Parei de tomar o zolpidem em razão dos efeitos colaterais diarreia e irritação estomacal, estou entr

3 respostas
Parei de tomar o zolpidem em razão dos efeitos colaterais diarreia e irritação estomacal, estou entre a cruz e a espada se tomo os efeitos colaterais são horríveis, Se não tomo não consigo dormir. O que fazer?
Peocure um neurologista para avaliar seu perfil de insônia, assim realizar tratamento com outras medicações, se necessário, e mudanças de hábitos que chamamos de higiene do sono.

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Dr. Rodrigo da Silva Bellumat
Otorrino, Médico do sono
Nova Lima
Entendo bem essa situação e ela é mais comum do que parece! O ideal agora é não retomar o zolpidem por conta própria e procurar um Médico do Sono para ajustar o tratamento. Existem outras opções seguras e eficazes, inclusive naturais ou com doses e formulações diferentes, que podem ajudar você a dormir bem sem causar esse desconforto. O importante é tratar a CAUSA da insônia, não apenas os sintomas.
Dra. Camila Cirino Pereira
Neurologista, Médico do sono, Psiquiatra
São Paulo
O zolpidem é um indutor do sono que age sobre os receptores GABA-A, promovendo sedação rápida e sono mais profundo, mas em algumas pessoas pode causar efeitos colaterais gastrointestinais e neurológicos, como náusea, irritação estomacal, diarreia, sonolência residual, alterações de humor ou dependência psicológica quando usado por longos períodos. A situação que você descreve é bastante comum: quando o medicamento é interrompido, ocorre insônia de rebote, ou seja, o cérebro ainda não readaptou seu ciclo natural de sono, e o organismo sente a falta da substância que vinha induzindo o adormecimento. Por outro lado, continuar usando o zolpidem apesar dos efeitos colaterais pode agravar os sintomas gástricos e causar tolerância, exigindo doses cada vez maiores para o mesmo efeito. O ideal, portanto, é não retomar o zolpidem sem acompanhamento médico e buscar uma estratégia de substituição e desmame gradual, que permita recuperar o sono de forma fisiológica. Há várias alternativas seguras e eficazes para essa transição: 1. Ajuste da higiene do sono — estabelecer horário fixo para dormir e acordar, evitar telas e luz azul à noite, reduzir cafeína e álcool, e usar técnicas de relaxamento (respiração, meditação, banho morno) antes de deitar. Isso ajuda o cérebro a retomar o ritmo natural de melatonina. 2. Fitoterápicos e indutores naturais — medicamentos como passiflora, valeriana, melissa, magnésio, L-teanina ou ansiodoron podem auxiliar na fase de desmame, oferecendo um efeito calmante leve, especialmente quando associados a terapia cognitivo-comportamental. 3. Troca por moduladores do sono com menor impacto gástrico — dependendo do perfil do paciente, o neurologista pode indicar alternativas como trazodona, mirtazapina, doxepina em microdose ou melatonina de liberação prolongada, que ajudam a restaurar o sono sem causar dependência e têm melhor tolerância gastrointestinal. 4. Terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I) — comprovadamente o tratamento mais eficaz e duradouro para insônia crônica. A TCC-I atua na reprogramação mental e comportamental do sono, reduzindo gradualmente a dependência de medicamentos. 5. Avaliação de causas secundárias de insônia — muitas vezes, o problema não é apenas o sono em si, mas condições associadas como ansiedade, TDAH, depressão leve, dor crônica ou apneia do sono, que precisam ser tratadas em paralelo para estabilizar o padrão de descanso. Como a sua queixa inclui efeitos gastrointestinais, é importante também verificar se há gastrite medicamentosa. O zolpidem, embora não atue diretamente no estômago, pode aumentar a sensibilidade gástrica por alterar a motilidade e o pH. Nesse caso, o uso de protetores gástricos temporários (como pantoprazol) sob orientação médica pode ajudar na recuperação. Em resumo: não é recomendável retomar o zolpidem pelos efeitos colaterais que você descreveu, mas também não é necessário permanecer sem dormir. O caminho ideal é substituir por alternativas mais seguras, associar higiene do sono e terapias complementares, e corrigir as causas da insônia de forma duradoura. Com orientação médica adequada, é possível restaurar o sono sem dependência e sem desconforto gástrico. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com seu neurologista é essencial para confirmar o diagnóstico e garantir segurança no uso. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, medicina do sono, ansiedade e regulação neurofuncional, sempre com uma abordagem técnica, empática e humanizada. Dra. Camila Cirino Pereira – Neurologista | Especialista em TDAH | Especialista em Medicina do Sono | Especialista em Saúde Mental CRM CE 12028 | RQE Nº 11695 | RQE Nº 11728

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