Dra. Elizabeth Queiroz de Faria

EXAMES DE ROTINA PARA MULHERES Ao longo da vida da mulher é muito importante realizar exames preventivos de acompanhamento da saúde e prevenção de doenças futuras. Rotina por faixas etárias. 1) Consulta na puberdade e na adolescência: É recomendado que a primeira visita ao ginecologista aconteça entre 13 os15 anos. Nessa primeira consulta só irá ocorrer o exame pélvico caso a paciente já tenha iniciado a vida sexual e não inclui necessariamente o exame pélvico interno. A importância desta consulta consiste: A) Verificar status de saúde: História médica, história familiares, padrão menstrual; B) Dieta (hábitos alimentares); C) Atividade física; D) Uso de álcool, tabaco ou drogas E) Prática sexuais. F) Realização de exames (hemograma completo-> nessa fase da vida é muito comum ocorrência de anemia devido ao fluxo menstrual intenso ou anormal) Lipidograma-> (para obesas, paciente história familiar de doença cardiovascular- DVC, precoce, diabetes Melittus. Glicemia -> obesas, história familiar de diabetes e síndrome dos ovários policísticos. G) Orientar as imunizações (exemplo: vacinação contra HPV entre os 9 e 14 anos). H) Aconselhamento e avalição do desenvolvimento da sexualidade (desenvolvimento sexual, discussão sobre acne, tensão pré-menstrual, contracepção, incluindo anticoncepção de emergência) e orientações sobre comportamento de risco e doenças sexualmente transmissíveis). I) Aconselhamento de nutrição e exercícios. J) Avalição psicossocial (sintomas depressivos, situação escolar e objetivos de vida,etc) K) Orientações quanto a higiene pessoal e autocuidado. 2) Início da vida sexual – A partir do início da vida sexual as mulheres devem realizar as seguintes avaliações: A) Exame físico geral, aferição da pressão arterial; B) Exame físico das mamas; c) Exame pélvico; D) exame de Papanicolau; E) Sorologias e rastreamento de doenças sexualmente transmissíveis; F) Lipidograma (pacientes obesas, com história familiar de doença cardiovascular e diabetes Mellitus) glicemia (obesas, síndrome dos ovários micropolicisticos). G) Hemograma (descartar anemias em paciente com fluxo menstrual aumentado) H) TSH (exame da tireóide, para mulheres com doenças autoimunes) I) Exames hormonais e ultrassonografia pélvica: nos casos de irregularidade menstrual. J) Realização complementar de ultrassonografia pélvica e ultrassonografia das mamas de acordo com a necessidade particularizada de cada paciente conforme seu quadro clínico e exame físico ginecológico. K) Avalição e aconselhamento no planejamento familiar, sexualidade, nutrição, exercícios, avaliação psicossocial e orientações quanto a comportamentos de risco a saúde e prevenção quanto aos riscos de contaminações com doenças sexualmente transmissíveis L) Anticoncepção: Escolha de um método contraceptivo adequado para cada perfil de paciente. 3) Avaliação antes da gestação: É importante uma avalição geral da saúde com avaliação completa do sistema reprodutor, detecção e tratamento de condições clínicas desfavoráveis ao período gestacional por exemplo: doenças sexualmente transmissíveis (sífilis, hepatites, aids), toxoplasmose, citomegalovírus, diabetes descontrolado, anemias, distúrbios metabólicos como colesterol e triglicérides elevados. Uma gravidez planejada pode minimizar riscos para a saúde da mamãe e do bebê. Converse com seu médico caso esteja planejando engravidar e caso engravide inicie já bem no início da gravidez seu acompanhamento de pré-natal. 4) Consultas após 40 anos: Realizar exames clínico- ginecológico, exames laboratoriais de rotina particularizados de acordo com os fatores de riscos pessoais e familiares. Realizar mamografia. No entanto, se você apresenta fatores de risco para o câncer de mamas seu médico poderá iniciar solicitação de exames de imagens para as mamas com menor idade. As consultas e realização de exames são muito importantes e aliados a adoção de hábitos de vida saudáveis podem ajudar a prevenir doenças e trazer melhor qualidade de vida. Pratique exercícios, tenha uma alimentação saudável, procure não fumar e ingira a menor quantidade possível de álcool. Tenha uma atenção dirigida a seu emocional, pratique meditação, leia bons livros e escute músicas que tragam uma boa vibração. HPV – Papilomavírus humano Existem vários subtipos de HPV que podem causar desde verrugas simples em pele e mucosas até lesões mais graves como o câncer de colo uterino. Os HPV são classificados em baixo risco e alto risco para produção de câncer. Os HPV de baixo risco mais comuns são o 6 e o 11 e são responsáveis pelo aparecimento de verrugas do trato genital e região anal tanto de mulheres como de homens. Os HPV de alto risco mais comuns são os 16 e 18 os quais são responsáveis por cerca de 70% dos cânceres de colo uterino. Na grande maioria das pessoas o corpo é capaz de eliminar o vírus de forma espontânea ou seja, por conta própria e a maioria das infecções desaparecem. Infecções crônicas ou persistentes especialmente as causadas por HPV de alto risco em pessoas cujo o sistema imunológico não está pleno (por exemplo: pacientes com graves problemas nutricionais, doenças degenerativas, uso prolongado de corticoides, ou sérios problemas emocionais) podem evoluir para o câncer. https://mulherconsciente.com.br/wp-content/uploads/2018/10/hpv-oque-150x141.jpg SINTOMAS DO HPV: A maioria das infeções pelo HPV são assintomáticas. A evolução para câncer de colo está associada às proteínas E6 E e7 DO HPV. Estas proteínas desligam alguns genes supressores de tumores e consequente levam a uma maior proliferação celular das células de revestimento do colo do útero favorecendo o aparecimento de câncer. CONTAMINAÇÃO PELO HPV: O HPV é transmitido de pessoa a pessoa por contato com a pele na atividade sexual podendo contaminar colo uterino, vagina, ânus e cavidade oral. Fatores de risco para o câncer de colo: 1) Início muito precoce da vida sexual: Iniciando a vida sexual precocemente aumenta-se o tempo de risco de exposição ao HPV e o colo de útero juvenil tem características que favorecem a penetração do vírus. 2) Múltiplos parceiros: Favorece a exposição ao vírus HPV bem como a outras doenças que podem afetar a resposta imunológica e favorecer o desenvolvimento do vírus.