Boa tarde! Tenho 44 anos e sempre tive dificuldades em me relacionar e muitos incômodos. Vendo video

11 respostas
Boa tarde! Tenho 44 anos e sempre tive dificuldades em me relacionar e muitos incômodos. Vendo videos sobre autismo leve, me identifiquei muito e gostaria de um parecer médico. Existem exames que detectam autismo?
Não há exames que detectem autismo. Os transtornos do espectro autista, em geral, podem ser bem diagnosticados entrevistando a pessoa e, eventualmente, familiares ou outros indivíduos próximos, sobretudo aqueles que conhecem a pessoa desde a infância. Entretanto, o diagnóstico deve ser feito por psiquiatra experiente e há necessidade de se tomar cuidado em não se atribuir diagnósticos com base em informações da internet. Além disto, nem tos que tem dificuldades em se relacionar são autistas, sendo sintomas de fobia social muito mais frequentes, como causa. Além disto, há outros transtornos psiquiátricos como, por exemplo, a personalidade esquizoide, que podem apresentar estas dificuldades. Finalmente, há pessoas sem transtornos que podem ser mais tímidas ou mais ansiosas.

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Dra. Patricia De Lucia Nadruz
Psicólogo, Terapeuta complementar
São Paulo
Olá, bom dia. Uma avaliação neuropsicológica pode responder a seu questionamento. Na avaliação neuropsicológica existem vários instrumentos que avaliam autismo. Normalmente os médicos solicitam a avaliação neuropsi para confirmar o diagnóstico de autismo. O autismo leve muitas vezes passa despercebido por um longo periodo. Provas de cognição social e de teoria da mente, além de algumas provas de testes padrão ouro dão respaldo. Além dos testes, uma anamnese minuciosa e um bom informante sobre a infância também ajudam. Não é raro que pacientes adultos acabarem se revelando dentro do espectro do TEA. Mas é necessário fazer um diagnóstico diferencial pois problemas de relacionamento podem estar relacionados a diferentes patologias e até mesmo a questões psicológicas. Recomendo no seu caso uma avaliação, se feita por um bom neuropsicólogo você não vai se arrepender.
Dra. Sonia Maria Leite Quezada
Psicanalista, Psicólogo
Fortaleza
Não. O diagnóstico do autismo é sempre realizado por vários profissionais da área de saúde. E não ė por exames.O primeiro passo deverá ser um psicanalista, muitos pacientes se tranquilizam com uma boa escuta e acham que a partir de então podem seguir suas vidas. Abraço
Dra. Catarine Sobral
Psicólogo, Psicopedagogo, Terapeuta complementar
Rio de Janeiro
Boa tarde a todos!
Penso que os colegas acima já puderam ajudar esclarecendo vários pensamentos.
Penso que precisas pensar em como essas dificuldades de relacionamento interpessoal está te incomodando e como isso poderia ser solucionado.
Acho que não somos apenas diagnósticos ou o diagnóstico faz ser quem somos. Em muitos casos o diagnóstico é necessário para nos ajudar como norteador e como busca de solucionar tal problema, mas ele não é uma resposta unica aos nossos problemas.
Quem sabe uma avaliação psiquiatrica ou neuropsicológica poderá trazer algumas respostas as suas dúvidas, mas penso que a PSICOTERAPIA poderá te ajudar a entender quais atitudes e estruturas de pensamento que voce tem são as mais assertivas para seu estilo de vida. E dessa forma poderá junto com o seu terapeuta encontrar novas formas ou até mesmo modificar as já concebidas estruturas de relacionamento com as pessoas a sua volta. Psicoterapia é um local, um momento dedicado a voce cuidar do seu Eu interior, da sua mente e corpo. Pense nisso.
Dra. Alina Campos Tomaz Teixeira
Psicanalista, Psicólogo
Belo Horizonte
Olá.
É possível sim através de exames aplicados por profissionais qualificados, como psicólogo, e que apresenta o teste autorizado pelo Conselho Federal de Psicologia.
A procura pelo profissional é essencial, a fim de realizar os testes e após traçar um tratamento multidisciplinar. Boa sorte.
Dra. Louise Mustafá
Psicólogo, Psicopedagogo
Recife
Não tem exames. Não é uma doença. Pode ocorrer de passar despercebido, apesar que hoje em dia está se falando mais e está diagnosticando precocemente (quando bebê). Porém, antigamente e, ainda hoje precisa melhorar, era pouco divulgado para população e até os profissionais conheciam menos. Mas, se vc tem dúvidas procure o médico ou faça uma avaliação multidisciplinar. Quem dá esse diagnóstico é o médico, mas eles sempre buscam também um parecer psicológico, psicopedagógico (não é uma terapia só para crianças), terapeutas ocupacionais, etc. Busque tirar suas dúvidas. Não esqueça que se identificar com alguns sintomas do autismo não necessariamente é autismo. Observe todas as respostas acima e boa sorte.
 Alessandra Madeira de Andrade
Psicopedagogo, Psicólogo
Belo Horizonte
Olá! Muitos transtornos psiquiátricos podem trazer como prejuízos a dificuldade de relacionamento com pessoas. Acredito que você deveria começar sua investigação por uma avaliação neuropsicológica (com um bom profissional) e em seguida levá-la para a apreciação de um bom psiquiatra. Muitos adultos não tiveram a oportunidade de serem diagnosticados enquanto crianças. Procure sim por uma investigação e aprenda como minimizar os impactos desses prejuízos na sua vida. Estou à disposição! Abraços,
 Lissandra Fieltz
Psicólogo
Curitiba
A investigação a respeito do autismo é feita através de avaliação neuropsicológica e alguns exames também podem ser feitos pelo neurologista. No entanto, antes de se submeter a esta investigação, eu sugeriria que você fizesse uma visita a um psicólogo com quem se sinta confortável e com quem possa estabelecer um vínculo, de modo a iniciar um processo terapêutico. Como sua queixa principal é relacionada a questões emocionais, ele pode começar a te ajudar na diferenciação para um futuro diagnóstico.
Não há exames que detectem autismo. O diagnóstico e clínico.
Mas recomendo buscar um especialista. Mesmo que tardiamente vice pode se beneficiar de tratamentos e acompanhamentos.
Caro paciente. A sua percepção e autoconhecimento são muito importantes. É bastante comum que, atualmente, adultos busquem compreender melhor suas vivências e, muitas vezes, se identifiquem com características do espectro autista, especialmente no que hoje chamamos de autismo de nível 1 — antes conhecido como autismo leve.

O diagnóstico de autismo é clínico, ou seja, não existe um exame de sangue, de imagem ou genético que, isoladamente, confirme ou exclua o transtorno. O que fazemos é uma avaliação criteriosa baseada na história de vida, nas dificuldades desde a infância — mesmo que não tenham sido reconhecidas na época — e na análise dos comportamentos atuais.

Durante essa avaliação, levamos em consideração aspectos como comunicação social, padrões de comportamento, interesses restritos e sensibilidade sensorial. Existem, sim, instrumentos estruturados e escalas que ajudam na avaliação (como o ADOS-2, o RAADS-R e outros), mas eles são ferramentas complementares. Nenhum teste isolado substitui a avaliação clínica feita por um psiquiatra capacitado.
Dra. Camila Cirino Pereira
Neurologista, Médico do sono, Psiquiatra
São Paulo
Boa tarde! O seu relato é muito importante, e é comum que adultos com traços de autismo leve (TEA nível 1) só percebam a possibilidade do diagnóstico na vida adulta, especialmente após assistir a conteúdos informativos ou acompanhar o diagnóstico de filhos e familiares. O Transtorno do Espectro Autista não é identificado por um exame de sangue ou imagem — não existe um exame laboratorial que “detecte” o autismo. O diagnóstico é clínico e funcional, baseado na observação de padrões de comportamento, comunicação, interesses e processamento sensorial desde a infância. Ele é realizado por neurologista ou psiquiatra, frequentemente com apoio de uma avaliação neuropsicológica, que investiga funções cognitivas (atenção, memória, linguagem, flexibilidade mental, percepção social e raciocínio lógico) e aspectos emocionais. Entre os instrumentos utilizados na avaliação diagnóstica estão escalas e questionários específicos, como o ADOS-2 (Autism Diagnostic Observation Schedule), ADI-R (Entrevista Diagnóstica para Autismo), RAADS-R, CAT-Q (para camuflagem social), EQ (empatia) e SRS-2 (responsividade social). Esses instrumentos ajudam a quantificar e caracterizar o perfil autístico, mas sempre devem ser interpretados por um profissional especializado. Em adultos, o TEA leve pode se manifestar por hipersensibilidade sensorial, rigidez cognitiva, dificuldade em entender normas sociais implícitas, fadiga social, tendência ao isolamento, interesses intensos e específicos e necessidade de rotina ou previsibilidade. Muitas vezes, ele é confundido com ansiedade social, TDAH, fobia social ou transtornos de personalidade. O diagnóstico correto permite compreender melhor o funcionamento do cérebro e direcionar estratégias terapêuticas — como treino de habilidades sociais, psicoterapia cognitivo-comportamental adaptada ao autismo, acompanhamento com neurologista e, quando necessário, suporte farmacológico para ansiedade, sono ou regulação emocional. Recomendo que procure um neurologista com experiência em autismo adulto para iniciar a avaliação e, se possível, levar informações sobre seu histórico infantil (comportamentos, preferências, relações sociais e escolares). Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com seu neurologista é essencial para confirmar o diagnóstico e garantir segurança no uso. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, autismo adulto, TDAH, funções executivas e regulação neurofuncional, sempre com uma abordagem técnica, empática e humanizada. Dra. Camila Cirino Pereira - Neurologista | Especialista em TDAH | Especialista em Medicina do Sono | Especialista em Saúde Mental CRM CE 12028 | RQE Nº 11695 | RQE Nº 11728

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