O que fazer se um autista parece não estar prestando atenção em uma discussão?

Primeiro, os componentes do grupo precisam comunicar de forma clara e coerente, não deixando margem para ambiguidades, o autista pode apresentar dificuldades de interpretação. Uma rotina deve ser estabelecidade e, de preferencia que não seja interrompida pois, o autista tem uma certa rigidez com relação a rotinas. Sejam respeitosos e empaticos um com o outro, essa é a base para um bom relacionamento em grupo. Dada a sensibilidade sensorial que geralmente o autista apresenta, o ambiente de trabalho deve respeitar essa sensibilidade. Cuidado com barulhos, luz e cheiro muito forte, entre outros. A tarefa designada ao membro autista, deve estar adequada às suas habilidades e interesses. Por fim, esteja apto a oferecer as orientações necessárias, bem como suporte às possíves dificuldades que seu colega autista possa demandar.

Nem sempre a falta de contato visual ou de reação significa desatenção. Pessoas autistas podem processar informações de um jeito diferente, e isso não quer dizer que não estejam envolvidas. O ideal é manter uma comunicação clara, dar tempo para que respondam e criar um ambiente tranquilo, sem pressão. Respeitar o modo de cada um participar é uma forma de inclusão e empatia.

Se um autista parece não estar prestando atenção em uma discussão, é importante abordar a situação com compreensão, considerando que esse comportamento pode estar relacionado a sobrecarga sensorial, dificuldade em processar múltiplos estímulos ou estratégias de autorregulação. Antes de qualquer intervenção, é útil observar o ambiente e identificar possíveis fatores de distração, como barulho, luz intensa ou muitas pessoas falando ao mesmo tempo, que podem tornar difícil a concentração. Ao se comunicar, é importante falar de forma clara e direta, usando frases objetivas e evitando múltiplas instruções ao mesmo tempo. Perguntar de maneira gentil se a pessoa precisa de um momento para processar a informação ou se gostaria que algo fosse repetido ajuda a reduzir a ansiedade e demonstra respeito pelo seu ritmo. Oferecer tempo suficiente para que a pessoa formule respostas é essencial, já que o processamento cognitivo pode ser mais lento, e evitar pressioná-la para participar imediatamente contribui para que ela se sinta segura. Também é útil convidar a pessoa de forma gradual a se envolver na discussão, reconhecendo que sua participação é valorizada, sem forçar interação que possa gerar desconforto. Manter flexibilidade e paciência, permitindo que ela retome a atenção no seu próprio ritmo, cria um ambiente mais inclusivo e acolhedor, onde a contribuição de todos pode ocorrer de maneira mais confortável e efetiva.