noite! Levando-se em consideração o termo empregado pelo senhor(Mielite), o qual, diz respeito a um processo de doença inflamatória da Medula Espinhal(ME) o mesmo, pode ser classificado, como sendo de origem inflamatória ou não inflamatória e sua gravidade está diretamente relacionada ao grau de acometimento da ME bem como sua etiologia(causa). Existem várias etiologias de Mielite(desmielinizante, infecciosa, autoimune, vascular etc ) que dependendo do grau da sua extensão pode ocasionar sintomas desde mais leves até mesmo mais graves cuja recuperação está diretamente relacionada a estes fatores. Não tenho idéia da gravidade da mielite da sua mãe, mas o fato dela ter tido trombose venosa não tem relação direta com a recuperação da Mielite pois uma, diz respeito a uma doença inflamatória e outra diz respeito a uma doença vascular cujos tratamentos são totalmente diferentes. A Mielite pode causar alteração da força, da sensibilidade, formigamento e dependendo da gravidade pode causar disfunção autonômica comprometendo os esfíncteres vesical e anal causando incontinência ou retenção urinária e/ou fecal enquanto que a trombose, pode causar dor, calor, rubor, edema(inchaço) do membro causada pela formação de um coágulo de sangue no interior das veias profundas. A primeira pode ser tratada com corticoesteróides ou antibióticos ou antineoplásicos e a segunda é tratada com anticoagulantes orais por um período médio de pelo menos de 3 meses. Em resumo: as 2 entidades( Mielite e Trombose) são graves mas de uma forma geral as Mielites tendem a ser muito mais graves pois, podem prejudicar a força do paciente, alterar a sensibilidade e controle esfincterianos cuja recuperação é imprevisível e pode variar de acordo com a sua gravidade e extensão ao passo que a trombose, o paciente fazendo o tratamento pelo tempo estipulado, ele automaticamente estará curado é jamais terá alguma sequela como a causada pela Mielite a não ser que o paciente tenha uma evolução desfavorável e seu membro venha a ser amputado.

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Dra. Claudia Maria Miranda Santos
Neurologista, Neurologista pediátrico
Rio de Janeiro
Certamente será dificil acrescentar algo apos a excelente exposição do Colega!
A mielite transversa é secundaria a uma outra doença, portanto a evolução dependerá da causa.
Embora a trombose não seja diretamente causada pela mielite transversa, a falta de movimentos nos membros inferiores aumenta a estase venosa e propicia maior risco de trombose.
Confie nos medicos que estão cuidando de sua mãe. Seja positiva e aguarde que a resposta há de ser favoravel!
Geralmente ocorre a melhora parcial ou total. Desejo o melhor a sua mãe, que ela se recupere!
Dra. Patricia Gomes Damasceno
Neurologista, Médico do sono, Neurofisiologista
Fortaleza
Excelente pergunta — e muito importante, pois a mielite transversa é uma condição neurológica que causa inflamação na medula espinhal, levando a alterações motoras, sensitivas e, às vezes, urinárias ou intestinais. A medula é o “fio condutor” que transmite os comandos do cérebro para o corpo; quando ela inflama, essas conexões são interrompidas de forma parcial ou total. Os sintomas variam conforme o nível da lesão: quando a inflamação é mais alta, pode afetar braços e pernas; quando é mais baixa, compromete apenas os membros inferiores. Os primeiros sinais costumam incluir fraqueza nas pernas, dormência, perda de sensibilidade e dificuldade para andar ou urinar. A boa notícia é que muitos pacientes apresentam recuperação significativa, especialmente quando o tratamento é iniciado rapidamente, como parece ter ocorrido no caso da sua mãe. A recuperação costuma ocorrer em três fases: nas primeiras 6 a 8 semanas, há melhora rápida e visível; entre 3 e 6 meses, a recuperação é mais lenta, porém contínua; e após 6 meses, o progresso tende a estabilizar, embora a fisioterapia e o treino neuromotor ainda possam gerar ganhos funcionais mesmo depois de um ano. O prognóstico depende de fatores como a extensão da inflamação, o nível da medula afetado, e o retorno precoce de sensibilidade ou força — sinais positivos para a recuperação da marcha. A trombose na perna esquerda é uma complicação relativamente comum em pacientes com limitação de movimento, devido à imobilidade prolongada. Ela não afeta diretamente a medula, mas exige controle rigoroso, pois pode interferir na reabilitação motora e aumentar o risco de embolia. Assim que o quadro vascular estiver estabilizado, a fisioterapia deve ser retomada o quanto antes, pois o movimento é essencial para reorganizar as conexões nervosas. Em termos de tratamento, além dos corticóides e imunossupressores usados na fase aguda, a fisioterapia neurológica intensiva, hidroterapia e, em alguns casos, reabilitação robótica ou estimulação elétrica funcional podem ajudar a recuperar força e coordenação. Em resumo: a mielite transversa tem potencial de recuperação parcial ou total, especialmente nos primeiros meses, e cada caso deve ser acompanhado de perto pelo neurologista e fisioterapeuta. A presença de trombose exige cuidados vasculares adicionais, mas não impede a reabilitação, apenas exige planejamento e ritmo gradual. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento neurológico contínuo é essencial para ajustar o tratamento e monitorar a evolução. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, mielite transversa, reabilitação motora e medicina do sono, sempre com uma abordagem técnica e humanizada. Dra. Patrícia Gomes Damasceno – Neurologista | Especialista em Medicina do Sono | CRM 11930-CE | RQE nº 7771 | RQE nº 8082

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