Minha mãe teve herpes zoster há três anos, já tomou pregabalina com tramadoll passou mal, tomou carm

2 respostas
Minha mãe teve herpes zoster há três anos, já tomou pregabalina com tramadoll passou mal, tomou carmazepina passou mal, e até hobe a dor persiste, ela tem 86 anos! Tenho medo de dar essas medicações! O que devo fazer? Ver minha mãe sofrendo com tanta dor!
Dr. Felipe Veiga Kezam Gabriel
Dermatologista, Especialista em medicina estética, Generalista
Santana de Parnaíba
Acho prudente levá-la a alguma especialista em dor. Eu costumo prescrever Gabapentina aos meus pacientes com neuralgia pós herpética.

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Dra. Patricia Gomes Damasceno
Neurologista, Médico do sono, Neurofisiologista
Fortaleza
Excelente pergunta — e muito sensível, pois a neuralgia pós-herpética, que é a dor persistente após um episódio de herpes zoster, é uma das condições mais desafiadoras de tratar, especialmente em idosos. Aos 86 anos, o sistema nervoso já apresenta maior sensibilidade e metabolismo mais lento, o que torna os efeitos colaterais de medicamentos neuromoduladores (como pregabalina, carbamazepina e tramadol) mais intensos, justificando os sintomas que sua mãe apresentou. A dor crônica pós-herpética ocorre porque o vírus herpes-zóster danifica as fibras nervosas, e mesmo após a cicatrização da pele, os nervos continuam enviando sinais de dor exagerados ao cérebro, como se a infecção ainda estivesse ativa. Por isso, o tratamento precisa ser delicado, gradual e multimodal, combinando recursos farmacológicos e não farmacológicos. Quando os neuromoduladores orais causam intolerância, existem alternativas mais seguras: adesivos de lidocaína tópica (5%), aplicados sobre a área dolorida, pomadas com capsaicina em baixa concentração, ou até bloqueios anestésicos locais, realizados por neurologistas ou especialistas em dor. Esses recursos atuam diretamente na região afetada, reduzindo a dor sem causar sedação. Outra opção é o uso de antidepressivos tricíclicos em doses muito baixas (como nortriptilina ou amitriptilina 5–10 mg à noite), que podem aliviar a dor e melhorar o sono, mas precisam ser introduzidos com extrema cautela e sob acompanhamento médico, devido ao risco de tontura, boca seca e queda de pressão. Em idosos frágeis, também é importante avaliar níveis de vitamina B12, magnésio e glicemia, pois deficiências nutricionais e neuropatias associadas podem agravar a dor. Sessões de fisioterapia neuromotora, acupuntura, laserterapia e estimulação elétrica transcutânea (TENS) podem trazer alívio sem uso de fármacos, ajudando a reduzir o desconforto e o sofrimento. Em resumo: a neuralgia pós-herpética pode persistir por anos, mas há opções eficazes e seguras mesmo para pacientes idosos, priorizando tratamentos tópicos, intervenções locais e abordagens integradas. O ideal é buscar um neurologista ou especialista em dor crônica que conduza o ajuste da terapia de forma personalizada e com vigilância de efeitos colaterais. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com especialista é essencial para definir a estratégia mais segura e eficaz para sua mãe. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, dor neuropática e medicina do sono, sempre com uma abordagem técnica e humanizada. Dra. Patrícia Gomes Damasceno – Neurologista | Especialista em Medicina do Sono | CRM 11930-CE | RQE nº 7771 | RQE nº 8082

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