Tenho muita dificuldade no relacionamento familiar. Sou gay e nasci em um lar totalmente cristão, se

17 respostas
Tenho muita dificuldade no relacionamento familiar. Sou gay e nasci em um lar totalmente cristão, segui essa linha, até que completei meus 21 anos. Me assumi e desde então, o que não era bom, ficou pior. Minha mãe acaba me afastando por umas falas bem hostis, mas ela sempre cuidou muito de mim, mas sinto que não somos uma família, eu não tenho vontade de estar com eles, e acabo me sentindo mal, pois eu os amo, mas por conta disso e muito mais, acabei desenvolvendo ansiedade e fobia social, não consigo estar em família, por receio de ser julgado. Nesse natal mesmo, fui para casa do meu namorado, pois sei que virão indagações religiosas sobre caráter e ‘vida com Deus’. Isso me deixa muito frustrado e chateado. É coerente me afastar?
Olá, bom dia!
O que você também pode buscar entender é o lugar que o afastamento surge e, sobretudo, qual a função dele dentro deste arranjo. O afastamento talvez tenha várias funções, como por exemplo, ser uma forma de defesa face ao contato com estas pessoas, as quais lhe causam sofrimento. No mais, o que é indicado é você buscar um@ profissional com o qual você possa falar detalhadamente e elaborar um entendimento a respeito destas dificuldades e sofrimentos. Existem aí no seu relato inúmeros pontos com os quais precisam ser desenvolvidos e elaborados. É fundamental na sua situação alguém que lhe escute na sua singularidade, que acolha seu sofrimento e sua fala, livre de qualquer julgamento ou preconceito. Um abraço!

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Bom dia!
Coerência é só coerência... Vejo coerência em vc se afastar, vejo em vc não se afastar... Quando decidimos sempre perdemos alguma coisa. Os afastamentos costumam ser doloridos, demandam tempo e trabalho psíquico...
Ninguém escolhe onde nascer, ou quem vai nascer... E isso faz parte da vida. Ter filhos e ser filho tem a ver com encarar essas coisas... Não podemos fugir de nós. Vejo que você está buscando o seu caminho... Considero isso positivo. Se achar necessário, cuide do percurso com uma escuta profissional! Tratamento não é pra todo mundo. Mas, em geral, sabemos quando devemos buscar.
Bom dia, por vezes a família pode ser violenta e um dos modos de gerir isso pode ser se afastar para que esses sentimentos sejam menos intensos. Você decidiu seguir sua verdade e seu desejo, sua família pode ser construída a partir daí, as outras pessoas talvez demorem tempo ou nunca cheguem a entender, mas você pode ir construindo aquilo que você deseja. Uma análise poderia ajudar a observar sua situação. Tudo de bom para você!
Olá! Com 21 anos, você pode tomar decisões com quem deseja estar. A Psicanálise pode ajudar você a: (1) Valorizar suas qualidades. (2) Reconhecer seus defeitos. (3) Ser capaz de fazer concessões. (4) Saber que perder nunca é perder tudo. (5) Não ter vergonha ou medo de depender do afeto de outras pessoas. (6) Reencontrar a capacidade de amar. (7) Gostar de si mesmo. (8) Ter prazer de viver. As falas do psicanalista, nas consultas, são sempre breves, porque o mais importante é você se sentir à vontade para falar o que desejar e ser escutado atentamente pelo psicanalista. Espero que a Psicanálise também ajude você a encontrar esperança e alento.
A orientação sexual parece que é totalmente subjetiva, i.e. não negociável. Ela é autônoma e resistente a quaisquer circunstâncias tais como religião ou classe social, por exemplo. É implacável. Não tem explicação geralmente aceita, portanto nenhuma entrada para mudá-la. Com certeza, ela não é acessível ao moralismo ou outro tipo de autoritarismo: É impossível deixar de ser homossexual por obediência. Assim, a coerência, objeto da sua pergunta, queira ou não, está definida pela sua orientação sexual, pois você vai ter que organizar a sua vida sobretudo em função dela. Parece incoerente você continuar amando os seus pais, mas o amor nunca é negativo, mesmo o amor para pessoas hostis. Afastar-se, em termos, parece inevitável, embora momentos civilizados com os seus pais nunca deveriam ser descartadas. No entanto, a sua fobia social e ansiedade deveriam ser abordadas. Recomendo fazer um trabalho em dois planos. Primeiro, recomendo psicoterapia humanista ou psicanálise para você fortalecer a sua autoestima. Segundo, procure entender melhor o atrito. Estude a respeito da homossexualidade na história e no presente, leia os trechos da bíblia que falam dela e procure entender o contexto histórico de então. A bíblia é histórica. Trata-se do antigo testamento, pre-cristão. Assim, você vai poder erguer-se sobre os preconceitos mal fundados, porém onipresentes.
Simmmm, você está certo! A família é uma primeira amostra da sociedade. Assim como voce foi doutrinado tua mãe e teus avós foram doutrinados pela igreja e pela sociedade que vivemos. Voce precisa se fortalecer, e se libertar de alguns dogmas, ai voce terá forças para enfrentar de frente o preconceito e as diferenças. Terá seus próprios argumentos e estará fortalecido. Como fazer isso? Eu sugiro a psicanalise. Entender e reconhecer as magoas e as próprias feridas ajuda a conviver com elas. Te acolher e não te julgar é o meu trabalho.
É sempre coerente afastar-se para construirmos nossa identidade pessoal em vias normais. Podemos estar distantes fisicamente de quem discordamos e não parar de pensar nos acontecimentos, nas pessoas envolvidas, nos fatos e tudo mais. O mais interessante é estar junto e conseguir manter posicionamentos, pontos de vista na diferença. Conseguir a independência, ter a própria casa instaura limites e é uma passo para sair da alienação. Pensar sobre essas questões envolve tratar o que de subjetivo esta envolvido. Sucesso e muitas coisas boas para você!
Olha serei bem direto com você, invista em um analista para acompanhar as formas de se trabalhar em ações, resultados repetições e desenrolares, há uma cadeia pesada que não sei o quanto você será capaz de elaborar sem um profissional contigo, ações de adaptação por vezes ocorre como mecanismos de defesa ao bem estar, o lado ruim são as possíveis perdas e o que ocorre em seus laços sociais.e tais ocorrências é de bom grado um acompanhamento em análise para as suas questões emocionais envolvidas.
Caríssimo,

saúde e paz,

importante você ter em mente que enfrenta uma sociedade construída a partir de uma modernidade cristã-cêntrica e heteronormativa. Há um preconceito - ainda brutal - na forma pela qual nós brasileiros nos vemos. Com isso, evidentemente, não quero dizer que só há homofobia no Brasil. Longe disso. Lembre-se que o fervor homofóbico existe há tempos. O poderoso exército romano, na Antiguidade, não admitia homossexuais em suas fileiras. Na Idade Média, os homoeróticos (denominados sodomitas) eram tidos como seguidores de Satanás. Foram perseguidos, presos e imolados pela Inquisição. No século XIX, a homossexualidade foi patologizada, isto é, transformada em doença. Em São Francisco, por exemplo, os homoeróticos sofriam tanto preconceito que chegaram a se associar aos médicos para serem reconhecidos "cientificamente" como doentes. Assim, não poderiam ser acusados de imorais ou pervertidos, visto que sua condição homossexual seria oriunda de uma enfermidade. Esta é a história do Ocidente. Portanto, não se trata de um problema da sua família apenas. Contardo Calligaris, importante psicoterapeuta falecido recentemente, diz que a família tem um papel central na continuidade das comunidades humanas. Ou seja, na reprodução social. No entanto, os núcleos familiares são focos importantes de irrompimento de neuroses. Cada vez mais, diz Calligaris, os pais querem que seus filhos e filhas sejam suas "cópias". Ignoram o desejo deles e delas em nome da preservação de uma imagem ou modelo pré-concebido.

A história da psicanálise mostra que Ana Freud e Ernest Jones, bem como outros discípulos de Sigmund Freud, não aceitavam que homossexuais fossem psicanalistas. Ana, pasme-se, julgava ser possível que o "homossexualismo" pudesse ser "revertido" em análise - isso muitos antes de pastores e políticos brasileiros (mas não apenas eles) difundirem a bobagem da "cura gay". O fato concreto é que o próprio Freud não via os homossexuais pela chave do preconceito. Em um de seus textos mais importantes, "Três ensaios sobre a teoria da sexualidade (1905)", o psicanalista austríaco defendeu que os seres humanos eram informados por uma dimensão bissexual. Sugiro que sua ética - lembrando Lacan - seja a do desejo. Se seu desejo não ferir ou matar o outro, é a ele que você deve ser fiel. Pode ser que pague um preço caro de início. Mas, ao fim e ao cabo, creio sinceramente que valerá a pena. Boa sorte.
Olá, primeiramente gostaria de dizer que sinto muito pelo que está passando e também te parabenizar por ter conseguido se expressar e se mostrar quem você é apesar de tantas dificuldades e obstáculos no seu meio familiar. Respondendo a sua pergunta, nem sempre a família nos oferecerá um ambiente de convivência saudável e não é fácil lidar com isso, a mesma mãe que cuida de você é a que não te aceita como você é. Te oriento neste caso a buscar um acompanhamento com psicólogo ou psicanalista para que este possa auxiliá-lo neste processo de sustentação do seu desejo (individuação) e ao mesmo tempo de acolhimento diante do sofrimento. Boa sorte no teu processo. Abraço.
Olá! Situação delicada e sinto muito pelo que vem passando! Apesar da família exercer uma função que deveria ser basilar de apoio, afeto, proteção, nem sempre é isso que acontece. Válida sua iniciativa de se afastar, ser toda hora julgado é no mínimo perturbador. Sugiro buscar ajuda de um Psicólogo para fazer terapia e te fortalecer para encarar os desafios da vida! Espero ter ajudado!
Olá, Fortalecer esse vínculo familiar, ou enfraquecer esse vínculo? É uma questão bastante delicada para se apresentar uma resposta com tão poucas informações. Possivelmente essa resposta só será encontrada a partir de si mesmo com o auxílio de um profissional, um psicanalista por exemplo, para que você compreenda melhor essa posição que se encontra, e possa fazer uma escolha com maior confiança e segurança diante dessa condição delicada, que precisa urgentemente encontrar uma melhor forma
Eu entendo que você esteja se sentindo frustrado e chateado com a situação atual em sua família. É difícil lidar com a discriminação e a rejeição, especialmente quando se trata de pessoas que você ama.

É importante lembrar que cada pessoa é responsável por suas próprias escolhas e ações, e que você tem o direito de cuidar de sua saúde mental e bem-estar. Se você sente que estar com sua família afeta negativamente sua saúde mental e bem-estar, é perfeitamente compreensível que você escolha ficar longe deles.

No entanto, também é importante considerar as possíveis consequências de se afastar de sua família. Pode ser difícil lidar com a solidão e a falta de apoio familiar, e pode ser difícil manter relações saudáveis ​​com sua família no futuro. Além disso, é importante considerar se há alguma possibilidade de reconciliação ou se há algum meio de melhorar a comunicação e o respeito mútuo.

Em vez de se afastar completamente, você pode considerar estabelecer limites claros com sua família sobre o que é aceitável e o que não é aceitável para você. Por exemplo, você pode dizer a eles que não tolera comentários discriminatórios ou julgamentos sobre sua orientação sexual. Também pode considerar conversar com sua mãe sobre como seus comentários afetam você e por que você se sente assim.

Também é importante lembrar que você não precisa lidar com isso sozinho. A terapia pode ser uma ferramenta valiosa para ajudá-lo a lidar com os sentimentos de solidão, ansiedade e fobia social, bem como para ajudá-lo a trabalhar com sua família para encontrar uma solução que funcione para todos. A terapia familiar pode ser útil para ajudar a melhorar a comunicação e o respeito mútuo entre você e sua família. A terapia individual também pode ser útil para ajudá-lo a lidar com seus sentimentos e emoções, e a encontrar estratégias para lidar com a rejeição e a discriminação.

Em resumo, é importante que você cuide de sua saúde mental e bem-estar, e se afastar de sua família pode ser uma opção a ser considerada. No entanto, é importante levar em conta as possíveis consequências dessa decisão e considerar outras opções, como estabelecer limites claros e trabalhar com sua família para encontrar uma solução que funcione para todos. Lembre-se de que existe ajuda disponível, e não hesite em buscá-la.
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O importante é que você cuide da sua saúde mental para lidar com o que não depende de você. Busque um ambiente seguro de fala para colocar todas essas questões em dia. A Psicanálise atua nos processos de pensamentos , sentimentos e emoções. Qual o seu papel dentro do núcleo familiar?
Olá, tudo bem? É coerente sim, pois o amor é um exercício que deve ser praticado. Do amor deve vir também o perdão e a tolerância. Entretanto, temos muitas pessoas que não aceitam por conta da religião e isso engloba a sua família. Eles vão perder a oportunidade de estar próximo de você, pois se afastará cada vez mais, não é mesmo? Um abraço e se cuide!
É difícil julgar se é certo ou errado. Seria até leviano responder essa pergunta, pois não estou vivendo o que você vive e não saberia te dizer o que é melhor. Se você julgou que se afastar neste momento seria melhor, tudo bem! Foi a forma que você conseguiu lidar com a questão. Usando uma linguagem psicanalítica: o afastamento do objeto diminui a angustia. É importante observar e tentar entender como você se sente com este afastamento e se existem outras maneiras de lidar com esse conflito familiar.
Primeiramente, quero dizer que sinto muito pelo desafio emocional que você está enfrentando em relação à sua família e à sua jornada de autodescoberta. É importante lembrar que suas emoções são legítimas, e é completamente compreensível que você esteja buscando maneiras de cuidar de si mesmo em meio a essa situação delicada. A decisão de se afastar ou não de sua família é uma escolha pessoal e complexa. É crucial levar em consideração seu bem-estar emocional e mental ao tomar essa decisão. Aqui estão algumas reflexões e orientações: Priorizar seu próprio bem-estar emocional é fundamental. Se estar com sua família provoca ansiedade, angústia e sentimentos de rejeição, pode ser necessário considerar limitar o contato ou afastar-se temporariamente para proteger sua saúde mental. Se você decidir se afastar, pode ser útil explicar seus motivos à sua família de maneira calma e respeitosa, se você se sentir confortável fazendo isso. Tente comunicar seus sentimentos e necessidades de uma forma que abra espaço para o entendimento e o diálogo, embora nem sempre seja possível. Procure apoio de amigos, outros membros da comunidade LGBTQ+ ou grupos de apoio que possam entender sua situação e oferecer suporte emocional e considerar a busca de terapia individual pode ser extremamente benéfico. Um terapeuta qualificado pode ajudá-lo a navegar por suas emoções, desenvolver estratégias de enfrentamento e explorar opções para lidar com a dinâmica familiar. Lembre-se de que Você é Valioso! Sua identidade e orientação sexual não afetam seu valor como ser humano. Você merece ser amado, aceito e respeitado pelo que é e que as decisões sobre relacionamentos familiares podem evoluir com o tempo. Às vezes, o afastamento temporário pode permitir espaço para reflexão e possíveis mudanças na dinâmica familiar. Sua jornada é única, e você tem o direito de viver uma vida autêntica e feliz. A decisão de se afastar ou não de sua família é pessoal e depende de sua situação específica. Não hesite em buscar ajuda profissional para ajudá-lo a tomar decisões informadas e cuidar de seu bem-estar emocional. Você não está sozinho, e existem recursos e comunidades que podem oferecer apoio durante esse processo.
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