Quais são os riscos do relacionamento com a pessoa favorita no Transtorno de Personalidade Borderlin
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Quais são os riscos do relacionamento com a pessoa favorita no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
Oi, que bom que você trouxe essa pergunta — ela toca num dos aspectos mais complexos e dolorosos do Transtorno de Personalidade Borderline: o vínculo com a chamada “pessoa favorita”.
No TPB, essa relação costuma ser intensa e ambivalente. A pessoa favorita representa, ao mesmo tempo, segurança e ameaça. O cérebro de quem tem o transtorno, por ser extremamente sensível à rejeição, reage de modo desproporcional a qualquer sinal — real ou imaginado — de afastamento. Assim, quando a relação vai bem, há uma sensação quase eufórica de pertencimento e alívio; mas quando algo parece mudar, o sistema emocional interpreta como abandono iminente, e isso desperta desespero, raiva, ou comportamentos impulsivos. Esse vai e vem é profundamente exaustivo para ambos.
O maior risco, portanto, está na fusão emocional. A identidade pessoal começa a se misturar com a do outro: a validação, o humor e até o senso de valor próprio passam a depender do comportamento da pessoa favorita. Essa dinâmica pode gerar medo constante de perder o vínculo, ciúmes intensos, tentativas de controle ou afastamentos abruptos — não por falta de amor, mas como uma forma desesperada de se proteger da dor de ser deixado. Com o tempo, isso tende a alimentar culpa, vergonha e solidão.
Talvez valha refletir: o que exatamente essa pessoa representa para você além da presença física? O que muda em você quando se sente próximo ou distante dela? E o que o seu corpo tenta comunicar quando o medo da perda aparece? Essas perguntas ajudam a entender que o vínculo, na verdade, está tentando curar algo mais antigo — a busca por segurança emocional que nunca foi plenamente atendida.
A boa notícia é que, com psicoterapia, especialmente abordagens como a Terapia dos Esquemas e a Terapia Comportamental Dialética (DBT), é possível aprender a construir laços mais estáveis e seguros, sem que o outro precise ser o único alicerce emocional. Aos poucos, a intensidade deixa de ser dor e se transforma em conexão genuína. Se fizer sentido, podemos conversar mais sobre como iniciar esse processo. Caso precise, estou à disposição.
No TPB, essa relação costuma ser intensa e ambivalente. A pessoa favorita representa, ao mesmo tempo, segurança e ameaça. O cérebro de quem tem o transtorno, por ser extremamente sensível à rejeição, reage de modo desproporcional a qualquer sinal — real ou imaginado — de afastamento. Assim, quando a relação vai bem, há uma sensação quase eufórica de pertencimento e alívio; mas quando algo parece mudar, o sistema emocional interpreta como abandono iminente, e isso desperta desespero, raiva, ou comportamentos impulsivos. Esse vai e vem é profundamente exaustivo para ambos.
O maior risco, portanto, está na fusão emocional. A identidade pessoal começa a se misturar com a do outro: a validação, o humor e até o senso de valor próprio passam a depender do comportamento da pessoa favorita. Essa dinâmica pode gerar medo constante de perder o vínculo, ciúmes intensos, tentativas de controle ou afastamentos abruptos — não por falta de amor, mas como uma forma desesperada de se proteger da dor de ser deixado. Com o tempo, isso tende a alimentar culpa, vergonha e solidão.
Talvez valha refletir: o que exatamente essa pessoa representa para você além da presença física? O que muda em você quando se sente próximo ou distante dela? E o que o seu corpo tenta comunicar quando o medo da perda aparece? Essas perguntas ajudam a entender que o vínculo, na verdade, está tentando curar algo mais antigo — a busca por segurança emocional que nunca foi plenamente atendida.
A boa notícia é que, com psicoterapia, especialmente abordagens como a Terapia dos Esquemas e a Terapia Comportamental Dialética (DBT), é possível aprender a construir laços mais estáveis e seguros, sem que o outro precise ser o único alicerce emocional. Aos poucos, a intensidade deixa de ser dor e se transforma em conexão genuína. Se fizer sentido, podemos conversar mais sobre como iniciar esse processo. Caso precise, estou à disposição.
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O maior risco é quando o vínculo deixa de ser relação e passa a ser sobrevivência. A pessoa favorita se torna o ponto de estabilidade emocional — o que dá sentido, calma e direção. Só que essa dependência afetiva, mesmo parecendo amor, acaba sufocando os dois lados. A intensidade que aproxima também desgasta. Cada ausência vira ameaça, cada silêncio parece abandono. É um tipo de relação que exige cuidado, porque nasce de uma dor real: o medo profundo de perder o lugar que dá segurança.
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