Pq pessoas que tem TOC tem a mania de organização? Pode ocorrer da pessoa ter TOC e não ter essa coi

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Pq pessoas que tem TOC tem a mania de organização? Pode ocorrer da pessoa ter TOC e não ter essa coisa de organização exagerada? Ou a pessoa quando tem TOC ela sempre vai ter isso
Uma pessoa com TOC é como um “disco arranhado” que repete sempre o mesmo ponto daquilo que está gravado. Alguns acham que, se não agirem assim, algo terrível pode acontecer. Sempre após essa repetição, vem um alívio. Mas, internamente, ela sabe que é algo exagerado e sem necessidade, o que causa um sofrimento posterior. Diferente dos organizados, a pessoa com TOC não vai conseguir tornar essa organização em uma coisa produtiva.

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Olá! O colega deu uma resposta elucidativa, então, eu gostaria de apenas fazer alguns complementos, se possível. Respondendo à sua primeira pergunta, sim, é possível uma pessoa com TOC ter mania de organização, geralmente, ela tenta organizar o ambiente externo para tentar gerar um reflexo no ambiente interno (mental), que pode estar "bagunçado" ou mesmo como uma reação contrária a um desejo inconsciente de destruir coisas ao seu redor. Quanto à segunda pergunta, sim, pois uma pessoa pode ter uma SUBJETIVIDADE ESTRUTURADA COM OBSESSIVA, mas não estar em crise, sendo assim, os traços obsessivos se manifestam de uma forma mais suave, porém, se por circunstâncias da realidade o núcleo de funcionamento obsessivo for pressionado, os sintomas se intensificarão como forma de dar vazão a impulsos reprimidos.
O neurótico obsessivo (que tem TOC - transtorno obsessivo compulsivo) principalmente duvida: não acredita no resultado dos atos ritualísticos que realiza para evitar sofrer algum desprazer menor ou algo mais trágico. Duvidando, sente-se sem defesa e sofre de forma tripla: por realizar os rituais, por não acreditar na defesa que realiza e na espera do castigo que está por vir. Os rituais tomam muito tempo dele; o que para quem não tem TOC seria simples hábito, para ele se torna algo infindável, por nunca lhe dar segurança. Por exemplo, ao arrumar a cama e a roupa na hora de dormir, o ritual do obsessivo é repetir esse hábito à exaustão a cada vez de se deitar, como se nunca estivesse satisfeito com a arrumação que lhe daria alívio para poder conciliar o sono. Esses rituais se repetem também na organização de suas coisas, alimentando a repetição e a insatisfação. Cada portador de TOC tem seus rituais de eleição, mas todos invariavelmente estão conectados com seu pensamento: repetir para não sofrer, o que nem sempre tem sucesso, pois a própria repetição gera sofrimento
Excesso de organização e TOC são questões diferentes mas podem estar associadas em alguns casos. No TOC há a prevalência de rituais e pensamentos que fogem ao controle do sujeito e nos quais ele não se reconhece, é estranho a sua realidade psíquica mas sem os quais ele não consegue seguir adiante, é imperativo realizar. É importante ressaltar que os rituais presentes no TOC aparecem como uma substituição, uma espécie de drenagem, do excesso pulsional que não conseguiu se resolver por outros meios, um excesso que não se vinculou a um traço de personalidade que o sujeito pode se reconhecer, se identificar. Portanto, esse conflito pulsional que ocorre a nível inconsciente e que se manifesta a nível consciente nos sintomas de rituais e pensamentos obsessivos precisam ser trabalhados em análise com a finalidade de movimentar esse enquadre pulsional que ligou os afetos indesejados, repelidos, aos rituais compulsivos. Por isso, é importante localizar a história pregressa do sujeito, o início da sintomatologia, a natureza dos rituais e dos pensamentos, inclusive no sentido de efetuar um diagnóstico que nos permita fazer a leitura mais apropriada para cada caso, para cada pessoa. Nem sempre os pensamentos intrusivos característicos do TOC são realmente enquadrados nesse diagnóstico. Por isso é importante que um paciente fale, associe, o quanto mais conseguir em consultório, pois somente através dessa fala livre, não sem as intervenções do profissional, é que se pode avançar nessas questões que trazem tanto sofrimento. Quando ao excesso de organização, desde que isso não esteja atrapalhando a vida da pessoa, não precisa necessariamente se tornar uma questão de análise ou tratamento, as vezes é apenas uma forma como determinados sujeitos encontram de estar na vida, se organizar subjetivamente, viver.
Saúde e paz,

o TOC é a expressão moderna para o que no passado foi chamado por Freud de "neurose obsessiva". A nova categorização obedece a um enquadramento capitalista, visto que o sujeito do desejo foi transformado, como registrou Maria Anita Carneiro Ribeiro, em "consumidor passivo" - para a alegria dos que investem na produção laboratorial. A neurose obsessiva foi uma invenção freudiana. O termo aparece no texto de 1896: "a hereditariedade e a etiologia das neuroses". Antes da intervenção do médico da Bergasse dezenove, a neurose obsessiva era tida como um tipo de "mania" que era associada às psicoses. Como destaca Ribeiro, foi classificada de várias formas: "loucura da dúvida", "monomania de raciocínio" ou "patologia da inteligência". Segundo a Classificação Internacional das Doenças, "o TOC é um transtorno caracterizado por ideias obsessivas ou por comportamentos compulsivos recorrentes. As ideias obsessivas são pensamentos, representações ou impulsos que se intrometem na consciência do sujeito de modo repetitivo e estereotipado". O TOC apresenta gradações. As pessoas com tal desordenamento psíquico explicitam níveis distintos de comprometimento que tem a ver com sua constituição subjetiva e os problemas subjacentes a ela. A afecção pode se manifestar, por exemplo, como uma mania de limpeza ou uma preocupação exagerada com a arrumação das roupas no armário. A experiência clínica sugere que, em muitas circunstâncias, a "necessidade de controle" se impõe. Prescindível dizer que o "controle" traz gozo, mas também sofrimento. Em casos gravíssimos - refiro-me a pacientes com ideação suicida -, há um desejo de controlar a própria finitude. Como se deve morrer, quando, o que fazer com o cadáver, etc.. Os sujeitos que padecem com este desequilíbrio psicológico não estão fadados a permanecer assim. Os sintomas podem ser abrandados, de modo a permitir que o indivíduo tenha uma vida mais plena. Para tanto, o trabalho analítico é incontornável. Ao produzir no setting psicanalítico, uma "escrita do inconsciente", o analisante se dá conta (aos poucos) de como lidar com a sintomatologia das obsessões. Às vezes, logra compreender as razões que levaram a desenvolver os distúrbios em tela.
Boa noite, tudo bem?
Sim, uma pessoa com TOC pode ter vários tipos de manifestação dos sintomas obsessivos compulsivos. Ex: verificação, contaminação, contaminação mental, acumulação, ruminação, pensamentos intrusivos, simetria e ordem, etc.
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As neuroses em geral, e a neurose obsessiva (TOC) em particular, dizem respeito a uma incapacidade de se dar conta de uma vivência carregada de um afeto muito intenso. Vivência essa que nem sabemos identificar com precisão.

Os pensamentos obsessivos então seriam uma forma de defesa contra outros pensamentos, fontes de medo ou sofrimento, ou mesmo geradores de culpa. Resultam em ações compulsivas que o neurótico executa como forma de contrabalançar a pressão exercida pelos pensamentos. Seja a mania de organização, ou qualquer outro ‘ritual’, como verificação das trancas das portas e janelas ou do controle do gás na cozinha.

Disto pode decorrer grande prejuízo para os relacionamentos familiares e sociais; além de incapacitar o sujeito para uma vida produtiva. Ou seja, o mecanismo que seria de defesa contra uma ideia insuportável pode gerar sofrimento.

A análise caminha no sentido de identificarmos os sentidos inconscientes destas ações compulsivas.
Indo direto ao ponto, o quadro de TOC não exige a apresentação de todos os sintomas a ele relacionados. Assim sendo, uma pessoa pode ter TOC e não apresentar a mania de organização. Os dois principais sintomas do quadro são: pensamentos intrusivos e ações repetitivas.
Olá! A questão a ser levantada é: A pessoa já recebeu o diagnóstico de TOC? Se você gosta de organização, não se preocupe, pois isso não significa necessariamente TOC. Os sintomas do TOC podem ser diversos.
E se você acha que tem TOC, ou sofre bastante por conta desses pensamentos obsessivos, não hesite em procurar ajuda.
TOC - O próprio nome nos conta um pouco dele, vemos os colegas falarem de tantas formas o que é ser e o TOC e sua forma de agir. Tudo se baseia no Inconsciênte do indivíduo que vem se esternalizar e que trás prejuizo somente para ele. E que, ele mesmo pense que se ele não fizer como bem disse um dos colega a cima vem o sentimento de culpa e acha que virá a punição. Sendo que isso não é verdade.
Uma pessoa com TOC é preciso que ela faça análise/terapia, para saber da origem do transtorno. Para que aque ela se livre deste e não entre em repetição (substituindo por um outro tipo de TOC).
Me coloco a disposição para ajudá-lo(a)
Levando em consideração as excelentes respostas dos colegas anteriores, posso lhe afirmar que TOC tem cura! Acho que esta é a grande questão! O motivo pelo qual você nos expôs seu problema. Procure um psicanalista e reverta este quadro o quanto antes. Viver com TOC pode lhe prejudicar a médio/longo prazo. Na terapia vamos levantar todas as questões que levaram você ao início deste processo e desfazer este "nó" mental o quanto antes.
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é caracterizado por obsessões (pensamentos ou impulsos recorrentes e intrusivos) e compulsões (comportamentos ou atos mentais repetitivos que a pessoa se sente obrigada a realizar para aliviar a ansiedade causada pela obsessão). Uma das subcategorias do TOC é o subgrupo de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) de ordem ou simetria, também conhecido como transtorno obsessivo-compulsivo de organização.

As pessoas com TOC de ordem ou simetria têm compulsões para organizar, arrumar e alinhar objetos de acordo com certas regras arbitrárias e rígidas. Essas compulsões podem ser muito tempo-consumidoras e podem causar dificuldades significativas na vida diária.

Não é obrigatório que todas as pessoas com TOC tenha essa subcategoria específica, e muitas pessoas com TOC de ordem ou simetria não têm outras compulsões. Além disso, algumas pessoas com TOC de ordem ou simetria podem não ter obsessões.

Um artigo recente publicado em 2020 por pesquisadores da Universidade de São Paulo, "Tratamento cognitivo-comportamental do transtorno obsessivo-compulsivo de ordem e simetria" demonstra a eficácia do tratamento cognitivo-comportamental (TCC) para o TOC de ordem ou simetria, e sugere que é importante identificar essa subcategoria específica para oferecer um tratamento adequado.

É importante lembrar que o TOC é uma doença complexa e cada caso é único, é sempre recomendável buscar ajuda de um profissional de saúde para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.
Pessoas diagnosticadas com TOC podem ou não ter mania de organização. O que irá caracterizar esse transtorno, que em psicanálise chamamos de neurose obsessiva, serão os rituais repetitivos que devem ser cumpridos para controlar os pensamentos obsessivos intrusivos, em geral de ordem trágica, como se algo de ruim fosse acontecer. Isso pode se manifestar pela organização excessiva, mas também de outras infinitas maneiras, como o de passar pela mesma porta repetidas vezes, ou apagar e acender as luzes repetidamente até que a pessoa fique exausta ou a obsessão controlada. Ou seja, uma pessoa excessivamente organizada não necessariamente sofre de TOC.
Para a psicanálise, a origem do TOC está relacionada a um trauma (real ou simbólico) que foi reprimido, muitas vezes de origem sexual. A cena traumática pode ter de fato acontecido ou ser algo imaginado, mas que ganha contornos reais através dos sintomas. Lidar com esse trauma causa grande angústia, o que faz com que o psiquismo o desvie para um comportamento obsessivo que muitas vezes não começa tão angustiante assim, mas que pode se agravar com o passar do tempo, uma vez que o sujeito fica cada vez mais "preso" aos rituais. E é aí que muitas vezes se descobre o TOC, com os sintomas trazendo prejuízos à vida do sujeito.
Para tratar esse quadro de forma duradoura sugiro que busque um psicanalista para que as questões sejam compreendidas e elaboradas, eliminando ou, ao menos, atenuando as repetições. A depender da gravidade é comum que o acompanhamento seja combinado ao de um psiquiatra para que uma medicação para alívio dos sintomas faça suporte, uma vez que falar sobre e enfrentar os traumas em análise pode ser angustiante no início.
Bom noite, como os meus colegas destacaram em seus comentários o TOC, como um transtorno obsessivo pode se manifestar de varias formas e diferentes intensidades. O tratamento exigem uma atenção terapêutica sistematizada, associado a um profissional experiente e qualificado, qualquer abordagem supostamente tecnicista distanciada e superficial pode ser desastrosa e comprometedora. Torna-se assim essencial que se recorra ao apoio de um terapeuta de confiança. Com esse procedimento será possível constituir um contexto terapêutico que conduza a uma análise construtiva capaz de formatar novas, estáveis e equilibradas ligações emocionais que possam superar e ressignificar as relações inconscientes que precipitam esse transtorno neurótico.
Olá, tudo bem? Há pessoas desorganizadas, organizadas, extremamente organizadas e com TOC. São coisas diferentes. Se a sua organização não prejudica suas outras tarefas e funções do dia a dia não vejo problema. Ok? Um abraço e se cuide!
É muito importante lembrar que o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) se manifesta de maneira diferente em cada indivíduo. Não há uma regra rígida de que todas as pessoas com TOC tenham a mania de organização. O TOC é um transtorno complexo que envolve obsessões (pensamentos indesejados, intrusivos e repetitivos) e compulsões (comportamentos repetitivos realizados em resposta às obsessões para aliviar a ansiedade).
Algumas pessoas com TOC podem ter compulsões relacionadas à organização, como alinhar objetos ou organizar meticulosamente suas coisas. No entanto, outras pessoas com TOC podem ter compulsões completamente diferentes, como a verificação repetida de fechaduras, a contagem de objetos ou a lavagem excessiva das mãos. As obsessões também podem variar amplamente e não necessariamente envolvem a organização.
Em resumo, o TOC pode se apresentar de maneira muito individualizada, e não é necessário que a pessoa com TOC tenha a mania de organização. O que une todas as pessoas com TOC é a experiência de pensamentos obsessivos que causam ansiedade significativa e a realização de compulsões para aliviar essa ansiedade.
É importante entender que o TOC é um transtorno de saúde mental que pode ser tratado com sucesso. Se você ou alguém que você conhece está enfrentando sintomas de TOC que estão causando sofrimento, recomendo buscar a ajuda de um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psicanalista, para avaliação e tratamento adequados. O tratamento pode incluir terapia cognitivo-comportamental (TCC), medicamentos ou uma combinação de ambos, adaptados às necessidades individuais do paciente. O importante é procurar ajuda e apoio para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar emocional.

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