Como os pacientes com lúpus podem lidar com a ansiedade existencial?
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Como os pacientes com lúpus podem lidar com a ansiedade existencial?
Olá, como tem passado ultimamente?
A ansiedade existencial em pessoas com lúpus, ou qualquer doença crônica, costuma nascer do encontro entre a fragilidade do corpo e o impacto psíquico de conviver com algo que escapa ao controle. O diagnóstico abala a fantasia de onipotência: de repente, o sujeito se vê vulnerável, limitado, e a vida ganha uma dimensão de finitude que antes era teórica. Essa consciência pode gerar medo, revolta, tristeza, culpa e uma sensação de vazio.
Na superfície, o lúpus é uma doença autoimune. Mas, sob o olhar psicanalítico, podemos pensar que o corpo pode sofrer consigo mesmo e isso acarretar um sofrimento psíquico da própria pessoa com ela mesma, sua própria existência e algo que irá acompanhá-la. Claro, isso não substitui o aspecto médico, porém amplia o olhar, mostrando que o sofrimento psíquico e o biológico dialogam em camadas sutis.
Nesse ponto, a psicoterapia ou a psicanálise oferecem um espaço simbólico de reconstrução. Falar do sofrimento, dar palavras ao medo, elaborar a perda da “saúde ideal” são movimentos que devolvem ao sujeito um mínimo de domínio sobre sua própria narrativa. Quando a dor pode ser nomeada, ela deixa de ser apenas caos e começa a se transformar em sentido.
Além disso, é fundamental um cuidado interdisciplinar, e apoio emocional contínuo. A ansiedade, quando muito intensa, pode ser tratada com medicação, mas o essencial é não tratar o sintoma como inimigo, e sim como uma mensagem: o corpo e o inconsciente pedindo pausa, escuta e reconstrução.
No fundo, o trabalho psíquico diante do lúpus é o mesmo que a vida nos impõe em menor escala: aprender a existir com isso que não controlamos, com o que dói.
Espero ter ajudado e sigo à disposição.
A ansiedade existencial em pessoas com lúpus, ou qualquer doença crônica, costuma nascer do encontro entre a fragilidade do corpo e o impacto psíquico de conviver com algo que escapa ao controle. O diagnóstico abala a fantasia de onipotência: de repente, o sujeito se vê vulnerável, limitado, e a vida ganha uma dimensão de finitude que antes era teórica. Essa consciência pode gerar medo, revolta, tristeza, culpa e uma sensação de vazio.
Na superfície, o lúpus é uma doença autoimune. Mas, sob o olhar psicanalítico, podemos pensar que o corpo pode sofrer consigo mesmo e isso acarretar um sofrimento psíquico da própria pessoa com ela mesma, sua própria existência e algo que irá acompanhá-la. Claro, isso não substitui o aspecto médico, porém amplia o olhar, mostrando que o sofrimento psíquico e o biológico dialogam em camadas sutis.
Nesse ponto, a psicoterapia ou a psicanálise oferecem um espaço simbólico de reconstrução. Falar do sofrimento, dar palavras ao medo, elaborar a perda da “saúde ideal” são movimentos que devolvem ao sujeito um mínimo de domínio sobre sua própria narrativa. Quando a dor pode ser nomeada, ela deixa de ser apenas caos e começa a se transformar em sentido.
Além disso, é fundamental um cuidado interdisciplinar, e apoio emocional contínuo. A ansiedade, quando muito intensa, pode ser tratada com medicação, mas o essencial é não tratar o sintoma como inimigo, e sim como uma mensagem: o corpo e o inconsciente pedindo pausa, escuta e reconstrução.
No fundo, o trabalho psíquico diante do lúpus é o mesmo que a vida nos impõe em menor escala: aprender a existir com isso que não controlamos, com o que dói.
Espero ter ajudado e sigo à disposição.
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Pacientes com lúpus podem lidar melhor com a ansiedade existencial ao reconhecer seus medos, buscar apoio emocional, focar no que está sob controle, cultivar atividades que tragam propósito e praticar autocompaixão. Essas atitudes ajudam a reduzir a sensação de incerteza e fortalecem o equilíbrio emocional. Além disso, seria interessante buscar acompanhamento psicológico.
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