: Quais são os processos psicológicos transdiagnósticos que afetam o Transtorno do Desenvolvimento I

2 respostas
: Quais são os processos psicológicos transdiagnósticos que afetam o Transtorno do Desenvolvimento Intelectual (Deficiência Intelectual) ?
Nos indivíduos com Transtorno do Desenvolvimento Intelectual, processos psicológicos transdiagnósticos como déficits de memória de trabalho, dificuldades de atenção, problemas de regulação emocional, baixa tolerância à frustração e padrões de evitação podem afetar o aprendizado, o comportamento e a adaptação social. Esses fatores não estão ligados a um transtorno específico, mas influenciam de forma geral a capacidade de lidar com demandas cognitivas, emocionais e sociais do dia a dia, contribuindo para desafios em múltiplos contextos.

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 Maisa Guimarães Andrade
Psicanalista, Psicólogo
Rio de Janeiro
O funcionamento intelectual limítrofe — ou borderline intelectual — descreve pessoas que, embora não tenham deficiência intelectual propriamente dita, apresentam um desempenho cognitivo abaixo da média esperada. Essas pessoas geralmente têm um quociente intelectual (QI) entre 70 e 85 e enfrentam dificuldades principalmente em contextos que exigem maior abstração, planejamento e adaptação social. Na vida cotidiana, isso pode se refletir em uma aprendizagem escolar mais lenta, dificuldade em resolver problemas novos, baixa tolerância à frustração, e uma tendência a se sentir sobrecarregado em situações que exigem decisões rápidas ou pensamento mais complexo.

Na perspectiva da psicanálise, o sofrimento psíquico dessas pessoas pode estar ligado não apenas às limitações cognitivas em si, mas ao modo como essas dificuldades são vividas subjetivamente — muitas vezes marcadas por vergonha, insegurança, sentimento de inadequação e experiências de exclusão social desde a infância. A escuta clínica nesse caso não se restringe ao diagnóstico, mas procura compreender como o sujeito se relaciona com seu sintoma e com o Outro, ajudando-o a construir caminhos possíveis de simbolização, reconhecimento e pertencimento.

A terapia psicanalítica pode ser um espaço valioso para esse sujeito nomear sua angústia, resgatar experiências de fracasso que marcaram sua constituição subjetiva, e começar a diferenciar seus limites reais das marcas simbólicas de exclusão que carrega. Ao dar lugar à palavra e à escuta, a análise pode favorecer a construção de um lugar mais possível para esse sujeito na vida social, no trabalho e nas relações afetivas, ao mesmo tempo em que auxilia no fortalecimento da autoestima e da autonomia.

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