As recaídas são inevitáveis em transtornos mentais crônicos como Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TO

3 respostas
As recaídas são inevitáveis em transtornos mentais crônicos como Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) e Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
Não são inevitáveis, mas são mais frequentes em transtornos mentais crônicos como TOC e TPB, devido à natureza persistente dos sintomas e às vulnerabilidades emocionais subjacentes. Recaídas indicam períodos de piora ou descompensação, mas com tratamento contínuo, estratégias de regulação emocional e suporte adequado, é possível reduzir sua frequência, intensidade e impacto funcional, mantendo melhora sustentável ao longo do tempo.

Tire todas as dúvidas durante a consulta online

Se precisar de aconselhamento de um especialista, marque uma consulta online. Você terá todas as respostas sem sair de casa.

Mostrar especialistas Como funciona?
Olá, não, as recaídas não são inevitáveis, embora sejam possíveis e até esperadas em alguns momentos do curso de transtornos mentais crônicos como o TOC e o TPB. Essas condições tendem a ter um curso flutuante, com períodos de melhora e possível reaparecimento de sintomas. No entanto, tratamento contínuo e estratégias de prevenção de recaídas — como psicoterapia estruturada (por exemplo, Terapia Cognitivo-Comportamental para TOC e Terapia Comportamental Dialética para TPB), uso adequado de medicação e suporte psicossocial — podem reduzir significativamente a frequência e a intensidade das recaídas.
Em outras palavras, as recaídas podem acontecer, mas não são inevitáveis quando há adesão, acompanhamento e autocuidado constantes. Um abraço!
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Oi, tudo bem? Essa é uma pergunta muito sincera e que toca num ponto que muitos pacientes têm receio de verbalizar: será que recaídas fazem parte do caminho? A resposta é mais humana e menos assustadora do que parece. Em transtornos como TOC e TPB, recaídas não são um sinal de fracasso e muito menos inevitáveis no sentido de “sempre acontecerão”, mas fazem parte de um processo natural de mudança, porque o cérebro está aprendendo novas rotas emocionais enquanto ainda convive com padrões antigos que foram reforçados por anos.

Essas oscilações acontecem porque, mesmo quando a pessoa melhora, situações específicas podem reativar caminhos emocionais antigos, especialmente em momentos de estresse, perda, cansaço ou sobrecarga. Isso não invalida o tratamento — na verdade, é justamente nesses momentos que vemos o quanto a pessoa já construiu recursos internos. Muitas vezes, uma crise que antes duraria dias passa a durar horas; aquilo que antes parecia um abismo vira apenas um tropeço. Já reparou como, quando você entende melhor o que está sentindo, até recaídas ganham outra cor e parecem menos assustadoras?

Talvez seja útil observar como você lida quando algo “escapa do controle”. O que você percebe primeiro: o pensamento, a emoção ou a urgência de reagir? Como você se trata nesses momentos? E o que costuma mudar quando você retoma habilidades que já vinha praticando? Essas perguntas ajudam a perceber que recaída não é retrocesso, e sim parte do movimento de consolidar o que foi aprendido.

O mais importante é lembrar que, tanto no TOC quanto no TPB, recaídas podem ser prevenidas e, quando acontecem, costumam ser menos intensas e mais curtas quando existe um processo terapêutico ativo. Psicoterapia, autoconsciência e, quando necessário, acompanhamento psiquiátrico criam amortecedores que ajudam o cérebro a não voltar para o padrão antigo com tanta força. Se quiser olhar para como seu sistema emocional reage a esses ciclos e o que pode tornar as recaídas cada vez menos frequentes, posso te ajudar a construir essa clareza. Caso precise, estou à disposição.

Especialistas

Tatiana de Faria Guaratini

Tatiana de Faria Guaratini

Psicólogo

Ribeirão Preto

Lilian Gonçalves

Lilian Gonçalves

Psicólogo

São Paulo

Camila Goularte

Camila Goularte

Psicólogo

Criciúma

Renata Henriques Frujuelle

Renata Henriques Frujuelle

Psicólogo

São Paulo

Renata Camargo

Renata Camargo

Psicólogo

Camaquã

Luis Falivene Roberto Alves

Luis Falivene Roberto Alves

Psiquiatra

Campinas

Perguntas relacionadas

Você quer enviar sua pergunta?

Nossos especialistas responderam a 2023 perguntas sobre Transtorno da personalidade borderline
  • A sua pergunta será publicada de forma anônima.
  • Faça uma pergunta de saúde clara, objetiva seja breve.
  • A pergunta será enviada para todos os especialistas que utilizam este site e não para um profissional de saúde específico.
  • Este serviço não substitui uma consulta com um profissional de saúde. Se tiver algum problema ou urgência, dirija-se ao seu médico/especialista ou provedor de saúde da sua região.
  • Não são permitidas perguntas sobre casos específicos, nem pedidos de segunda opinião.
  • Por uma questão de saúde, quantidades e doses de medicamentos não serão publicadas.

Este valor é muito curto. Deveria ter __LIMIT__ caracteres ou mais.


Escolha a especialidade dos profissionais que podem responder sua dúvida
Iremos utilizá-lo para o notificar sobre a resposta, que não será publicada online.
Todos os conteúdos publicados no doctoralia.com.br, principalmente perguntas e respostas na área da medicina, têm caráter meramente informativo e não devem ser, em nenhuma circunstância, considerados como substitutos de aconselhamento médico.