Olá, boa noite! No ano passado descobri que minha filha de 25 anos está fazendo uso de cocaína. Pro

13 respostas
Olá, boa noite!
No ano passado descobri que minha filha de 25 anos está fazendo uso de cocaína. Propus a ela a internação, mas ela é muito resistente. Começamos a fazer um tratamento com psiquiatra, mas ela não demonstra nenhum interesse em mudar o seu comportamento, nem deixar o vício. Estou desesperada pois ela está cada dia com uma aparência mais debilitada e emagreceu muito nos últimos 3 meses. Qual o procedimento que devo fazer?
Dra. Taíris Sampaio
Psiquiatra
São Paulo
O tratamento da dependência de álcool e outras drogas, é bem difícil. Porém o paciente necessita ter o mínimo de crítica do seu uso, enxergar os prejuízos (como por exemplo: prejuízos na sua saúde, no trabalho, no convívio familiar, financeiro..). Enxergar que pode está adoecido, como por exemplo ter sua ansiedade e fazer uso de álcool, ter uma depressão e usar a cocaína como forma de medicações... A internação em muitos casos não é a melhor escolha, pois é bem comum na prática, o pacientes fazer uso no mesmo dia que tem alta. O uso de medicação, psicoterapia, equipe multidisciplinar é muito importante para todo esse processo. Infelizmente, a vontade maior para diminuição do uso ou abstinência da droga, tem que ser da pessoa que faz o uso, e não da família ou do médico. Entendo todo o sofrimento de da família nesses casos..
Abraço

Tire todas as dúvidas durante a consulta online

Se precisar de aconselhamento de um especialista, marque uma consulta online. Você terá todas as respostas sem sair de casa.

Mostrar especialistas Como funciona?
 Leonardo Vannucci
Psicólogo
Atibaia
Quando a pessoa não reconhece a necessidade de tratamento a situação se complica. Recomendo que vc procure grupos de apoio a familiares, o mais conhecido é um chamado Amor Exigente. Caso a sua filha esteja colocando a própria vida em risco a internação compulsória é uma possibilidade que deve ser cogitada.
 Luciano S Rodrigues
Psicólogo
Rio de Janeiro
O uso de substâncias, principalmente o abusivo, deve ser acompanhado não somente pelo médico Psiquiatra mas também por um Psicólogo, preferencialmente. Mas é extremamente necessário que o usuário queira ser acompanhado. Abraços.
 Edna Borba Araujo
Psicólogo, Psicanalista
Recife
Olá!
Conforme bem colocado por cada profissional - colegas acima- a questão da dependência química e abuso é bem difícil.
Na psicanálise trabalhamos a partir da estrutura psíquica e do desejo. Nesse sentido é necessário querer o processo.
Até que isto ocorra tente vc mesma se tratar para não adoecer. Para sua filha, converse com ela, escute sua angústia e se mostre continente, amparo.
Tudo de bom.
Abraço.
 Priscila Lima Rodrigues
Psicólogo
Bragança Paulista
Bom dia. Pela sua descrição sua filha não tem condições de escolher, pois está em uma fase aguda da doença.
Sugiro internação e após desintoxicação química, que a mesma passe a fazer utilização dos serviços de uma equipe multidisciplinar. Psicólogo com especialização em dependência química e psiquiatra.
Nesse momento ela possivelmente está refratária para qualquer tipo de intervenção ambulatorial.
Boa sorte, esse momento não é nada fácil.
Prof. Waldir Oliveira
Psicólogo
Santo André, SP
Como já descritos por outros profissionais, o desejo de se livrar da droga depende quase que exclusivamente da sua filha. O prazer produzido por cocaína, pode ser maior do que o prazer produzido pela forma que ela vê o mundo pessoal. É necessário ajudar ela perceber que ela é muito importante é que existe outras possibilidades de prazer que não seja sobre o efeito da cocaína. Terapia Cognitivo Comportamental é eficiente para o tratamento se ela desejar.
Por sua descrição, sua filha necessita internação imediata. A Lei 10.216 de 2001 garante a todo cidadão atendimento psiquiátrico de acordo com usa necessidades, seja voluntaria ou involuntariamente. www.
planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10216.htm
 Ana Carolina de Araújo Soares
Psicólogo, Psicanalista
Foz do Iguaçu
Medicação e um tratamento psicológico é essencial no caso da sua filha. Juntamente com os profissionais e sua filha é importante estabelecer os limites e a possibilidade de internação.
Dra. Tânia Abreu Carvalho
Psiquiatra, Terapeuta complementar
São Paulo
Boa noite
uma das coisas que aprendi com as pessoas em sofrimento e adoecimento é que é preciso buscar se colocar a disposição para escutá-las. É as vezes dificil para nós escutarmos quando estamos preocupados especialmente com um assunto que nos deixa agitados como pais como o uso de substancias ainda mais cocaína que implica um risco de dependência tão grande. Nessas horas entendo como um dos colegas mencionou que um grupo de pessoas /familiares que já passou por isso pode ser a oportunidade de aprender como se aproximar, como restabelecer um dialogo que às vezes já era ou tornou-se muito difícil. O importante é você como mãe não culpar-se e compartilhar com alguém de sua confiança como familiares ou mesmo amigos da sua filha que são influentes na vida dela para que vocês possam conversar sobre o que ocorre.
Muitas vezes subjacente ( por trás) do consumo de cocaina existe uma tristeza ou mesmo um trasntorno depressivo ou ansioso ou alguma questão de esvaziamento e tédio que nem mesmo ela foi capaz de tão jovem de identificar.
O mais importante é que o olhar e o cuidado deve ser integral e integral por vezes com medicaçao, psicoterapia. grupos de pessoas com a mesma experiência de consumo de drogas, resgate da espiritualidade ou abertura para reconhecer um sentido novo de existência.
Veja se quiser alguns conteudos no SPOTIFY:CUICA NA CUCA ou no meu instagram.
Que bom que você está buscando e se envolvendo no cuidado da sua filha. Não fique só nisso.
O suporte para a sua filha deve ser construído de forma específica e com um manejo cuidadoso. Esta construção é complexa e pede revisões de várias dimensões para conseguir potencializar ao máximo a atenção que poderá ser ofertada. Exemplifico, deve ser levada em conta todo o contexto que ela está inserida, ou seja, trabalho, família, socialização e etc. Como sua filha se recusa neste instante a ceder ao cuidados integrais eu sugiro que você, mãe, se coloque em acompanhamento psicológico para que um profissional consiga ofertar intervenções sistematizadas com o fim de pensar todos os detalhes envolvidos que o processo exige. É importante também para que assim seja avaliado o como as relações estão estruturadas e o quanto esta condição também coloca você em sofrimento, exigindo assim o seu próprio cuidado. Vivências como estas criam expectativas nebulosas, a exaustão e os afetos exacerbados podem tirar a clareza do como enfrentar e encontrar recursos condizentes. Não fique só, procure apoio.
Procurar grupo de apoio - Amor exigente é muito bom.
Avaliar o risco de vida pois alguem que não quer ajuda e está na cocaina está no caminho da overdose e nesse momento que voce me descreve sua filha ela não está disposta a ouvir ninguem.
Assim talvez a internação compulsória seja o ato adequado para salvar a vida dela
Prof. Bianca Machado
Psicólogo
Rio de Janeiro
A terapia cognitiva comportamental (TCC) é muito eficaz no tratamento com álcool e drogas. Se puderes me enviar uma mensagem direta posso tentar lhe indicar um bom profissional perto da sua localidade que seja referência nessa área. A medicação + TCC é tratamento padrão ouro nesses casos, principalmente a abordagem “entrevista motivacional”. De qualquer forma, é um tratamento que exige muita resiliência e resistência à frustração da rede de apoio (família). A internação pode ser indicada em alguns casos e existem clínicas com equipes multidisciplinares para suporte também.
Dra. Camila Cirino Pereira
Neurologista, Médico do sono, Psiquiatra
São Paulo
Olá! O que você está vivendo é extremamente difícil, e sua preocupação é absolutamente legítima. O uso de cocaína provoca alterações profundas no funcionamento cerebral, afetando a motivação, o autocontrole e a capacidade de julgamento — por isso, pessoas em uso contínuo muitas vezes não reconhecem a gravidade do problema ou não conseguem interromper sozinhas, mesmo diante das consequências. A resistência ao tratamento faz parte do quadro de dependência e não deve ser interpretada como falta de caráter ou de vontade, mas como uma condição médica complexa, que exige abordagem técnica e apoio familiar estruturado. Diante do emagrecimento acentuado e da deterioração física e emocional que você menciona, é essencial buscar ajuda médica imediata. O primeiro passo é retornar ao psiquiatra e relatar a piora, para que ele avalie a necessidade de internação involuntária ou compulsória — medida prevista pela legislação brasileira (Lei nº 13.840/2019) quando há risco à integridade física do paciente e quando o uso compromete sua capacidade de decisão. Esse tipo de internação deve ser solicitado por familiar direto e autorizado por um médico, com acompanhamento contínuo e tempo determinado. Além disso, você pode procurar apoio em Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) da sua cidade, que oferecem atendimento gratuito e suporte multiprofissional, incluindo médico, psicólogo e assistente social. Existem também comunidades terapêuticas e programas públicos e privados especializados em reabilitação. O envolvimento familiar é essencial — evite discussões, chantagens ou promessas, e tente manter uma postura firme, porém acolhedora. Estabeleça limites claros e mostre que está disposta a ajudar, mas que o tratamento é inegociável. Mesmo que pareça resistente, muitas pessoas aceitam a ajuda quando percebem que a família está unida e que o tratamento é uma condição de cuidado e não de punição. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com seu neurologista é essencial para confirmar o diagnóstico e garantir segurança no uso. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, dependência química, saúde mental e regulação neurofuncional, sempre com uma abordagem técnica, empática e humanizada. Dra. Camila Cirino Pereira - Neurologista | Especialista em TDAH | Especialista em Medicina do Sono | Especialista em Saúde Mental CRM CE 12028 | RQE Nº 11695 | RQE Nº 11728

Especialistas

Roberto Carmignani Verdade

Roberto Carmignani Verdade

Psiquiatra

Campinas

Jaqueline Gonçalves

Jaqueline Gonçalves

Psicólogo

Itu

Débora Torres

Débora Torres

Psiquiatra

São Paulo

Renata Camargo

Renata Camargo

Psicólogo

Camaquã

Luis Falivene Roberto Alves

Luis Falivene Roberto Alves

Psiquiatra

Campinas

Perguntas relacionadas

Você quer enviar sua pergunta?

Nossos especialistas responderam a 62 perguntas sobre Dependência química
  • A sua pergunta será publicada de forma anônima.
  • Faça uma pergunta de saúde clara, objetiva seja breve.
  • A pergunta será enviada para todos os especialistas que utilizam este site e não para um profissional de saúde específico.
  • Este serviço não substitui uma consulta com um profissional de saúde. Se tiver algum problema ou urgência, dirija-se ao seu médico/especialista ou provedor de saúde da sua região.
  • Não são permitidas perguntas sobre casos específicos, nem pedidos de segunda opinião.
  • Por uma questão de saúde, quantidades e doses de medicamentos não serão publicadas.

Este valor é muito curto. Deveria ter __LIMIT__ caracteres ou mais.


Escolha a especialidade dos profissionais que podem responder sua dúvida
Iremos utilizá-lo para o notificar sobre a resposta, que não será publicada online.
Todos os conteúdos publicados no doctoralia.com.br, principalmente perguntas e respostas na área da medicina, têm caráter meramente informativo e não devem ser, em nenhuma circunstância, considerados como substitutos de aconselhamento médico.