Sou casada há mais de 20 anos, nunca foi um relacionamento fácil. Meu esposo tem um temperamento mui

21 respostas
Sou casada há mais de 20 anos, nunca foi um relacionamento fácil. Meu esposo tem um temperamento muito explosivo, e a minha vida sempre foi viver pisando em ovos para que nada desequilibrasse ele. Bastava eu fazer algo que ele não gostasse para ele perder o controle. Houve violência doméstica por 4 vezes, dessa última vez bem pior que das outras. Foi na frente da nossa filha mais nova. Estamos separados. Eu sempre tentei que ele fizesse terapia, mas sempre ia deixando pra lá. Agora depois do ocorrido ele procurou ajuda. Estão suspeitando de boderlaine. Não aceita o fim do casamento. Mas não vejo mais como continuar, são muitas dores por tudo que já vivemos, nossos filhos tb não se sentem mais seguros. Fica a sensação de estar abandonado o marido doente. Mas foi grave demais, acho que nunca vou conseguir confira novamente e tenho medo de voltar a se repetir. Gostaria da orientação de vcs. Obg!
 Eliane Krieger
Psicólogo
Guabiruba
Olá! Li o seu relato e indico que você faça terapia para si mesma. A terapia trará potencial de trabalhar sobre seus sentimentos atuais e sua história de vida para compreender melhor quais aspectos então envolvidos nesse momento. Indico terapia com psicólogo. É necessário que você e seus filhos estejam seguros.

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Olá, ao ler seu relato, penso que nesse momento você deve centralizar cuidado a você, olhar para suas dores e resinificar suas emoções vividas e lidar com essa sensação de que está abandonando seu esposo, e ainda mais importante que lidar com a situação da autoconfiança, pensar nunca mais vai confiar, essa crença pode levar ter consequências em todos os campo da sua vida, te formando uma pessoa insegura e desconfiada a tudo e a todos.
 Bruna Sarraf Alves
Psicólogo
São Paulo
Bom dia! Você teve um passo muito importante ao romper este ciclo de violência e relação abusiva que estava vivenciando. Não é fácil identificar, reconhecer e mudar quando estamos em uma relação tóxica. Neste momento você ter o espaço de cuidado será muito importante, parar dar o suporte necessário para as mudanças que esta vivenciando, cuidar de suas feridas e assim, ressignificar e seguir em frente. Você não o abandonou, deu um limite a uma agressão que vivenciou, e que bom que ele esta em acompanhamento. É muito comum a vítima de violência, se sentir culpada pela situação que esta vivendo. É importante ter um espaço de fala, para que você possa expressar seus sentimentos e pensamentos que esta vivenciando neste momento e assim poder cuidar da sua saúde emocional. Espero que estas palavras possam te ajudar neste momento. Se cuide, se priorize!
Dra. Mariana Anjos
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Olá! Existem muitas formas de ajudar alguém, nem sempre se dão pela nossa presença. Quando conta que a partir da separação seu marido pôde buscar tratamento, parece que sua decisão de se afastar o ajudou, em alguma medida, a tomar esse passo importante. Você está dizendo que não vê mais como continuar, é importante poder reconhecer aí o seu limite, talvez outras pessoas estão melhor posicionadas que você para ajudá-lo nesse momento. É importante refletir sobre qual ajuda você está oferecendo a você para elaborar esse sentimento de abandono, esses episódios de violência sofridos e todos esses anos "pisando em ovos". Um trabalho junto a um psicólogo é fortemente recomendado.
 Luíza Pedroso Cunha
Psicólogo, Psicanalista
Porto Alegre
Olá! Lamento pela sua situação. Realmente, não há possibilidade de ficar com uma pessoa que tu não se sinta segura. A culpa é algo naturalizado nas mulheres. São ensinadas a cuidar e aguentar coisas de homens por conta de uma estrutura misógina e patriarcal. Não sinta-se culpada. Sua decisão foi tomada e ele é um adulto, que pode aguentar as consequências de suas ações. Que estão sendo amenas, pois ele poderia estar preso por conta das agressões. Dito isso, inicie um processo de análise e encontre apoio neste momento delicado da sua vida. Tu não estás sozinha! Fico à disposição.
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 Markelle Bastos
Psicólogo
Manaus
Sinto muito pelo que você e seus filhos passaram. A violência doméstica é algo muito sério, e sua prioridade deve ser a segurança de vocês. Entendo que seja difícil ver seu marido buscar ajuda agora, mas isso não apaga o que aconteceu. Mesmo que ele esteja se tratando, você não é obrigada a continuar no relacionamento, especialmente se não se sente segura ou capaz de confiar novamente.
O sentimento de culpa por deixá-lo é comum, mas é importante lembrar que proteger a si mesma e seus filhos é o mais importante.
A decisão de não voltar é uma forma de autocuidado, não abandono.
Buscar terapia para você é muito importante nesse momento
Existe uma metáfora já repetida muitas vezes, mas que nunca é demais lembrar: quando há algum problema no avião, as máscaras de oxigênio caem e a orientação é colocar em você primeiro e depois tentar ajudar quem está do seu lado. Você viveu experiências muito, muito dolorosas, que podem te marcar para sempre. É preciso cuidar dessas feridas, ainda abertas, para depois pensar em, se for o caso, auxiliar seu ex-marido, que realmente pode ter um transtorno de personalidade que não tem cura, mas tem tratamento. Não deixe de procurar psicoterapia, para você e para os seus filhos e evitar danos psicológicos ainda maiores!
 Lorena Blas
Psicólogo
Santo André, SP
Olá. Tenho conhecimento sobre atendimentos para pessoas nesse tipo de relacionamento... Pode me procurar se quiser iniciar um processo de terapia, o que eu acredito ser o mais indicado nesse caso. porque assim você vai poder ir embora mais livremente e cuidar desses machucados internos que podem ter ficado.
 Indayá Jardim de Almeida
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Olá! Sinto muito que você e seus filhos tenham passado por algo tão doloroso. Aconselho que busque um psicólogo/ psicanalista para que possa ter um espaço de escuta sensível, acolhimento, investigação e avaliação para essa situação, possibilitando assim, encontrar saídas para o seu sofrimento atual. Espero ter ajudado, estou á disposição!
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Muito difícil tudo isso. Infelizmente você passou pelo ciclo da violência doméstica. A violência perpetrada por ele começa aos poucos e de forma gradativa se amplifica. Em alguns casos na nossa cultura social, infelizmente chegamos a casos de feminicidio. Você foi vitima de violência e neste momento é necessário amparar e cuidar de você e dos seus filhos, que também presenciaram toda a violência. Existem diversos recursos para se evitar esse comportamento e a escolha foi dele em não procurar auxilio de forma precoce. Sinto muito por tudo isso que te aconteceu. Neste momento é hora de você cuidar de você e dos seus filhos. Deixo todo o meu apoio a você.
 Lisiane Hadlich Machado
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Bom dia, relacionamento é sempre 50% com cada um. No seu relato existe um relacionamento abusivo, com sua codependencia. Sugiro que busques uma psicoterapia para você melhorar. Fico a disposição.
Dr. Marlon Vailant
Psicólogo
Cáceres
É compreensível que você se sinta dividida entre o desejo de proteger a si mesma e aos seus filhos e a preocupação com o bem-estar do seu marido, especialmente agora que ele está buscando ajuda. No entanto, é importante reconhecer que sua segurança emocional e física, assim como a dos seus filhos, precisa vir em primeiro lugar.

O diagnóstico de transtorno de personalidade borderline pode ajudar a explicar alguns dos comportamentos impulsivos e intensos dele, mas ele não justifica ou torna seguro para você retomar esse relacionamento enquanto não houver uma mudança consistente e bem consolidada. A violência doméstica e o ambiente de tensão contínua que você descreve são profundamente prejudiciais para todos os envolvidos, especialmente para as crianças que testemunham e sentem essas tensões.

Mesmo que ele esteja agora procurando tratamento, o processo de mudança para alguém com transtorno de personalidade borderline pode ser longo e exigente, e é incerto. Sua dúvida sobre retornar é legítima, pois reconstruir a confiança e garantir que a segurança seja restabelecida plenamente são coisas que demandam tempo e provas concretas de mudança.

Nesse contexto, um possível caminho pode ser estabelecer limites claros enquanto ele está em tratamento. Você pode oferecer seu apoio para que ele continue buscando ajuda, mas sem se colocar de volta em uma situação de vulnerabilidade.

Terapia individual para você pode ser um suporte essencial nesse momento, pois ajuda a processar essas "muitas dores" e a fortalecer sua autonomia. Se possível, envolver seus filhos também em um acompanhamento psicológico pode ajudá-los a lidar com as consequências emocionais desse ambiente. Esses recursos ajudam você e sua família a construírem um espaço de paz e a redefinirem o que precisam para viver de forma segura e saudável, com o apoio necessário.
Olá! a psicoterapia só faz sentido se a pessoa quiser e tiver consciência de que precisa de ajuda. É muito difícil ter alguma evolução se o desejo não vier da própria pessoa. Neste caso, o mais importante e que está ao seu alcance agora, pelo que entendi, é continuar apostando em ti, na sua segurança emocional e física e também dos seus filhos. Você pode se beneficiar muito de uma psicoterapia também, fica a recomendação pra você, caso não esteja fazendo. Espero ter ajudado!
 Flávia de Souza Azevedo
Psicólogo
São José do Rio Preto
Olá! Primeiramente, sinto muito por tudo o que você e seus filhos passaram. É importante reconhecer a sua força em tomar a decisão de se separar após um histórico tão difícil. Isso demonstra um cuidado com você mesma e com a segurança emocional e física da sua família.

Entender que ele está buscando ajuda agora pode gerar um sentimento de culpa ou responsabilidade, mas é essencial lembrar que você não é responsável pela recuperação dele. A decisão de procurar terapia é um passo importante para ele, mas não anula os danos que já foram causados.
Lembre-se: proteger a sua integridade e a dos seus filhos não é egoísmo, é um ato de coragem e amor.

Caso sinta que as vivências do relacionamento e de seu fim estão impactando o andamento de sua vida e atividades rotineiras, busque por terapia. Com certeza será útil para elaboração e enfrentamento de tudo.
Fico à disposição.
 André Luiz Almeida
Psicólogo
Belo Horizonte
A situação que você descreve é extremamente difícil e envolve muitas camadas de emoção, desde o medo e a dor até a responsabilidade e o cuidado com sua família. A violência doméstica, especialmente na presença dos filhos, causa danos profundos não apenas para você, mas também para eles. Sua decisão de se separar demonstra força e preocupação com a segurança emocional e física de todos.

O diagnóstico de um transtorno de personalidade, como o borderline, pode ajudar a compreender parte do comportamento do seu marido, mas não justifica nem minimiza os episódios de violência. É compreensível que você se sinta dividida entre o desejo de apoiá-lo e a necessidade de proteger a si mesma e seus filhos. No entanto, é essencial priorizar o bem-estar e a segurança da sua família.

A psicoterapia pode ajudar você a processar essas experiências, compreender suas emoções e reconstruir sua autoestima. Também pode oferecer suporte para lidar com os sentimentos de culpa ou de abandono que você mencionou. Seus filhos também podem se beneficiar de apoio psicológico, para que se sintam ouvidos e seguros nesse momento de transição. Lembre-se de que priorizar sua segurança emocional e física não é egoísmo, mas uma escolha de amor e proteção.
Dra. Marcela Felício
Psicólogo, Psicanalista
São José dos Campos
Olá, recomendo a busca por profissional do campo da psic(análise) psicologia para que possa acolhe-la em suas questões e considerar os elementos presentes em sua história. Tanto para a compreensão e tratamento do medo, assim como de outras questões que poderão ser percebidas por um novo ângulo a medida em que caminhar por seu percurso. Podendo ser útil estarei a disposição. Um abraço.
 Valter Rodrigues
Psicanalista, Psicólogo
Contagem
Sinto muito por tudo que você e sua família estão passando. A situação que você descreve é extremamente complexa e dolorosa, e é compreensível que você esteja se sentindo sobrecarregada e insegura em relação ao futuro. Aqui estão algumas considerações e orientações que podem ajudá-la a lidar com essa situação:
1. Priorize Sua Segurança e a de Seus Filhos
Segurança em Primeiro Lugar: A violência doméstica é uma questão séria, e a segurança de você e de seus filhos deve ser a prioridade. Se você ainda não fez isso, considere buscar abrigo ou apoio em serviços especializados para vítimas de violência, onde você pode encontrar proteção e recursos.
2. Reconheça Seus Limites
Limites Saudáveis: É importante reconhecer seus limites emocionais e físicos. Você não é responsável pela saúde mental do seu esposo, especialmente se isso comprometer seu bem-estar e segurança. O fato de ele estar buscando ajuda é positivo, mas isso não significa que você deva voltar a um relacionamento que foi prejudicial.
3. Busque Apoio Profissional
Terapia Individual: Considerar a terapia para si mesma pode ser muito benéfico. Um terapeuta pode ajudá-la a processar suas emoções, lidar com o trauma da violência doméstica e desenvolver estratégias para seguir em frente.
Grupos de Apoio: Participar de grupos de apoio para vítimas de violência doméstica pode proporcionar um espaço seguro para compartilhar experiências e receber apoio de outras pessoas que passaram por situações semelhantes.
4. Avalie o Futuro do Relacionamento
Reflexão Sobre o Casamento: É natural sentir-se culpada ou preocupada com o bem-estar do seu esposo, especialmente se ele está enfrentando problemas de saúde mental. No entanto, é fundamental considerar o impacto que esse relacionamento teve em sua vida e na vida dos seus filhos. Pergunte-se se há espaço para mudança genuína e se você se sente segura para reavaliar o relacionamento no futuro.
5. Comunique-se com Seus Filhos
Converse com Seus Filhos: É importante manter uma comunicação aberta com seus filhos sobre o que está acontecendo, na medida em que eles possam entender. Reassure-os de que estão seguros e que suas emoções são válidas.
6. Considere Aspectos Legais
Aconselhamento Legal: Se você decidir seguir em frente com a separação, pode ser útil buscar aconselhamento jurídico sobre questões como guarda dos filhos, pensão alimentícia e proteção legal contra possíveis comportamentos abusivos no futuro.
Conclusão
A decisão de permanecer ou não em um relacionamento marcado pela violência e pelo controle é extremamente difícil. É essencial priorizar sua segurança emocional e física, assim como a segurança dos seus filhos. Buscar apoio profissional pode ajudar a esclarecer seus sentimentos e opções, permitindo que você tome decisões informadas sobre seu futuro.
Lembre-se de que você não está sozinha nessa jornada; existem recursos disponíveis para ajudá-la a encontrar um caminho seguro e saudável para seguir em frente. Se precisar de mais informações ou suporte, estou aqui para ajudar!
Sinto muito por toda a dor e o peso dessa situação. É muito importante reconhecer a gravidade do que você viveu e a coragem que teve para se afastar, protegendo a si mesma e aos seus filhos. A violência, principalmente dentro de casa, deixa marcas profundas, e essas feridas precisam de atenção e cuidado para serem superadas.
Por mais que ele esteja buscando ajuda agora, isso não invalida as experiências traumáticas que você e seus filhos enfrentaram. Priorizar sua segurança e bem-estar não é abandono, mas um ato de autoproteção e amor próprio. O ciclo de violência muitas vezes é difícil de romper, mas você tomou uma decisão corajosa ao se afastar de algo que colocava você e seus filhos em risco.
A desconfiança e o medo que você sente são legítimos, e a reconstrução da sua vida, emocionalmente e psicologicamente, pode ser um caminho longo, mas necessário. Buscar terapia para você mesma pode ser muito valioso nesse momento. Um terapeuta pode ajudar você a processar essas dores, trabalhar as questões de culpa e fortalecer sua autonomia para lidar com os próximos passos, sejam eles quais forem.
Quanto ao seu marido, ele está em um processo de buscar ajuda, e isso é positivo para ele, mas é algo que só ele pode enfrentar. A mudança, se for genuína, exige tempo, esforço contínuo e uma transformação profunda. Não cabe a você garantir essa mudança nem carregar o peso da responsabilidade por ele. Seu papel principal agora é cuidar de si mesma e oferecer aos seus filhos um ambiente seguro, estável e livre de violência.
Respeite seus limites. Você tem o direito de não querer retomar o relacionamento, mesmo que ele esteja em tratamento. O trauma que você viveu foi real, e o mais importante é que você e seus filhos estejam seguros, física e emocionalmente. Permita-se seguir em frente, um passo de cada vez, buscando apoio e reconstruindo sua vida.
 Marcia Kakeya
Psicólogo
Vinhedo
Olá! Sinto muito pela situação. Parece-me que você está tendo sentimentos ambíguos, ao mesmo tempo em que sente que precisa se proteger e proteger seus filhos, também sente-se culpada por não cuidar do marido. É muito difícil lidar com situações de violência doméstica, e um diagnóstico de borderline (ou qualquer outro), no fim, não resolve o problema. Às vezes até traz mais dificuldade, como parece ser o seu caso. Que bom que ele procurou ajuda, e, com isso, talvez consiga se reorganizar, para reconquistar a sua confiança e a dos filhos. Mas eu penso que seria muito importante que tanto você quanto seus filhos também procurassem ajuda e se consultassem com um psicólogo. A vivência da violência pode deixar marcas muito profundas (e isso você deve estar sentindo na pele - literalmente), tanto para quem sofre diretamente quanto para quem presencia ou, de uma forma indireta, participa. Passar por um processo psicoterapêutico pode lhe ajudar a definir melhor como você quer e pode lidar com a situação, refletindo sobre seus sentimentos, suas ações, seus valores e seus desejos. Respeite seu medo, assim como você está tentando respeitar a patologia dele. E não deixe de procurar ajuda. Você também é importante.
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem?

O que você viveu foi muito sério e deixou marcas profundas, tanto em você quanto nos seus filhos. A sensação de estar “abandonando” alguém doente é algo que muitas pessoas sentem ao sair de um relacionamento abusivo, especialmente quando há um diagnóstico em jogo. Mas a verdade é que estar ao lado de alguém não pode significar abrir mão da sua segurança emocional e física. O fato de ele estar buscando ajuda agora não apaga o que aconteceu, e o impacto da violência—principalmente quando se repete—não pode ser ignorado.

O Transtorno de Personalidade Borderline pode, sim, trazer impulsividade, explosões emocionais e dificuldades na regulação do humor, mas um diagnóstico não justifica violência. Existem muitas pessoas com transtornos emocionais que conseguem se tratar e se responsabilizar por suas ações sem colocar em risco aqueles ao seu redor. A questão principal aqui não é o diagnóstico dele, mas o fato de que você e seus filhos não se sentem mais seguros nesse relacionamento. E essa insegurança não é sem motivo. Seu medo de que a violência se repita é legítimo, porque já aconteceu antes.

O cérebro, quando exposto a situações de perigo recorrente, aprende a se manter em estado de alerta. Você menciona que passou anos “pisando em ovos”, e isso indica que seu sistema nervoso ficou condicionado a evitar conflitos para se proteger. Esse padrão pode gerar exaustão emocional, ansiedade e até sintomas físicos. E a sua filha, que testemunhou a última agressão, também pode carregar essa experiência de forma intensa. Crianças que crescem nesse ambiente podem desenvolver dificuldades emocionais no futuro, mesmo que a violência não tenha sido direcionada a elas.

Agora, talvez a pergunta mais importante não seja sobre o que ele sente, mas sobre o que você sente. Você acredita que conseguiria viver ao lado dele sem medo? O que mudou para que agora ele procure ajuda? E o que te faria confiar que dessa vez será diferente? Nenhuma dessas respostas precisa ser precipitada, mas é essencial que você as explore com sinceridade.

Não é egoísmo escolher a sua segurança e a dos seus filhos. Se sua intuição diz que não há mais volta, respeite isso. Você não tem a obrigação de permanecer para garantir que ele se trate. Ele pode e deve buscar ajuda, mas essa responsabilidade é dele. A sua prioridade agora pode ser reconstruir sua vida com paz e segurança. Caso precise, estou à disposição.
Dra. Carolaine Siqueira
Psicólogo
São José do Rio Preto
Olá!

Viver em um relacionamento com episódios de violência e desequilíbrio emocional é muito desafiador e impacta toda a família, especialmente quando há filhos envolvidos. Na abordagem sistêmica, compreendemos que essas situações não afetam só você, mas o sistema familiar como um todo e que a segurança emocional e física de todos deve ser prioridade.

O medo de abandonar alguém que sofre, mesmo diante de atitudes que ferem, é comum, mas é importante reconhecer que sua proteção, a dos seus filhos e seu bem-estar também são essenciais. O processo de cuidado e mudança não depende só da vontade de uma pessoa, e ninguém deve ficar exposto a situações que colocam em risco sua integridade.

Se sentir apoio e orientação nesse momento pode fazer toda a diferença. Estou aqui para ajudar você a encontrar caminhos para cuidar de si e da sua família, e a tomar decisões que respeitem seus limites e necessidades. Fique à vontade para agendar uma sessão comigo, será um espaço seguro para essa conversa.

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