Terminei há 5 meses um relacionamento abusivo com alguém com borderline e desde então tenho sofrido

6 respostas
Terminei há 5 meses um relacionamento abusivo com alguém com borderline e desde então tenho sofrido muito com pensamentos intrusivos, ruminação e sintomas de TOC. Tenho lido sobre ‘trauma bonding’ (ou vínculo traumático / dependência emocional), e sinto que isso descreve bem meu apego e a dificuldade de seguir em frente. Procuro um(a) psicólogo(a) que tenha experiência tanto em TOC quanto em questões de dependência emocional / vínculos abusivos.

Minha dúvida é: existe alguma linha de terapia que trabalhe de forma integrada esses dois aspectos (TOC e vínculo traumático)? Qual abordagem seria mais eficaz nesse caso?
Boa tarde!

O seu relato é muito profundo, e as respostas que virão serão bem uteis para as pessoas que vivem situação parecida, por isso quero agradecer por ter exposto a sua preocupação de buscar um auxilio o quanto antes.

É comum que um relacionamento abusivo deixe feridas profundas em nossa mente e emoções. Quando as interações repetidas com o parceiro são uma fonte de dor, confusão e desgaste, o impacto psicológico pode se transformar em uma forma de trauma que persiste muito depois que o relacionamento acabou.

As lembranças de momentos dolorosos vividos na relação podem surgir de maneira inesperada, gerando uma resposta emocional intensa e negativa. Esses "flashbacks" podem fazer com que a pessoa reviva a dor e dificultem a superação, mas é cedo diagnosticar como TOC.

O apoio emocional é essencial, e contar com um psicoterapeuta especializado em relações abusivas pode fazer uma grande diferença. A terapia pode ajudar a processar as emoções, identificar padrões de pensamento prejudiciais e aprender ferramentas para reconstruir a autoestima. A psicoterapia psicanalítica , por exemplo, tem se mostrado especialmente eficaz no tratamento de traumas derivados de relações abusivas.

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Olá, boa tarde.

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), especificamente a variante Exposição com Prevenção de Resposta (EPR), é a abordagem com maior fundamentação teórica e evidências de eficácia para o tratamento do Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC). Esta terapia se baseia em modelos cognitivos e comportamentais que explicam como pensamentos intrusivos e compulsões se retroalimentam, tratando o TOC como um transtorno de ansiedade que pode ser modificado pela modificação de pensamentos e comportamentos.

Dificilmente uma abordagem teria um protocolo de atendimentos tão específico quanto essa relação entre vínculo traumático e TOC, mas o que posso te garantir é que, se você optar por um profissional que saiba atuar nesse tipo de caso, ele poderá ajudar você nessas duas frentes. Faz parte de nossa profissão nos adaptar às necessidades de cada um.

Espero ter ajudado. Caso tenha mais dúvidas fique à vontade para voltar aqui ou procurar um profissional de psicologia.
Olha, o que você traz faz bastante sentido, quando alguém vive um relacionamento abusivo, especialmente marcado por intensidade emocional, é comum que os sintomas fiquem misturados, a dor do vínculo traumático, a culpa, a fixação, junto com manifestações de ansiedade e até sintomas obsessivos.
Não existe uma “linha única” que dê conta de tudo de forma padronizada, mas sim um trabalho que precisa integrar. A psicanálise contemporânea, por exemplo, ajuda a compreender os vínculos, a repetição e a forma como você se prende a esse laço. Já as terapias que têm foco em manejo de sintomas, como a TCC, podem auxiliar no controle dos pensamentos intrusivos e ruminativos. Muitas vezes, o mais eficaz é combinar essas abordagens ou buscar um profissional que transite bem entre o aprofundamento do vínculo e o manejo prático dos sintomas.
O importante é você não pensar como dois problemas separados, mas como expressões de uma mesma dor que precisa ser olhada com cuidado. Espero ter ajudado!
Dificuldade com dependência emocional, se relacionar com pessoas abusivas, ansiedade podem ser um indicador de baixa autoestima, de vulnerabilidade, também podem acompanhar sentimentos de incompetência, de ter menos valor, etc. Esses sentimentos podem trazer muito sofrimento e limitação ao nosso bem estar e crescimento de nossos potenciais. Nesses casos é importante buscar por um psicólogo, com quem você se sinta bem e tenha confiança, para te ajudar a entender o que está acontecendo e elaborar o que for necessário.
 Erick Silva
Psicólogo
São Paulo
Primeiro, quero reconhecer a força que existe em buscar compreender o que você viveu e em colocar em palavras a sua dor. O término de um relacionamento abusivo, especialmente quando há vínculo traumático, costuma deixar marcas emocionais muito profundas. É comum que pensamentos intrusivos, ruminação e até sintomas de TOC se intensifiquem nesse contexto, porque mente e corpo ainda estão em estado de alerta e tentando dar sentido ao que aconteceu.

Existem, sim, abordagens terapêuticas que trabalham de forma integrada tanto os sintomas obsessivos quanto as questões ligadas à dependência emocional e vínculos traumáticos. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) tem protocolos eficazes para o tratamento do TOC e, ao mesmo tempo, recursos para trabalhar padrões de apego, crenças disfuncionais e o impacto de relações abusivas. Dentro dela, técnicas como a Exposição com Prevenção de Resposta (para o TOC) podem ser combinadas com estratégias de reestruturação cognitiva e fortalecimento emocional, que ajudam no processo de libertação do vínculo traumático.

Além disso, terapias de terceira onda, como a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) e a Terapia Comportamental Dialética (DBT), podem auxiliar tanto na regulação emocional quanto no desenvolvimento de novas formas de se relacionar consigo e com os outros.

O mais importante é que você não precisa passar por esse processo sozinho(a). O espaço terapêutico pode ser um lugar de acolhimento, reconstrução e fortalecimento, para que pouco a pouco seja possível retomar sua autonomia emocional e viver relações mais seguras e saudáveis.
Terapia do Esquema — excelente quando há vínculo traumático
A Terapia do Esquema (Jeffrey Young) trabalha:
dependência emocional, padrões de apego disfuncionais,vínculos traumáticos, relacionamentos abusivos, autovalor e limites, repetição de ciclos emocionais.
Ela investiga por que você ficou presa no vínculo, como se formou o “trauma bonding”, e como desmontar esse padrão.
Por que funciona no seu caso?
Porque aborda feridas antigas (abandono, rejeição, invalidação), que são justamente o terreno onde vínculos abusivos criam raízes.

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