Dra. Marcella Andrade

Lombalgia (dor lombar)

A lombalgia é a dor crônica mais comum, a principal causa de limitação em pacientes com menos de 45 anos, além da terceira indicação cirúrgica mais prevalente. Estima-se que 65 a 80% da população geral apresentam um episódio de lombalgia ao longo da vida.As dores na coluna podem estar localizadas em inúmeros sítios e possuem um amplo diagnóstico diferencial, sendo fundamental uma avaliação cuidadosa do especialista com atenção à história do paciente e exame físico completo.

Parecer em doenças de dificil tratamento

A Reumatologia é a especialidade responsável pelo estudo e tratamento das doenças reumatológicas, onde se inclui o comprometimento do sistema musculoesquelético, mas também doenças que acometem diversas partes do corpo. Diferente do que muitos pensam, as doenças reumatológicas não ocorrem somente em idosos. A Reumatologia cuida sim de áreas como a artrose e osteoporose, que ocorrem principalmente nas idades mais avançadas, mas também estuda doenças autoimunes, que são mais prevalentes em adultos jovens. Como uma das especialidades mais desafiadoras da Medicina, é fundamental uma boa coleta da história do paciente e exame físico adequado para estabelecer o diagnóstico e tratamento corretos.

Fibromialgia

Fibromialgia é uma doença mais comum em mulheres (70-90% dos pacientes são do sexo feminino), caracterizada por dor difusa crônica, que pode estar associada a outras condições, como fadiga, sono não reparador (paciente acorda cansado), dormência, depressão e ansiedade. Sua causa e mecanismo ainda não são bem esclarecidos. Pessoas com fibromialgia possuem esses sintomas, devido a uma interpretação diferenciada da dor. A fibromialgia prejudica a qualidade de vida, o desempenho profissional e o relacionamento social do paciente. O sucesso do tratamento é baseado na associação de medidas não farmacológicas e medicamentos para o controle da dor.

Acompanhamento de terapia imunobiológica

Atualmente e cada dia mais, o tratamento com biológico é aplicado em diversas doenças reumatológicas, como por exemplo artrite reumatoide, espondilite anquilosante e artrite psoriásica. Esses medicamentos, considerados relativamente novos, possuem boa eficácia, porém deve ser prescritos com muita cautela para minimizar os efeitos colaterais. Dessa forma, é de fundamental importância a avaliação adequada pelo reumatologista, visando a indicação correta do uso desses remédios de alto custo (fornecidos pelos planos de saúde ou governo) e o acompanhamento adequado e periódico.

Osteoartrite

A osteoartrite, também conhecida como artrose, tem maior incidência com o avançar da idade e é mais comum em mulheres com mais de 50 anos. As articulações mais afetadas são as mãos, joelhos, quadril e coluna. Relaciona-se a algumas doenças, como diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares. O tratamento é dividido entre medidas não farmacológicas e farmacológicas. O primeiro grupo é caracterizado principalmente por atividade física ou fisioterapia motora; perda de peso para pessoas com sobrepeso; entre outras. Os medicamentos são utilizados com foco no controle da dor e devem ser prescritos com orientação médica, devido ao risco de efeitos colaterais graves, principalmente nos idosos.