Qual é a importância de desenvolver as habilidades socioemocionais ainda na infância?
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Qual é a importância de desenvolver as habilidades socioemocionais ainda na infância?
O desenvolvimento das habilidades socioemocionais na infância é um processo fundamental para a constituição psíquica do sujeito, pois está diretamente ligado à forma como a criança aprende a lidar com seus afetos, suas relações e com as exigências do mundo externo. Na perspectiva psicanalítica, essas habilidades não se resumem a uma lista de competências a serem ensinadas, mas dizem respeito à forma como a criança é acolhida em suas emoções, como é escutada e como constrói, pouco a pouco, um espaço interno capaz de elaborar frustrações, angústias e desejos.
Desde os primeiros vínculos com os cuidadores, a criança aprende — muitas vezes de forma inconsciente — como reagir às emoções que sente. Se os adultos ao redor nomeiam seus sentimentos, oferecem continência emocional e respeitam seu tempo, ela tende a internalizar essa experiência e desenvolve recursos para lidar com o que sente. Quando esse ambiente é negligente ou excessivamente controlador, por outro lado, a criança pode crescer com dificuldades para reconhecer ou expressar suas emoções de forma saudável.
Habilidades como empatia, tolerância à frustração, capacidade de espera, autorregulação e escuta do outro não nascem prontas. Elas são construídas na relação com o outro, principalmente nos primeiros anos de vida. E quanto mais cedo essas experiências forem integradas, maior a chance de que o sujeito cresça com uma base emocional mais firme, o que facilita a construção de vínculos afetivos, o convívio em grupo e o enfrentamento dos desafios da vida.
A psicanálise pode contribuir de forma significativa nesse processo, seja por meio de um trabalho clínico com a criança ou com seus responsáveis. Ao criar um espaço de escuta e simbolização, a terapia permite que a criança possa expressar suas angústias e elaborar seus conflitos, mesmo quando ainda não sabe nomeá-los. Para os adultos, o trabalho psicanalítico possibilita refletir sobre suas próprias experiências emocionais, o que os torna mais disponíveis para sustentar e acolher as emoções da criança de maneira menos reativa e mais sensível.
Promover o desenvolvimento socioemocional na infância, portanto, não é apenas uma questão de preparo para a vida social, mas um investimento profundo na saúde psíquica e no potencial criativo do sujeito em formação. É cuidar do que há de mais singular em cada criança: seu modo próprio de existir, desejar, sofrer e se transformar. Se esse for um tema que toca a sua realidade, a terapia pode ser um caminho valioso tanto para a criança quanto para quem cuida dela.
Desde os primeiros vínculos com os cuidadores, a criança aprende — muitas vezes de forma inconsciente — como reagir às emoções que sente. Se os adultos ao redor nomeiam seus sentimentos, oferecem continência emocional e respeitam seu tempo, ela tende a internalizar essa experiência e desenvolve recursos para lidar com o que sente. Quando esse ambiente é negligente ou excessivamente controlador, por outro lado, a criança pode crescer com dificuldades para reconhecer ou expressar suas emoções de forma saudável.
Habilidades como empatia, tolerância à frustração, capacidade de espera, autorregulação e escuta do outro não nascem prontas. Elas são construídas na relação com o outro, principalmente nos primeiros anos de vida. E quanto mais cedo essas experiências forem integradas, maior a chance de que o sujeito cresça com uma base emocional mais firme, o que facilita a construção de vínculos afetivos, o convívio em grupo e o enfrentamento dos desafios da vida.
A psicanálise pode contribuir de forma significativa nesse processo, seja por meio de um trabalho clínico com a criança ou com seus responsáveis. Ao criar um espaço de escuta e simbolização, a terapia permite que a criança possa expressar suas angústias e elaborar seus conflitos, mesmo quando ainda não sabe nomeá-los. Para os adultos, o trabalho psicanalítico possibilita refletir sobre suas próprias experiências emocionais, o que os torna mais disponíveis para sustentar e acolher as emoções da criança de maneira menos reativa e mais sensível.
Promover o desenvolvimento socioemocional na infância, portanto, não é apenas uma questão de preparo para a vida social, mas um investimento profundo na saúde psíquica e no potencial criativo do sujeito em formação. É cuidar do que há de mais singular em cada criança: seu modo próprio de existir, desejar, sofrer e se transformar. Se esse for um tema que toca a sua realidade, a terapia pode ser um caminho valioso tanto para a criança quanto para quem cuida dela.
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Desenvolver as habilidades socioemocionais na infância é importante para construir uma segurança na vida adulta. O que acontece na infância é a base do psiquismo. Um ambiente suficientemente bom que permita a expressão pode ajudar para futuras conquistas saudáveis. Por esse motivo, cuidar das nossas faltas na terapia, na possibilidade de um ambinete confiável é um benefíco de reparação para novas aquisições que não foram realizadas.
Olá! É importante pensarmos na infância não apenas como uma como uma etapa em que precisamos treinar competências socioemocionais, mas como o tempo em que a criança está se constituindo como sujeito em relação ao desejo do Outro. O que se chama de “habilidades socioemocionais” pode ser pensado, como os modos singulares que cada criança encontra para se posicionar diante do desejo dos pais, da linguagem e das demandas que recebe. O mais importante não é desenvolver uma lista de capacidades, mas possibilitar que a criança seja escutada em sua singularidade, que seus modos de dizer, brincar, se angustiar ou se alegrar encontrem um lugar de acolhimento. É a partir dessa escuta que ela poderá, a seu modo, sustentar laços e inventar soluções próprias para lidar com o mundo e com os outros.
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