Como a Abordagem Sistêmica se Relaciona com a Psicopatologia ?

2 respostas
Como a Abordagem Sistêmica se Relaciona com a Psicopatologia ?
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Oi, tudo bem?
A Abordagem Sistêmica tem uma forma muito particular de olhar para a psicopatologia — e talvez essa seja uma de suas maiores contribuições à psicologia clínica moderna. Em vez de enxergar o sintoma como algo que “existe dentro” da pessoa, ela o compreende como uma expressão que surge dentro de um sistema de relações, e que carrega um significado para esse grupo. Assim, a pergunta central deixa de ser “o que está errado com esse indivíduo?” e passa a ser “o que está acontecendo entre as pessoas que faz esse sintoma surgir ou se manter?”.

Por esse olhar, a psicopatologia não é reduzida a um diagnóstico isolado, mas entendida como um modo de comunicação emocional — uma forma de o sistema tentar se reorganizar. Por exemplo, um adolescente com comportamento agressivo pode estar expressando o conflito não-dito entre os pais; uma pessoa com sintomas ansiosos pode estar refletindo o excesso de tensão e expectativa que permeia o ambiente familiar. Nesse sentido, o sintoma tem uma função: manter um certo equilíbrio, ainda que de forma disfuncional.

Do ponto de vista da neurociência, essa leitura ganha ainda mais força. Nosso cérebro é programado para buscar segurança nos vínculos — quando esses vínculos se tornam imprevisíveis ou ambíguos, o sistema nervoso entra em estado de alerta, e isso pode se traduzir em sintomas físicos, emocionais ou comportamentais. A abordagem sistêmica, ao trabalhar as interações e não apenas o indivíduo, ajuda a reconfigurar esse senso de segurança no grupo, o que naturalmente reduz a ativação fisiológica ligada ao sofrimento.

Talvez valha refletir: o sintoma de alguém na família costuma mobilizar o grupo inteiro? O que muda nas relações quando esse sintoma aparece — aproxima, distancia, silencia? E se o sintoma estivesse cumprindo o papel de dizer algo que ninguém conseguiu colocar em palavras?

Essas são as perguntas que a Abordagem Sistêmica convida a explorar. Ela não busca culpados, mas compreensão — e é nesse processo que o alívio e as mudanças mais profundas acontecem. Caso precise, estou à disposição.

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A abordagem sistêmica se relaciona com a psicoeducação quando, junto de entender os padrões familiares, também ajuda a família a compreender a doença, os sintomas e como apoiar de forma equilibrada.

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