O paciente com Transtornos mentais crônicos pode influenciar seu próprio prognóstico psiquiátrico ?

3 respostas
O paciente com Transtornos mentais crônicos pode influenciar seu próprio prognóstico psiquiátrico ?
Sim. O paciente com transtornos mentais crônicos exerce um papel ativo na evolução de seu próprio prognóstico. Fatores como adesão ao tratamento, engajamento em psicoterapia, prática de estratégias de autorregulação emocional, manutenção de hábitos saudáveis e busca de suporte social podem favorecer a estabilidade dos sintomas e reduzir a frequência de recaídas. Por outro lado, dificuldades em seguir orientações terapêuticas, isolamento social ou exposição a situações de estresse intenso podem agravar o quadro e retardar a evolução clínica. Assim, embora fatores biológicos e ambientais influenciem o curso da doença, o comportamento e escolhas do próprio paciente são determinantes importantes na sua trajetória de recuperação e manejo dos sintomas.

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Completamente. Nenhum tratamento funciona sem a implicação subjetiva do paciente. A forma como ele se engaja, encara recaídas e sustenta o vínculo com o terapeuta define boa parte da evolução. A melhora não vem só do remédio ou do psicólogo — vem do encontro entre ambos e da capacidade do paciente de se responsabilizar por seu processo.
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem? A forma como você formulou essa pergunta já mostra algo precioso: a intuição de que o paciente não é apenas alguém que “recebe” tratamento, mas alguém que participa ativamente da própria recuperação. Em transtornos mentais crônicos, isso é especialmente verdadeiro. O paciente pode sim influenciar o próprio prognóstico, não por força de vontade ou por “controle emocional”, mas pela maneira como se relaciona com seus sintomas, com o tratamento e com o próprio processo de mudança.

Quando a pessoa começa a reconhecer padrões, identificar gatilhos, nomear emoções e perceber que pequenas escolhas cotidianas alteram o funcionamento do seu sistema emocional, ela deixa de ser espectadora da própria dor. Isso muda o cérebro em níveis profundos, porque ele passa a registrar novos caminhos de resposta. Talvez valha observar como você tem se percebido ao longo das crises e dos momentos de estabilidade. O que você nota que melhora quando você se permite pedir ajuda? O que muda quando você se aproxima das suas emoções em vez de brigar com elas? Em quais situações você sente que já está influenciando o rumo da sua jornada, mesmo que discretamente?

Outro ponto importante é que o engajamento não significa perfeição. Em quadros crônicos, há dias em que tudo flui e dias em que parece que nada funciona. A influência do paciente sobre o prognóstico aparece justamente na capacidade de continuar comparecendo ao processo, mesmo nos momentos em que o sintoma tenta definir o ritmo. Muitas vezes é esse movimento silencioso, quase imperceptível, que vai acumulando mudanças estruturais ao longo do tempo.

A boa notícia é que, quando o paciente se percebe como parte ativa do tratamento, o prognóstico tende a ser mais favorável e mais estável. Se quiser explorar como isso tem acontecido na sua história emocional, posso te ajudar a mapear esses movimentos com calma. Caso precise, estou à disposição.

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