Por favor estou há uma semana tendo crises de pânico recorrente. Fui diagnosticada em 2006 com TAG e

6 respostas
Por favor estou há uma semana tendo crises de pânico recorrente. Fui diagnosticada em 2006 com TAG e sindrome do pânico, desde então faço uso de ansiolítico apraz 2mg de noite e antidepressivo ( no momento Sertralina ). Semana passada tive uma otite muito forte e fui para o pronto-socorro me receitaram corticoide de 12 em 12 horas e antibiótico para colocar no ouvido, no terceiro comprimido de corticoide senti uma ansiedade muito grande e parei de tomá-lo, na segunda-feira fui novamente para o pronto socorro com febre e mal estar terrível e por exame de sangue viram que meus leucócitos e segmentados estavam um pouco alterado e que era uma sinusite ( que eu tenho a bastante tempo ) me receitaram azitromicina 500mg uma vez ao dia, no dia seguinte fui ao meu psiquiatra relatei e ele alterou a Sertralina para exodus foi quando veio a crise de pânico que está incontrolável, não durmo tem uma semana. Voltei ao pronto-socorro 2 dias depois com a crise de pânico e uma dor do lado direito da barriga próximo a costela. Fizeram coletarem de sangue, urina e USG do abdômen total ( na urina e no sangue deu infecção mas não muito alta e o USG tudo normal. Ontem consegui um encaixe com outro psiquiatra que voltou para a Sertralina 100 mg de manhã, apraz 2 mg à noite e o Rivotril sublingual 0,25 mg para tomar na hora da crise que pode ser dividido em até 4 vezes no dia não ultrapassando 1mg ao dia, acontece que não passa a crise de jeito nenhum demora alguns dias para melhorar?
Dra. Isa Sato
Psiquiatra
São Paulo
Realmente este ajuste de medicação pode trazer a sensação de piora do quadro , mas algumas medidas podem ser tomadas , tanto associação de outras medicações como o suporte psicoterápico.Converse com seu psiquiatra sobre a intensidade possibilidades de conforto enquanto a sertralina ainda não tiver tido tempo hábil para agir, e que as medidas orientadas ainda não estão sendo suficientes.Sempre há possibilidades , o importante é conversar com seu psiquiatra para que essa angústia seja suportável.

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Talvez o rivotril não seja a medicação correta para você, mas existe outros medicamentos que podem ser tentados até que a sertralina funcione novamente e tire as crises.
Sinto muito que esteja passando por essa crise de pânico recorrente. É importante lembrar que as crises de pânico podem ser desencadeadas por diferentes fatores, como estresse, ansiedade, mudanças na medicação, problemas de saúde, entre outros. É necessário investigar a causa da crise de pânico, para que possa ser tratada adequadamente.

No seu caso, parece que a crise de pânico pode estar relacionada às alterações na medicação e às infecções recentes que você teve. É importante que você continue seguindo as orientações do seu psiquiatra e informando-o sobre a evolução dos sintomas.

Além disso, é recomendável que você tente praticar técnicas de relaxamento, como meditação, respiração profunda e yoga, para ajudar a controlar a ansiedade e reduzir o estresse. Também é importante cuidar da sua saúde física, mantendo uma alimentação saudável, praticando atividade física regularmente e dormindo bem.

Se as crises de pânico persistirem, mesmo com o tratamento adequado, é possível que seja necessário ajustar a medicação ou buscar outras formas de tratamento, como a terapia cognitivo-comportamental. Não hesite em conversar com o seu médico sobre suas preocupações e dúvidas em relação ao tratamento.
Dra. Eloína Alésia Crenite do Rego Barros
Médico clínico geral, Psiquiatra
São Paulo
Precisa de uma consulta médica para poder entender seu caso e te tirar da crise.
Estou á disposição.
Dra. Fernanda Souza de Abreu Júdice
Psiquiatra, Médico perito, Médico clínico geral
Rio de Janeiro
Sim, infelizmente pode demorar alguns dias para as crises começarem a ceder — e o que você está passando faz todo sentido diante das mudanças recentes. Seu organismo foi sobrecarregado por várias coisas ao mesmo tempo: infecção, uso de corticoide (que pode piorar muito a ansiedade em quem já tem histórico), troca de antidepressivo e, acima de tudo, privação de sono e medo constante das crises, que acaba alimentando o ciclo do pânico.

Mesmo voltando agora à sertralina, ela ainda vai precisar de tempo para voltar a agir com firmeza. Isso costuma levar de 7 a 14 dias para começar a aliviar as crises, e mais algumas semanas para estabilizar totalmente. O Rivotril sublingual ajuda nos momentos de crise, mas nem sempre corta 100% o sintoma — ele reduz a intensidade e dá um pouco de respiro até o antidepressivo voltar a fazer efeito.

O mais importante agora é: você não está piorando porque algo está errado ou fora de controle definitivo. Você está em adaptação, com o corpo tentando se reequilibrar depois de uma sequência de estresses físicos e emocionais. Com o esquema atual (sertralina + apraz à noite + rivotril sob demanda), a tendência é melhorar, mas é essencial manter a rotina o mais previsível possível, com sono regular (mesmo que venha aos poucos), alimentação leve e evitar cafeína ou outras substâncias estimulantes.

Você vai sair dessa crise. Não se cobre por "não conseguir dormir" ou “não melhorar rápido”. Cada dia que passa, o seu organismo está se reequilibrando — mesmo que ainda pareça difícil agora.

Esse conteúdo é apenas informativo e não substitui uma avaliação médica. Posso te ajudar com a psiquiatria e fico à disposição.
Dra. Camila Cirino Pereira
Neurologista, Médico do sono, Psiquiatra
São Paulo
Sim, o que você está vivendo é compatível com uma crise de pânico aguda reativada por múltiplos gatilhos — entre eles o uso recente de corticoides (que podem causar agitação, taquicardia e ansiedade intensa), a infecção e o ajuste abrupto de antidepressivos (troca de Sertralina para Escitalopram e retorno em poucos dias). Esse tipo de descompensação é comum em pessoas com transtorno de ansiedade generalizada e síndrome do pânico, pois o sistema nervoso já se encontra sensibilizado, e qualquer oscilação química ou física pode reativar sintomas. O aumento temporário da ansiedade após trocar ou reiniciar antidepressivos é esperado — ocorre porque o cérebro precisa readaptar-se à regulação da serotonina, e isso leva de 7 a 21 dias para estabilizar. Durante esse período, é normal sentir taquicardia, falta de ar, aperto no peito, insônia, medo de morrer e sensação de perda de controle, mesmo com o uso do Apraz e do Rivotril sublingual. A melhora tende a vir de forma gradual, não imediata, à medida que a Sertralina retoma seu efeito pleno (geralmente entre 2 e 4 semanas). O uso do Rivotril sublingual está correto como medida de alívio durante as crises, mas se as crises continuam muito frequentes ou impedem o sono, o médico pode ajustar a dose noturna do ansiolítico temporariamente ou associar um medicamento estabilizador leve, até que o antidepressivo volte a agir com eficácia. Além do ajuste medicamentoso, algumas medidas podem ajudar bastante nessa fase: manter respiração diafragmática lenta e profunda durante as crises, evitar cafeína e álcool, priorizar um ambiente tranquilo antes de dormir, e se possível iniciar psicoterapia cognitivo-comportamental (TCC), que é altamente eficaz no controle do pânico e prevenção de recaídas. Em resumo: o quadro é reversível e tende a melhorar em poucas semanas com a retomada correta da Sertralina e suporte ansiolítico temporário. Evite mudanças por conta própria e comunique ao médico se a insônia ou o medo intenso persistirem por mais de 10 dias, pois pequenos ajustes de dose podem acelerar o alívio. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com seu neurologista é essencial para confirmar o diagnóstico e garantir segurança no uso. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, transtornos de ansiedade, regulação neurofuncional e medicina do sono, sempre com uma abordagem técnica, empática e humanizada. Dra. Camila Cirino Pereira – Neurologista | Especialista em TDAH | Especialista em Medicina do Sono | Especialista em Saúde Mental CRM CE 12028 | RQE Nº 11695 | RQE Nº 11728

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