Como o transtorno de personalidade borderline (TPB) pode interagir com o bullying ?

2 respostas
Como o transtorno de personalidade borderline (TPB) pode interagir com o bullying ?
 Erick Silva
Psicólogo
São Paulo
A experiência do bullying pode ser especialmente dolorosa para quem tem transtorno de personalidade borderline. Isso porque a pessoa já lida com emoções muito intensas e uma grande sensibilidade a críticas ou rejeições. Nesse contexto, o bullying pode intensificar sentimentos de vergonha, raiva, medo de abandono e até levar a comportamentos de autoagressão ou isolamento.
Ao mesmo tempo, a forma de reagir pode variar: algumas pessoas podem responder com explosões emocionais, outras com retraimento ou dificuldade em confiar novamente nos relacionamentos.
A psicoterapia pode oferecer um espaço seguro para elaborar essas experiências, fortalecer estratégias de regulação emocional e desenvolver recursos para lidar de maneira mais saudável com situações de conflito ou rejeição. Esse cuidado faz diferença para transformar a dor em aprendizado e construção de relações mais seguras.

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 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem? A forma como o transtorno de personalidade borderline interage com o bullying costuma ser mais complexa do que parece à primeira vista, porque não envolve culpa ou responsabilidade da pessoa com TPB, e sim uma combinação entre sensibilidade emocional, medo de rejeição e a maneira como o ambiente responde a isso. O borderline não “causa” bullying, mas pode tornar certas vivências sociais mais dolorosas e, infelizmente, deixar alguém mais vulnerável a esse tipo de violência.

Quem vive com TPB costuma ter um sistema emocional muito rápido e intenso. Pequenas mudanças no tom de voz, expressões faciais ou comportamentos podem ser percebidas como ameaça ou rejeição. Em ambientes cruéis, pessoas mal-intencionadas às vezes exploram justamente essa sensibilidade. Você já percebeu situações em que sua reação emocional foi usada por alguém para te diminuir ou te provocar? Ou momentos em que a dor veio tão rápido que ficou difícil entender se aquilo era sobre o presente ou sobre feridas antigas que ainda fazem eco?

Por outro lado, algumas respostas impulsivas — especialmente em contextos de injustiça ou humilhação — podem fazer com que o grupo reaja de forma ainda mais agressiva. Isso não significa que a culpa é sua, mas que o seu corpo responde com intensidade a situações que já são naturalmente difíceis. Quando olha para a sua história, nota momentos em que tentar se defender acabou gerando ainda mais conflito? Ou episódios em que a intenção era se proteger, mas os outros interpretaram de um jeito completamente diferente?

Essas dinâmicas mostram como bullying e TPB podem se entrelaçar, ampliando dores e confundindo percepções. Entender essa interação é um passo importante para que você consiga diferenciar o que é reação emocional legítima do que foi moldado por experiências passadas que ainda pesam. Se você estiver em acompanhamento psicológico, vale levar esse tema para o seu terapeuta, porque esse tipo de compreensão costuma ser transformadora dentro do processo terapêutico.

Quando sentir que deseja aprofundar essa conversa com mais calma, posso te ajudar a olhar para essas vivências de um jeito mais cuidadoso e organizado. Caso precise, estou à disposição.

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