Tomo uma fórmula de escitalopram+ ciclobenzaprina+meloxicam+ famotidina+ paracetamol para enxaqueca

6 respostas
Tomo uma fórmula de escitalopram+ ciclobenzaprina+meloxicam+ famotidina+ paracetamol para enxaqueca e ansiedade! Quero saber se tem alguma interação nessa fórmula entre os componentes?
Dr. Victor Eduardo Dutra De Biase
Psiquiatra
São José do Rio Preto
Nada perigoso ou digno de nota. Deve melhorar bastante após o primeiro mês de tratamento.

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Há interações importantes que devem ser levadas em conta, contudo, efeitos colaterais dessas interações podem depender das doses e do tempo de uso delas.
Não sei em que situação o uso de fórmulas, mas na psiquiatria é algo a se tomar cuidado. Não se sabe se as substâncias que ali estão vêm de matéria prima de boa qualidade e é difícil garantir que há a quantidade certa do princípio ativo.
Mais uma vez, eu não sei o raciocínio clínico de quem solicitou a fórmula e nem sei a gravidade ou contexto dos seus sintomas, contudo, é uma combinação bem pouco usual para ansiedade e enxaqueca. O uso de anti-inflamatórios (meloxicam) de forma contínua não é indicado e pode causar diversas complicações.
O mais importante é discutir sobre isso com o seu médico, entender qual a ideia dele de fazer essa formulação. Existem alternativas menos perigosas para o tratamento da enxaqueca crônica.
Que mistura heim querido? Sim, há interações potenciais entre os componentes da sua fórmula. Vou listar as principais interações abaixo:

- Escitalopram e Ciclobenzaprina: Ambos podem causar sedação e efeitos colaterais no sistema nervoso central, como sonolência, tontura e diminuição da atenção e coordenação. A combinação desses medicamentos pode aumentar esse risco.

- Meloxicam e Famotidina: A famotidina pode reduzir a eficácia do meloxicam, um anti-inflamatório não esteroide, que pode levar a um maior risco de úlceras ou sangramento no estômago e intestino.

- Meloxicam e Paracetamol: Ambos são analgésicos e podem aumentar o risco de problemas renais e hepáticos quando usados em conjunto.

É importante lembrar que a interação medicamentosa pode variar de acordo com a dose, frequência e duração do tratamento, além da idade e condição de saúde do paciente. Portanto, é recomendável que você consulte o seu médico ou farmacêutico para avaliar a segurança e eficácia dessa combinação de medicamentos para o seu caso específico. Eles podem orientá-lo sobre a melhor maneira de tomar os medicamentos e monitorar a sua saúde enquanto você estiver em tratamento.
O que me trás maior preocupação nessa fórmula é o uso contínuo do anti-inflamatório (no caso, o meloxicam), principalmente pelo dano gástrico e renal que o uso crônico dos anti-inflamatórios possam desencadear. Converse com o seu médico sobre outras possibilidades de tratamento.
Dra. Fernanda Souza de Abreu Júdice
Psiquiatra, Médico perito, Médico clínico geral
Rio de Janeiro
Essa combinação que você está usando — escitalopram + ciclobenzaprina + meloxicam + famotidina + paracetamol — tem algumas possíveis interações que merecem atenção, especialmente se for de uso frequente ou contínuo. Vamos entender os principais pontos:

Escitalopram + ciclobenzaprina
Ambos atuam no sistema nervoso central e podem aumentar a sedação, causar sonolência e diminuir os reflexos. Além disso, essa combinação pode, em casos raros, aumentar o risco de síndrome serotoninérgica, principalmente se as doses forem altas. Esse risco é pequeno, mas existe, e deve ser monitorado.

Escitalopram + meloxicam
Essa combinação aumenta o risco de sangramentos gastrointestinais, pois o escitalopram pode afetar a coagulação (por reduzir a captação de serotonina nas plaquetas), e o meloxicam, sendo um anti-inflamatório, pode irritar o estômago. A presença da famotidina ajuda um pouco a proteger o estômago, mas ainda assim é bom usar com cautela, principalmente se você já tiver sensibilidade gástrica.

Meloxicam + paracetamol
Essa associação é comum para dor, mas ambos sobrecarregam o fígado e os rins quando usados com frequência ou em doses elevadas. Em quem tem doenças hepáticas ou renais, essa combinação deve ser usada com bastante cautela.

Ciclobenzaprina + paracetamol
Essa é uma combinação usada para dor muscular e costuma ser bem tolerada, mas, novamente, pode causar sedação excessiva em algumas pessoas.

Resumo:
– A fórmula pode ser usada com segurança por curto período, principalmente em crises de enxaqueca ou dor intensa.
– Mas não é indicada para uso contínuo sem acompanhamento, porque existem riscos potenciais de sedação excessiva, sangramento gastrointestinal e sobrecarga hepática/renal.
– Não tome por conta própria nem renove por tempo indeterminado sem acompanhamento médico.

Esse conteúdo é apenas informativo e não substitui uma avaliação médica. Posso te ajudar com a psiquiatria e fico à disposição.
Dra. Camila Cirino Pereira
Neurologista, Médico do sono, Psiquiatra
São Paulo
A combinação de escitalopram + ciclobenzaprina + meloxicam + famotidina + paracetamol exige cautela, pois embora todos esses medicamentos sejam usados em situações clínicas comuns, há possíveis interações relevantes entre alguns deles: 1. Escitalopram + Ciclobenzaprina: ambos atuam no sistema nervoso central e aumentam o risco de síndrome serotoninérgica, uma condição rara, mas potencialmente grave, caracterizada por agitação, tremores, confusão, sudorese, febre e rigidez muscular. Essa combinação deve ser feita somente com prescrição e acompanhamento médico, principalmente se forem usados em doses moderadas ou altas. 2. Meloxicam + Escitalopram: o uso conjunto pode aumentar o risco de sangramento gastrointestinal, pois tanto o antidepressivo quanto o anti-inflamatório interferem na agregação plaquetária. O uso da famotidina na fórmula é justamente para proteger o estômago e reduzir esse risco, mas ainda assim é preciso cautela, especialmente em pacientes com histórico de gastrite, úlcera ou uso crônico. 3. Paracetamol + Meloxicam: não há interação direta importante, mas o uso simultâneo deve considerar o impacto hepático e renal, sobretudo em tratamentos prolongados ou em pessoas com doenças hepáticas. 4. Ciclobenzaprina + Escitalopram + Paracetamol: pode aumentar a sedação, a sonolência e a lentificação cognitiva, especialmente se usado à noite. Em resumo, essa fórmula pode ser eficaz para controlar enxaqueca e ansiedade, mas deve ser acompanhada de perto por um médico, com atenção especial a sintomas de sonolência excessiva, tontura, desconforto abdominal, alteração de humor ou sangramento. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, saúde mental, ansiedade e regulação neurofuncional, sempre com uma abordagem técnica, empática e humanizada. Dra. Camila Cirino Pereira – Neurologista | Especialista em TDAH | Especialista em Medicina do Sono | Especialista em Saúde Mental CRM CE 12028 | RQE Nº 11695 | RQE Nº 11728

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