Como a abordagem transdiagnóstica se adequa melhor às Psicopatologias?

3 respostas
Como a abordagem transdiagnóstica se adequa melhor às Psicopatologias?
 Julia Rhenius
Psicólogo
Florianópolis
A maioria dos pacientes não apresenta sintomas "puros" de um único transtorno, mas sim padrões mistos e comórbidos. A abordagem transdiagnóstica é mais adequada porque:
- trata os mecanismos comuns entre diferentes diagnósticos
- evita protocolos engessados e pouco realistas
- permite intervenções integradas, mais próximas da complexidade clínica
- reduz o risco de "encaixar o paciente no transtorno", e foca na funcionalidade

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 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Oi, tudo bem? A sua pergunta é ótima, porque ela abre espaço para um olhar mais moderno e coerente com o que vemos tanto na clínica quanto na neurociência. Quando falamos em psicopatologias, os manuais diagnósticos costumam separar tudo em “caixinhas”: ansiedade, depressão, TPB, TOC, fobias… Mas, na prática, o sofrimento humano raramente respeita essas divisões tão rígidas. É aqui que o modelo transdiagnóstico se encaixa de forma muito mais fiel à realidade emocional das pessoas.

Essa abordagem parte da ideia de que muitos transtornos compartilham mecanismos centrais, como dificuldade de regular emoções, padrões de ameaça exagerada, rumininação, impulsividade, evitação e interpretações distorcidas do que acontece nos vínculos. Em vez de tratar apenas o rótulo diagnóstico, o modelo transdiagnóstico atua nesses processos que sustentam diferentes formas de sofrimento. Por isso ele funciona tão bem: você trabalha o “motor” do problema, não só a “luz do painel”. Quando o sistema emocional aprende novas rotas de segurança, os sintomas de várias áreas começam a diminuir ao mesmo tempo, e a vida da pessoa ganha um contorno mais estável.

Talvez faça sentido você refletir um pouco sobre isso na sua própria experiência ou na de alguém próximo. Quais são os padrões emocionais que mais se repetem, independentemente do nome do diagnóstico? Em que momentos a emoção cresce tão rápido que parece impossível controlar? E que tipo de pensamento ou interpretação costuma acompanhar esses estados — eles ajudam ou acabam aumentando ainda mais a tensão? Essas perguntas mostram exatamente por que a abordagem transdiagnóstica é tão eficaz: ela identifica o processo, não apenas o rótulo.

Se você quiser explorar como essa perspectiva pode ser aplicada de forma prática para compreender melhor um caso específico ou organizar um caminho terapêutico mais eficiente, posso te ajudar com calma. Caso precise, estou à disposição.
Olá, tudo bem?

Veja só, as classificações e diagnósticos de transtornos mentais é uma replicação do raciocínio medico para a saúde mental. Se trata de um modelo de saúde mental centrado do adoecimento psicológico.

Os modelos transdiagnóstico são mais focados na saúde mental, em vez de seu adoecimentos. Eu trabalho com a terapia de aceitação e compromisso (ACT), a qual é transdiagnóstica. Para esse modelo teórico, a saúde mental está altamente relacionada a viver no momento presente, ter um senso de identidade flexível, ter clareza de seus valores e agir comprometidamente para alcança-los.

Portanto, não é que uma abordagem transdiagnóstica se adequa melhor às psicopatologias. Mas sim que ela é uma alternativa a esse entendimento. O foco deixa de ser a psicopatologia do cliente, e se torna a relação do seu cliente com seus pensamentos, valores e a sua vida como ela é no presente

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