O tratamento do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) com comorbidades é diferente?

3 respostas
O tratamento do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) com comorbidades é diferente?
Sim. Quando há comorbidades, o tratamento do TPB precisa ser mais individualizado e integrado, abordando simultaneamente os sintomas do TPB e das condições associadas, como depressão, ansiedade ou TOC. Isso envolve ajustes na psicoterapia, manejo medicamentoso estratégico e acompanhamento mais próximo, com foco em reduzir crises, melhorar a regulação emocional e promover funcionalidade na vida diária.

Tire todas as dúvidas durante a consulta online

Se precisar de aconselhamento de um especialista, marque uma consulta online. Você terá todas as respostas sem sair de casa.

Mostrar especialistas Como funciona?
O tratamento do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) pode, sim, ser diferente quando há comorbidades. Na abordagem individualizada cada paciente precisa de um plano terapêutico adaptado às suas necessidades. A Terapia Comportamental Dialética (DBT) continua sendo a principal forma de tratamento do TPB, mas pode ser combinada com outras abordagens. Há a terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) para sintomas depressivos ou ansiosos e a Terapia de Esquemas, quando há traços rígidos de personalidade e dificuldades relacionais profundas. A psicanálise atua no tratamento do Transtorno de Personalidade Borderline buscando compreender os conflitos inconscientes, as angústias e as relações afetivas do paciente. Ela ajuda a desenvolver maior estabilidade emocional e autoconhecimento. Sua eficácia depende do vínculo terapêutico e da gravidade do quadro, sendo mais indicada quando o paciente já apresenta certo controle emocional. O tratamento analítico demanda mais tempo de tratamento, sendo indicado no mínimo duas sessões semanais. Em psiquiatria, não há remédio específico para o TPB, mas quando há comorbidades, o uso de medicamentos é mais comum.
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Oi, tudo bem? Essa é uma pergunta muito importante, porque quando falamos de TPB com comorbidades, não estamos falando apenas de “mais sintomas”, mas de sistemas emocionais que interagem entre si e podem amplificar o sofrimento. Por isso, sim, o tratamento costuma ser diferente — não no sentido de abandonar o foco principal no TPB, mas de construir uma abordagem mais integrada e cuidadosa, que considere todas as camadas do funcionamento emocional da pessoa. Cada comorbidade acrescenta nuances que precisam ser observadas, para que o processo terapêutico não avance mais rápido em um ponto enquanto outro permanece fragilizado.

O que vemos na prática é que, quando a comorbidade não recebe atenção, o TPB pode parecer mais resistente, não porque ele esteja “pior”, mas porque existe outra condição alimentando a instabilidade. A depressão reduz energia e esperança, a ansiedade amplia interpretações ameaçadoras, o TOC aprisiona a mente em ciclos de medo. Quando esses fatores são tratados em paralelo, o trabalho com o TPB flui melhor, as emoções ficam mais acessíveis e os padrões impulsivos diminuem. Já reparou como, quando você melhora em uma área, outras começam a se reorganizar quase naturalmente?

Talvez seja interessante olhar para como esses diferentes quadros se combinam no seu dia a dia. Em que momentos você sente que a depressão pesa mais do que a instabilidade emocional? Há situações em que o TOC, a ansiedade ou outro sintoma toma o protagonismo e muda completamente sua capacidade de regular as emoções? E o que você percebe que acontece internamente quando recebe cuidado para todas essas áreas ao mesmo tempo? Essas reflexões ajudam a entender por que o tratamento integrado é tão eficaz.

O ponto central é que um bom processo terapêutico ajusta o ritmo, foca em diferentes camadas quando necessário e, muitas vezes, envolve acompanhamento psiquiátrico para estabilizar pontos mais sensíveis. Não existe “tratamento padrão” quando há comorbidades, mas sim um plano adaptado à complexidade de cada pessoa. Se quiser pensar juntos sobre como esse tipo de abordagem poderia se aplicar ao seu caso ou ao que você está vivendo, posso te ajudar a organizar esses caminhos com calma. Caso precise, estou à disposição.

Especialistas

Tatiana de Faria Guaratini

Tatiana de Faria Guaratini

Psicólogo

Ribeirão Preto

Lilian Gonçalves

Lilian Gonçalves

Psicólogo

São Paulo

Camila Goularte

Camila Goularte

Psicólogo

Criciúma

Renata Henriques Frujuelle

Renata Henriques Frujuelle

Psicólogo

São Paulo

Renata Camargo

Renata Camargo

Psicólogo

Camaquã

Luis Falivene Roberto Alves

Luis Falivene Roberto Alves

Psiquiatra

Campinas

Perguntas relacionadas

Você quer enviar sua pergunta?

Nossos especialistas responderam a 2023 perguntas sobre Transtorno da personalidade borderline
  • A sua pergunta será publicada de forma anônima.
  • Faça uma pergunta de saúde clara, objetiva seja breve.
  • A pergunta será enviada para todos os especialistas que utilizam este site e não para um profissional de saúde específico.
  • Este serviço não substitui uma consulta com um profissional de saúde. Se tiver algum problema ou urgência, dirija-se ao seu médico/especialista ou provedor de saúde da sua região.
  • Não são permitidas perguntas sobre casos específicos, nem pedidos de segunda opinião.
  • Por uma questão de saúde, quantidades e doses de medicamentos não serão publicadas.

Este valor é muito curto. Deveria ter __LIMIT__ caracteres ou mais.


Escolha a especialidade dos profissionais que podem responder sua dúvida
Iremos utilizá-lo para o notificar sobre a resposta, que não será publicada online.
Todos os conteúdos publicados no doctoralia.com.br, principalmente perguntas e respostas na área da medicina, têm caráter meramente informativo e não devem ser, em nenhuma circunstância, considerados como substitutos de aconselhamento médico.