O que acontece quando a pessoa com transtorno de personalidade borderline (TPB) muda de "pessoa favo
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O que acontece quando a pessoa com transtorno de personalidade borderline (TPB) muda de "pessoa favorita"?
Oi, que bom que você trouxe esse tema — ele costuma ser uma das partes mais difíceis de entender, tanto para quem tem o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) quanto para quem convive com alguém que vive esse padrão de vínculos intensos.
Quando uma pessoa com TPB muda de “pessoa favorita”, geralmente não se trata de frieza, manipulação ou descaso. Essa mudança é, na verdade, uma tentativa do sistema emocional de se proteger da dor. O cérebro de quem tem o transtorno reage de forma muito intensa ao medo de rejeição e abandono. Quando a relação com a pessoa favorita se torna instável, frustrante ou ameaçadora, é como se o corpo dissesse: “não aguento mais esse sofrimento, preciso de outro porto seguro”. A nova pessoa, então, passa a ocupar esse lugar de segurança e idealização, oferecendo um alívio momentâneo para a ansiedade e o vazio interno.
A dinâmica, porém, tende a se repetir: a mesma sensibilidade que gera apego profundo também traz medo de perder o vínculo, e isso pode provocar novas rupturas. A troca da pessoa favorita, nesse sentido, não é uma escolha racional, mas uma forma de autorregulação emocional — uma tentativa de fugir do abandono antes de ser abandonado. É um mecanismo de sobrevivência, não uma falta de afeto.
Talvez valha se perguntar: o que essa nova pessoa representa emocionalmente? Quais sensações ela desperta que a anterior não conseguia mais sustentar? E, por trás dessa mudança, há mais desejo de conexão ou de alívio da dor? Essas perguntas ajudam a entender que, no fundo, o que está em jogo não é a troca de pessoas, mas a busca constante por segurança emocional.
Com psicoterapia — especialmente abordagens como a Terapia dos Esquemas e a Terapia Comportamental Dialética (DBT) —, é possível aprender a reconhecer esses ciclos, entender o que o corpo está tentando comunicar e construir vínculos mais estáveis, nos quais a segurança venha de dentro, e não apenas da presença do outro. Quando sentir que é o momento certo, esse é um tema muito valioso para ser trabalhado em terapia. Caso precise, estou à disposição.
Quando uma pessoa com TPB muda de “pessoa favorita”, geralmente não se trata de frieza, manipulação ou descaso. Essa mudança é, na verdade, uma tentativa do sistema emocional de se proteger da dor. O cérebro de quem tem o transtorno reage de forma muito intensa ao medo de rejeição e abandono. Quando a relação com a pessoa favorita se torna instável, frustrante ou ameaçadora, é como se o corpo dissesse: “não aguento mais esse sofrimento, preciso de outro porto seguro”. A nova pessoa, então, passa a ocupar esse lugar de segurança e idealização, oferecendo um alívio momentâneo para a ansiedade e o vazio interno.
A dinâmica, porém, tende a se repetir: a mesma sensibilidade que gera apego profundo também traz medo de perder o vínculo, e isso pode provocar novas rupturas. A troca da pessoa favorita, nesse sentido, não é uma escolha racional, mas uma forma de autorregulação emocional — uma tentativa de fugir do abandono antes de ser abandonado. É um mecanismo de sobrevivência, não uma falta de afeto.
Talvez valha se perguntar: o que essa nova pessoa representa emocionalmente? Quais sensações ela desperta que a anterior não conseguia mais sustentar? E, por trás dessa mudança, há mais desejo de conexão ou de alívio da dor? Essas perguntas ajudam a entender que, no fundo, o que está em jogo não é a troca de pessoas, mas a busca constante por segurança emocional.
Com psicoterapia — especialmente abordagens como a Terapia dos Esquemas e a Terapia Comportamental Dialética (DBT) —, é possível aprender a reconhecer esses ciclos, entender o que o corpo está tentando comunicar e construir vínculos mais estáveis, nos quais a segurança venha de dentro, e não apenas da presença do outro. Quando sentir que é o momento certo, esse é um tema muito valioso para ser trabalhado em terapia. Caso precise, estou à disposição.
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A mudança costuma ser abrupta. O novo vínculo surge com a mesma força e idealização do anterior, enquanto o antigo pode ser deixado de lado como se tivesse perdido o sentido. Isso acontece porque o afeto é regido pela intensidade, não pela constância. O que se busca é quem faz o medo de abandono silenciar, por isso, a “pessoa favorita” muda quando a necessidade emocional muda.
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