O que significa "insistência na mesmice" no contexto do autismo feminino ?
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O que significa "insistência na mesmice" no contexto do autismo feminino ?
No autismo feminino, a “insistência na mesmice” se refere à necessidade de manter rotinas, padrões ou interesses de forma previsível. Isso ajuda a reduzir a ansiedade e a sensação de sobrecarga diante de mudanças, funcionando como uma forma de manter o equilíbrio emocional e o controle do ambiente.
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A expressão “insistência na mesmice”, dentro do contexto do autismo feminino, se refere à forte necessidade de previsibilidade, rotina e estabilidade que muitas mulheres autistas apresentam — mas de uma forma que, às vezes, passa despercebida justamente porque se manifesta de modo mais sutil.
Em vez de uma repetição evidente de objetos, horários ou rituais, como costuma ser descrito nos quadros masculinos, essa “mesmice” pode aparecer em preferências emocionais e cognitivas mais internas. Por exemplo, manter conversas sobre os mesmos temas, seguir rotinas fixas que trazem segurança, ou até permanecer em relacionamentos, ambientes e papéis familiares mesmo quando eles já não fazem bem. É como se o cérebro dissesse: “melhor o previsível do que o caos do novo”.
Na prática clínica, é comum perceber que essa insistência não vem de teimosia, mas de uma necessidade profunda de manter o controle sobre o que é compreensível. Mudanças repentinas podem gerar um desconforto intenso, porque o sistema emocional interpreta o novo como uma ameaça — e o corpo responde tentando preservar a estabilidade.
Você já se perguntou o quanto dessa “mesmice” vem da vontade de se proteger, e o quanto pode ser um modo de se reconhecer no mundo? Às vezes, o apego à rotina é uma tentativa de manter a própria identidade coesa, especialmente em um ambiente que muitas vezes exige que a mulher autista se adapte o tempo todo.
Compreender esse padrão com gentileza é essencial, porque ele fala mais de segurança do que de rigidez. Quando olhado com cuidado em terapia, é possível encontrar formas de ampliar a flexibilidade sem que isso signifique perder o senso de estabilidade. Caso precise, estou à disposição.
A expressão “insistência na mesmice”, dentro do contexto do autismo feminino, se refere à forte necessidade de previsibilidade, rotina e estabilidade que muitas mulheres autistas apresentam — mas de uma forma que, às vezes, passa despercebida justamente porque se manifesta de modo mais sutil.
Em vez de uma repetição evidente de objetos, horários ou rituais, como costuma ser descrito nos quadros masculinos, essa “mesmice” pode aparecer em preferências emocionais e cognitivas mais internas. Por exemplo, manter conversas sobre os mesmos temas, seguir rotinas fixas que trazem segurança, ou até permanecer em relacionamentos, ambientes e papéis familiares mesmo quando eles já não fazem bem. É como se o cérebro dissesse: “melhor o previsível do que o caos do novo”.
Na prática clínica, é comum perceber que essa insistência não vem de teimosia, mas de uma necessidade profunda de manter o controle sobre o que é compreensível. Mudanças repentinas podem gerar um desconforto intenso, porque o sistema emocional interpreta o novo como uma ameaça — e o corpo responde tentando preservar a estabilidade.
Você já se perguntou o quanto dessa “mesmice” vem da vontade de se proteger, e o quanto pode ser um modo de se reconhecer no mundo? Às vezes, o apego à rotina é uma tentativa de manter a própria identidade coesa, especialmente em um ambiente que muitas vezes exige que a mulher autista se adapte o tempo todo.
Compreender esse padrão com gentileza é essencial, porque ele fala mais de segurança do que de rigidez. Quando olhado com cuidado em terapia, é possível encontrar formas de ampliar a flexibilidade sem que isso signifique perder o senso de estabilidade. Caso precise, estou à disposição.
No autismo feminino, a insistência na mesmice refere-se à necessidade de previsibilidade e rotina como forma de reduzir ansiedade e organizar a experiência interna. Ela se manifesta de maneira mais sutil e internalizada, envolvendo apego a hábitos, padrões de pensamento e formas fixas de agir ou se relacionar. Essa manutenção da mesmice funciona como um recurso de autorregulação emocional e cognitiva, e sua quebra pode gerar estresse intenso, fadiga ou sofrimento silencioso, sem necessariamente se expressar em comportamentos evidentes.
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