Tenho enxaqueca com aura por anos e tenho muito enjoos e tontura, recentemente comecei a ter nistgmo

2 respostas
Tenho enxaqueca com aura por anos e tenho muito enjoos e tontura, recentemente comecei a ter nistgmo. Neuro mando passar com o otorrino e descobri que tenho Surdez leve bilateral.Estou tomando cloridrato de betaistina 48 mg, e toda vez que tomo sinto muita dor no ouvido esquerdo,mas depois de um tempo passa, será efeito colateral do remedio?
Olá! Entendo perfeitamente sua situação. É um quadro bastante complexo que envolve a neurologia e a otorrinolaringologia, e é ótimo que você esteja investigando com ambos os especialistas.

Essa é uma observação muito interessante e pertinente sobre a dor de ouvido após tomar a betaistina. Vamos analisar isso.

Respondendo diretamente à sua pergunta: a dor de ouvido (otalgia) não é um efeito colateral comum ou listado na bula do cloridrato de betaistina. Os efeitos colaterais mais frequentes são gastrointestinais (como enjoo e má digestão) e dor de cabeça. O que você está sentindo é um evento atípico.

No entanto, isso não significa que não haja uma relação. Existem algumas hipóteses para o que pode estar acontecendo:

1. A Hipótese Mais Provável: Efeito no Fluxo Sanguíneo
A principal forma de ação da betaistina é aumentar a microcirculação e o fluxo sanguíneo dentro do ouvido interno. Esse é o efeito desejado do remédio para tratar a tontura e os outros sintomas. Em um ouvido que já tem uma condição de base (como a causa da sua surdez leve) ou está mais sensível, esse aumento súbito na circulação e na pressão dos fluidos pode ser percebido como uma sensação de pressão ou até mesmo dor. A dor passa depois de um tempo, pois seu corpo se adapta a esse novo estado circulatório induzido pelo remédio.

2. Disfunção da Tuba Auditiva ou Tensão Muscular
Às vezes, o ato de engolir um comprimido pode acionar músculos na garganta que se conectam com o ouvido através da tuba auditiva (o canal que ventila o ouvido). Se você tiver alguma disfunção nessa tuba ou tensão muscular na região (algo comum em quem tem enxaqueca), o movimento pode causar uma dor momentânea no ouvido. A associação com o remédio seria pela hora em que você o toma, e não pelo efeito químico dele em si.

3. Sensibilidade Individual
Cada organismo reage de uma forma a diferentes substâncias. Embora não seja comum, você pode ter uma sensibilidade particular ao medicamento que se manifesta dessa forma.

O que você deve fazer?
Não Interrompa o Medicamento: O mais importante é não parar de tomar a medicação por conta própria. A betaistina é fundamental no controle da sua tontura e nistagmo, e a interrupção abrupta pode piorar seus sintomas.

Anote os Detalhes: Continue observando. Anote quanto tempo depois de tomar o comprimido a dor começa, qual a intensidade dela (de 0 a 10) e quanto tempo ela dura. Essa informação será muito valiosa para o seu médico.

Fale com seu Otorrinolaringologista: É fundamental que você relate isso ao médico que prescreveu a betaistina. Ele é a pessoa certa para avaliar o caso. Com base no seu relato, ele poderá:

Fazer um novo exame do seu ouvido esquerdo para ter certeza de que não há outra causa para a dor (como uma inflamação).

Sugerir dividir a dose. Por exemplo, em vez de 48 mg de uma vez, talvez 24 mg de 12 em 12 horas. Uma dose menor de cada vez pode não desencadear a dor.

Considerar a troca por outra marca do medicamento ou, em último caso, por uma medicação alternativa.

Portanto é pouco provável que seja um "efeito colateral" clássico, mas sim uma reação do seu ouvido sensível ao mecanismo de ação do remédio. Você está no caminho certo ao investigar e questionar. Continue o tratamento e agende uma conversa com seu otorrino para relatar exatamente isso que você descreveu. Conte comigo para ajudar

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Olá! A betaistina (cloridrato de betaistina) geralmente é bem tolerada e os efeitos adversos mais comuns costumam ser gastrintestinais, como azia ou desconforto no estômago. Dor no ouvido não é um efeito colateral típico do remédio.

É possível que essa dor esteja relacionada ao quadro de base (enxaqueca, alterações vestibulares ou auditivas) e não diretamente à medicação. Como o sintoma aparece sempre após o uso, é importante relatar ao seu médico para avaliar se há relação com o medicamento ou se trata-se de coincidência com sua condição clínica.

Não suspenda o uso por conta própria. O ideal é que seu otorrino acompanhe de perto, ajustando a dose ou avaliando alternativas, caso seja necessário.

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