Na síndrome de Asperguer, a mentira para fugir de situações constrangedoras ou até mesmo em benefíci

Olá!
Quem vivencia o Asperger tende a administrar muitos conflitos internos e por vezes constrangedores. Pela dificuldade em socializar e se comunicar (muitas vezes) as pessoas com essa síndrome acabam se isolando e não desenvolvendo tão bem seu repertório de habilidades sociais. Portanto, quando usam a "mentira" para evitar estar em situações que os expõe, em alguns casos, essas pessoas podem fazer disso um comportamento habitual e repetir sempre que sentir necessidade. Gerando futuramente uma distorção da realidade, podendo ampliar ainda mais as suas dificuldades na interação social.

Espero ter ajudado!

Cordialmente,
Dra. Maiara Amaro.

A mentira está bem desenvolvida em muita gente. Uma pessoa que não se dá conta disso melhoraria a vida dela se ela apreendesse melhor compreender como as pessoas funcionam. Não vai adiantar atribuir as mentiras de alguém ao seu suposto estado de Asperger. Parece óbvio que uma pessoa que se sente fraca socialmente procura meios para esconder-se. Mas Asperger não é a única fraqueza que pode agir como tal motivo. Se você quer usar as mentiras como prova de Asperger, não procede.

A mentira pode ser uma fuga ou solução para não enfrentar determinada situação, não necessariamente potencializada por um diagnóstico. Sugiro o inicio de uma analise para que essa questão e outras que possam surgir tenham um lugar de escuta e acolhimento. Não se prenda ao diagnostico, que é importante e dá um norte ao tratamento...veja-se como uma pessoa de potencialidades e superação. Tenho recebido pacientes que se apresentam como autistas porque encontraram identificações comportamentais em sites de busca....sugiro uma boa avaliação neuropsicologica ou ainda iniciar uma analise para dar lugar a essa angustia, SE cuide, um abraço

Poder, pode. Mas a mentira é uma estratégia para obter ou esconder algo do outro; talvez obter uma boa impressão, ou evitar uma má. Como tal, pode ser usada por muita gente com muitos perfis diferentes. No caso de portadores de Asperger, é importante garantir-lhes aceitação para o seu jeito próprio de ser, com suas limitações e deficiências.

É importante ressaltar que há uma nova distinção na terminologia: Aspenger se incluiu a todos os transtornos que fazem parte do autismo. Dessa forma, você terá mais referências e também poderá se referir ao sujeito com tal transtorno com Autismo com suporte de Nível 1. O autismo se manifesta em uma ampla gama, desde casos onde há uma perda cognitiva em que a pessoa pode não ser capaz de falar, ter vários problemas de comportamento e até mesmo lesões autoprovocadas , que requer supervisão contínua e ajuda nas atividades básicas da vida diária, até os casos leves em que os autistas podem se sustentar e constituir família. Portanto, o autismo não pode ser dito como uma condição única, idêntica em capacidade e limitações. Uma alta proporção de pacientes com TEA tem uma ou mais comorbidades neurológicas ou psiquiátricas, que podem afetar a precisão do diagnóstico,
Apesar do novo sistema de classificação, os desafios para a avaliação e diagnóstico dos TEA persistem e estão relacionados à sua particularidade indivu na expressão de comportamentos. Embora o diagnóstico precoce seja encorajado, em crianças muito pequenas com distúrbios da fala pode ser difícil estabelecer um diagnóstico. Por outro lado, adultos com TEA com capacidade intelectual preservada aprendem estratégias para socializar e prevenir padrões repetitivos de comportamento em público, a fim de mascarar sintomas, especialmente aqueles que ocorrem em locais públicos. Este é um alerta para que os profissionais definam critérios diagnósticos, que devem estar presentes na infância, mesmo que os sintomas não apareçam na vida adulta.
Com base na teoria da mente, faz parte da capacidade humana de representar estados mentais (como crenças, intenções, desejos, emoções, conhecimentos, etc) proprios e dos demais, utilizamos tal capacidade para predizer e explicar o comportamento até então observável. É sugerido assim uma teoria da mente de segunda ordem onde iria atribuir outra visão aos fatos ocorridos. Vendo sob essa perspectiva, a maior parte dos autistas poderiam não ter atribuições para manter essa segunda ordem. Ou seja, a dita mentira. Esse comportamento, em alguns casos pode ser confundido com o termo Masking (Camuflagem social) o qual refere-se ao uso de estratégias para minimizar a “visibilidade” das características do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em situações sociais.
No entanto, a capacidade de elaborar uma pode até existir, a princípio. Dependendo da situação, é recomendado um acompanhamento de um profissional para estar fazendo uma avaliação das causas de tal comportamento.

Caso precise de ajuda com alguma outra questão, estou à disposição.

Att

Ícaro

Se ele já tem um diagnóstico de TEA a terapia com evidências para o melhor tratamento possível é a Análise do Comportamento - busque um psicólogo analista do comportamento e veja se o profissional tem formação/experiência em Análise Comportamental Aplicada (ABA), acredito que se o diagnóstico foi bem realizado esse é o melhor profissional para tratamento e entendimento do caso.

Qualquer pessoa está suscetível a situação relatada, seja pra se proteger de uma situação, ou para se alcançar um objetivo. Então é uma questão típica do ser humano, misturar isso com um diagnóstico Asperger pode trazer mais confusão do que esclarecimento.

Olá. A mentira evidencia um desejo e busca de esquiva da situação. Na medida que este comportamento se apresenta resolutivo com relação a situação problema, é previsto que este comportamento se repita outras vezes.

Boa tarde! A pessoa com Asperger pode considerar a mentira como forma de evitar consequências ou como uma solução rápida para um problema social, porém precisa ser investigado! A mentira pode ou não estar ligada a síndrome.

A síndrome de Asperger pode afetar a capacidade do indivíduo de entender e se comunicar de forma adequada, o que pode levar a mentir para fugir de situações constrangedoras ou obter benefícios próprios. A terapia cognitivo-comportamental pode ajudar a pessoa com Asperger a desenvolver habilidades sociais e emocionais, incluindo a compreensão de situações sociais complexas e a tomada de decisões mais adaptativas. Sempre `a disposição.

A sindrome de Asperger seria o TEA nível 1 de suporte de hoje.
O que acontece é que existe a retração social, as dificuldades de socialização com um cognitivo muitas vezes acima.
Essas dificuldades não são aceitas muito bem pela sociedade, já que a pessoa não tem déficit cognitivo.
Então para justificar uma falta de habilidade social e emocional, a pessoa se vale da mentira.
Muitas vezes nem ela mesmo entende porque não consegue e acaba tendo que "justificar".
Enfrentar situações que incomodam são muito difíceis para o TEA.
Imagina como é um sentimento de se desregular? Até mesmo os neurótipicos se valem de mentiras para não enfrentar certas situações.
O melhor que podemos fazer é ajudar nossos TEA a aprender a lidar com estas situações.

Olá, essa situação que você relata pode acontecer com qualquer pessoa, no espectro ou não. é bastante comum as pessoas utilizarem da mentira em benefício próprio. é verdade que indivíduos no TEA podem ter mais dificuldades no trato social, e portanto vão usar o repertório que tem para lidar com situações desafiadoras. Com relação ao termo Asperger, ele não é mais utilizado, agora é comum que os profissionais na área da saúde e educação utilizem os termos nível de suporte 1,2 e 3