Boa tarde recentemente eu passei por um ataque de pânico desencadeado após um estresse agudo ocasion
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Boa tarde recentemente eu passei por um ataque de pânico desencadeado após um estresse agudo ocasionado por um único uso da Cannabis, tive um ataque de pânico e isso já tem dois meses, vale ressaltar que eu nunca tive problema com ansiedade tão pouco pânico nem mesmo os membros da minha família, foi um ataque totalmente isolado, mas mesmo assim eu fui procurar ajuda a médica psiquiatra, a mesma disse que eu tive um início de estresse pós traumático e me passou uma medicação da qual eu optei por não tomar uma vez que eu já não estava sentindo ansiedade alta e nem medo nenhum, estou sem tomar medicação e estou muito bem saio me divirto brinco converso e faço meu hobby favorito, trabalho normalmente e não me impede de nada, porém eu noto que eu me sinto um pouco apreensivo e os meus pensamentos estão mais intensos, também questiono mais as coisas simples é normal sentir essa apreensão leve, pensamentos mais vividos, ter uma certa hipervigilancia e um certo estranhamento mesmo após dois meses?
Olá! Então, normalmente a hipervigilância pode, em alguns casos, ser ocasionada pelo uso contínuo da cannabis. Entretanto, cabe ressaltar sobre a importância de uma análise mais aprofundada, porque o uso isolado não, necessariamente, acarretaria esse processo após dois meses. Por isso, pontuo sobre a importância da procura de acompanhamento psicológico. Isso porque a hipervigilância pode ser resultado do estresse do momento, o que pode ocasionar ansiedade e, em alguns casos, paranoias. Ou seja, pode estar mais relacionado à sua experiência específica e questões que podem estar ligadas a tal e que estejam desencadeando essa hipervigilância, apreensão e estado ansioso. Assim, talvez seja importante a procura de terapia para compreender melhor o que você está vivenciando. Espero ter respondido sua pergunta :)
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Oi, tudo bem?
Existe literatura científica que discute a relação do uso de cannabis (especialmente em certas condições e em algumas pessoas, não todas) com reações agudas de ansiedade ou mesmo ataques de pânico, mesmo sem histórico prévio. Esses efeitos dependem de vários fatores, como dose, frequência de uso, composição da planta, sensibilidade individual e estado emocional no momento do consumo.
Como você descreveu, é plausível que, após uma experiência intensa, o organismo permaneça em estado de alerta ou “sensibilizado” por algum tempo. Daí essa sensação de leve apreensão, pensamentos mais vividos ou hipervigilância que você relatou. Ainda assim, isso não implica necessariamente que um transtorno tenha se instalado. Pode ter sido um episódio isolado, mas é importante manter atenção.
Com base apenas nas informações que você ofereceu, não é possível afirmar com segurança o que ocorreu. Seria necessário investigar as circunstâncias exatas do episódio, que sintomas são esses que você está chamando de ataque de pânico, se houve outros sintomas concomitantes, seu nível de vulnerabilidade individual, entre outras coisas.
Se esses sintomas persistirem, agravarem ou começarem a interferir em seu dia a dia, recomendo que você procure um psicólogo. A psicoterapia pode auxiliar a explorar o que motivou a reação intensa, trabalhar o medo de recorrência, desenvolver estratégias de regulação emocional, aumentar sua autoconfiança frente a essas sensações, etc.
Espero ter te ajudado!
Existe literatura científica que discute a relação do uso de cannabis (especialmente em certas condições e em algumas pessoas, não todas) com reações agudas de ansiedade ou mesmo ataques de pânico, mesmo sem histórico prévio. Esses efeitos dependem de vários fatores, como dose, frequência de uso, composição da planta, sensibilidade individual e estado emocional no momento do consumo.
Como você descreveu, é plausível que, após uma experiência intensa, o organismo permaneça em estado de alerta ou “sensibilizado” por algum tempo. Daí essa sensação de leve apreensão, pensamentos mais vividos ou hipervigilância que você relatou. Ainda assim, isso não implica necessariamente que um transtorno tenha se instalado. Pode ter sido um episódio isolado, mas é importante manter atenção.
Com base apenas nas informações que você ofereceu, não é possível afirmar com segurança o que ocorreu. Seria necessário investigar as circunstâncias exatas do episódio, que sintomas são esses que você está chamando de ataque de pânico, se houve outros sintomas concomitantes, seu nível de vulnerabilidade individual, entre outras coisas.
Se esses sintomas persistirem, agravarem ou começarem a interferir em seu dia a dia, recomendo que você procure um psicólogo. A psicoterapia pode auxiliar a explorar o que motivou a reação intensa, trabalhar o medo de recorrência, desenvolver estratégias de regulação emocional, aumentar sua autoconfiança frente a essas sensações, etc.
Espero ter te ajudado!
Olá, como tem passado?
Do ponto de vista psicanalítico, o que você vivenciou não é apenas um fenômeno biológico de ansiedade, mas também uma experiência significativa para você mesmo, que se inscreve na sua história interna como um evento inesperado e ameaçador. Mesmo sem antecedentes familiares ou históricos de pânico, o ataque provoca uma espécie de ruptura na sensação de relação com o mundo, e o que você chama de apreensão leve, de hipervigilância ou de pensamentos mais intensos, pode ser lido como o psiquismo tentando reorganizar a experiência, dar sentido a algo que foi sentido como repentino, fora de controle e potencialmente ameaçador.
O fato de você conseguir retomar atividades, sair, se divertir e manter hobbies indica que não há aparentemente um transtorno crônico em curso, mas sim uma marca residual dessa experiência traumática. A leve hipervigilância e o questionamento mais intenso de situações simples podem ser uma forma de sinalizar atenção ao perigo, ainda que de forma sutil.
A psicanálise destacaria que essa apreensão não precisa ser combatida ou eliminada, mas escutada e compreendida. Perguntar-se sobre esses pensamentos, aceitá-los como parte do processo de elaboração e observar sua intensidade sem se autocriticar são formas de permitir que o evento seja integrado à história subjetiva sem gerar sofrimento adicional.
Mesmo em situações em que os sintomas já não interferem na vida cotidiana, manter um acompanhamento com psicólogo ou psicanalista pode ser muito útil. Esse acompanhamento não é necessariamente para “curar” algo que está errado, mas para acompanhar a elaboração da experiência, lidar com qualquer sensação de estranhamento e fortalecer estratégias de enfrentamento caso novos episódios de ansiedade surjam.
Espero ter ajudado e sigo à disposição.
Do ponto de vista psicanalítico, o que você vivenciou não é apenas um fenômeno biológico de ansiedade, mas também uma experiência significativa para você mesmo, que se inscreve na sua história interna como um evento inesperado e ameaçador. Mesmo sem antecedentes familiares ou históricos de pânico, o ataque provoca uma espécie de ruptura na sensação de relação com o mundo, e o que você chama de apreensão leve, de hipervigilância ou de pensamentos mais intensos, pode ser lido como o psiquismo tentando reorganizar a experiência, dar sentido a algo que foi sentido como repentino, fora de controle e potencialmente ameaçador.
O fato de você conseguir retomar atividades, sair, se divertir e manter hobbies indica que não há aparentemente um transtorno crônico em curso, mas sim uma marca residual dessa experiência traumática. A leve hipervigilância e o questionamento mais intenso de situações simples podem ser uma forma de sinalizar atenção ao perigo, ainda que de forma sutil.
A psicanálise destacaria que essa apreensão não precisa ser combatida ou eliminada, mas escutada e compreendida. Perguntar-se sobre esses pensamentos, aceitá-los como parte do processo de elaboração e observar sua intensidade sem se autocriticar são formas de permitir que o evento seja integrado à história subjetiva sem gerar sofrimento adicional.
Mesmo em situações em que os sintomas já não interferem na vida cotidiana, manter um acompanhamento com psicólogo ou psicanalista pode ser muito útil. Esse acompanhamento não é necessariamente para “curar” algo que está errado, mas para acompanhar a elaboração da experiência, lidar com qualquer sensação de estranhamento e fortalecer estratégias de enfrentamento caso novos episódios de ansiedade surjam.
Espero ter ajudado e sigo à disposição.
Cada situação tem um peso diferente para cada pessoa. Por exemplo, se para uma pessoa fazer determinada coisa é considerada errada e ela faz, isso pode lhe gerar muita ansiedade, medo, etc., dependendo da sua personalidade; já a mesma situação para outra pessoa pode não ter peso nenhum. As nossas reações estão muito relacionadas com as nossas convicções, nossa personalidade, o momento que passamos, nosso estado mental, etc. Se a sua família tem casos de problemas como Transtorno Bipolar, vale a pena uma investigação mais profunda. Se não for esse o seu caso, e esses sintomas estiverem te incomodando, um psicólogo, com quem você se sinta bem e tenha confiança, pode te ajudar.
Boa tarde. Gostei de ter dado tantos detalhes sobre o que está passando. Ajuda responder dúvidas quando elas são melhor explicadas.
Sobre sua questão, acredito fazer sentido essa sua apreensão leve. Considerando que você provavelmente tenha experienciado uma "bad-trip" (experiência emocional intensa gerada por uso recreativo de droga psicoativa), acredito que esses sintomas que você tenha desenvolvido sejam por estar mais em alerta com relação à sua experiência cognitiva (pensamentos, emoções, crenças). Basicamente minha hipótese é de que você tenha desenvolvido uma situação de estresse bem forte por causa da maconha e esse estresse continua se manifestando na sua rotina.
Recomendo que procure um tratamento psicológico para essa questão, uma vez que esses sintomas possam aumentar caso você tenha experiências de estresse ou ansiedade e desenvolverem-se de fato em um transtorno mental de ansiedade (pânico, estresse pós-traumático, fobia ou outros). Geralmente, quando se procura um serviço psicológico de prevensão (antes que haja um problema sério), o tratamento dura pouco tempo.
Caso opte por não procurar um tratamento psicológico, recomendo que faça uso de estratégias que reduzam sua ansiedade ou estresse, como respiração diafragmática, mindfulness (atenção plena) ou alguma outra estratégia que já tenha para conseguir se acalmar.
Sobre sua questão, acredito fazer sentido essa sua apreensão leve. Considerando que você provavelmente tenha experienciado uma "bad-trip" (experiência emocional intensa gerada por uso recreativo de droga psicoativa), acredito que esses sintomas que você tenha desenvolvido sejam por estar mais em alerta com relação à sua experiência cognitiva (pensamentos, emoções, crenças). Basicamente minha hipótese é de que você tenha desenvolvido uma situação de estresse bem forte por causa da maconha e esse estresse continua se manifestando na sua rotina.
Recomendo que procure um tratamento psicológico para essa questão, uma vez que esses sintomas possam aumentar caso você tenha experiências de estresse ou ansiedade e desenvolverem-se de fato em um transtorno mental de ansiedade (pânico, estresse pós-traumático, fobia ou outros). Geralmente, quando se procura um serviço psicológico de prevensão (antes que haja um problema sério), o tratamento dura pouco tempo.
Caso opte por não procurar um tratamento psicológico, recomendo que faça uso de estratégias que reduzam sua ansiedade ou estresse, como respiração diafragmática, mindfulness (atenção plena) ou alguma outra estratégia que já tenha para conseguir se acalmar.
Após um episódio intenso de pânico, é comum que o cérebro permaneça em estado de alerta por algum tempo, mesmo que a crise já tenha passado.
Isso acontece porque o sistema límbico (especialmente a amígdala cerebral) registra o evento como uma ameaça real e continua mais sensível a sinais de perigo — é uma forma de autoproteção.
Essa leve apreensão ou hipervigilância que você percebe é, portanto, uma reação normal do sistema nervoso em readaptação.
Com o tempo, e com práticas que favoreçam a regulação emocional (como respiração, sono adequado, rotina e pensamentos realistas), o cérebro volta a reconhecer o estado de segurança.
Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), trabalhamos para ajudar o paciente a reinterpretar esses sinais corporais e mentais, reduzindo o medo de “ter medo” e fortalecendo o equilíbrio entre corpo e mente.
Em outras palavras, o seu cérebro está apenas reaprendendo a confiar no próprio equilíbrio — e isso é um bom sinal de recuperação.
Isso acontece porque o sistema límbico (especialmente a amígdala cerebral) registra o evento como uma ameaça real e continua mais sensível a sinais de perigo — é uma forma de autoproteção.
Essa leve apreensão ou hipervigilância que você percebe é, portanto, uma reação normal do sistema nervoso em readaptação.
Com o tempo, e com práticas que favoreçam a regulação emocional (como respiração, sono adequado, rotina e pensamentos realistas), o cérebro volta a reconhecer o estado de segurança.
Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), trabalhamos para ajudar o paciente a reinterpretar esses sinais corporais e mentais, reduzindo o medo de “ter medo” e fortalecendo o equilíbrio entre corpo e mente.
Em outras palavras, o seu cérebro está apenas reaprendendo a confiar no próprio equilíbrio — e isso é um bom sinal de recuperação.
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