Como amizades unilaterais podem ser entendidas no contexto do Transtorno de Personalidade Borderline
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Como amizades unilaterais podem ser entendidas no contexto do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
Oi, que boa pergunta. As amizades unilaterais, no contexto do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), costumam estar muito ligadas à forma como a pessoa vive o vínculo afetivo — com intensidade, entrega e, muitas vezes, com medo de perder o outro. Essa combinação pode fazer com que a relação fique desequilibrada, porque o medo do afastamento leva a esforços grandes para manter o contato, mesmo quando o outro não retribui na mesma medida.
Não é sobre falta de amor-próprio, mas sobre uma necessidade profunda de conexão, que nasce de experiências emocionais antigas em que o afeto talvez tenha sido instável ou imprevisível. Quando o vínculo parece unilateral, a pessoa com TPB sente algo como uma montanha-russa emocional: alterna entre idealizar o outro (“só essa amizade me entende”) e sentir-se rejeitada ou invisível (“nunca sou prioridade para ninguém”). O cérebro, por sua vez, reage como se cada sinal de distância fosse uma ameaça de abandono, ativando um estado de alerta emocional difícil de controlar.
A terapia ajuda justamente a compreender essa dinâmica — perceber o que esse tipo de amizade desperta e o que ela tenta suprir. Às vezes, a questão não está na amizade em si, mas na expectativa de que o outro preencha algo interno, que acaba gerando frustração. Talvez valha se perguntar: o que me faz permanecer em vínculos que me doem? O que eu espero receber desse outro que não consigo encontrar em mim? E o que acontece comigo quando eu me afasto e o silêncio aparece?
Essas perguntas podem abrir espaço para um olhar mais compassivo e consciente sobre a própria forma de se relacionar. E com o tempo, é possível construir vínculos mais equilibrados — sem que o afeto precise vir acompanhado de exaustão. Caso precise, estou à disposição.
Não é sobre falta de amor-próprio, mas sobre uma necessidade profunda de conexão, que nasce de experiências emocionais antigas em que o afeto talvez tenha sido instável ou imprevisível. Quando o vínculo parece unilateral, a pessoa com TPB sente algo como uma montanha-russa emocional: alterna entre idealizar o outro (“só essa amizade me entende”) e sentir-se rejeitada ou invisível (“nunca sou prioridade para ninguém”). O cérebro, por sua vez, reage como se cada sinal de distância fosse uma ameaça de abandono, ativando um estado de alerta emocional difícil de controlar.
A terapia ajuda justamente a compreender essa dinâmica — perceber o que esse tipo de amizade desperta e o que ela tenta suprir. Às vezes, a questão não está na amizade em si, mas na expectativa de que o outro preencha algo interno, que acaba gerando frustração. Talvez valha se perguntar: o que me faz permanecer em vínculos que me doem? O que eu espero receber desse outro que não consigo encontrar em mim? E o que acontece comigo quando eu me afasto e o silêncio aparece?
Essas perguntas podem abrir espaço para um olhar mais compassivo e consciente sobre a própria forma de se relacionar. E com o tempo, é possível construir vínculos mais equilibrados — sem que o afeto precise vir acompanhado de exaustão. Caso precise, estou à disposição.
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Essas amizades refletem o padrão de instabilidade emocional e medo de rejeição que caracteriza o TPB. A pessoa pode idealizar o amigo, tornando-o uma figura central (“pessoa favorita”), o que cria uma dinâmica desigual. Quando sente que não recebe o mesmo afeto, pode se frustrar, afastar-se ou reagir com raiva. É uma tentativa inconsciente de proteger-se da dor da perda.
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