Diagnosticada com bipolaridade tipo 2, já tentei diversas medicações desde o diagnóstico. Iniciei co

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Diagnosticada com bipolaridade tipo 2, já tentei diversas medicações desde o diagnóstico. Iniciei com o lítio que foi ótimo no início sempre associado com algum antidepressivo e outra medicação para dormir (desde a infância tinha dificuldades para dormir). No início parecia haver melhoras significativas, mas logo o antidepressivo ou a medicação pra insônia tinham que ser trocados por "parar de fazer efeito", foram tantos remédios que não me recordo os nomes. Até que chegando a dosagem máxima do lítio, ele também parece não ter mais surtido efeito, junto minha primeira tentativa de s.... após o diagnóstico. O lítio foi trocado pelo lamotrigina, que tomo até hoje precisando aumentar a dose apenas uma vez (ainda tenho as mudanças de polo, mas de forma mais branda), para dormir o mirtazapina que é ótimo, mas me causa muita fome o que é um problema pois tenho distúrbio alimentar, porém TODOS os antidepressivos que já tentamos associando com o lamotrigina não ajudam. Hoje estou tomando lamotrigina+mirtazapina+ipupriona (tomo clonazepam também pois ajuda com a irritabilidade na fase depressiva) fase essa que já estou a 9 meses, algo estranho porque desde que consigo me lembrar sempre tive as fases bem demarcadas com no máximo 5 meses em hipomania depois 4 meses em estado de distimia ou depressiva (fundo do poço, pensamentos diários sobre acabar comigo mesma). Estudo e pesquiso bastante, tento levar minhas descobertas para meu médico porém faço tratamento pelo sus e infelizmente todos os psiquiatras (psicólogos) que passei só me passam medicação com base em duas as vezes 3 perguntas. Não tenho condições financeiras para arcar um tratamento particular. Não sei mais o que fazer, o que tentar, gostaria muito de uma opinião profissional?
Olá, sinto muito por tudo o que você está passando! Em quadros de transtorno bipolar tipo II, especialmente com depressões prolongadas e refratárias, é comum que antidepressivos tenham pouco efeito ou até atrapalhem, mantendo a pessoa “presa” no polo depressivo. Lamotrigina ajuda a suavizar oscilações, mas muitas vezes não é suficiente sozinha para depressões profundas e duradouras. Nesses casos, outras estratégias costumam ser consideradas: ajuste fino do estabilizador, associação com antipsicóticos com evidência para depressão bipolar, revisão do papel dos antidepressivos, do uso contínuo de benzodiazepínicos e atenção especial a comorbidades como transtorno alimentar e insônia crônica, que impactam muito o curso da doença. Nada disso deve ser feito sozinho, mas é legítimo buscar uma avaliação mais aprofundada, mesmo no SUS (CAPS, ambulatórios especializados, segunda opinião). Persistir nove meses em depressão com ideação suicida não é algo que deva ser “normalizado”. Existe manejo possível, mas ele precisa ser estruturado, contínuo e individualizado. Se houver piora dos pensamentos de morte, procurar atendimento de urgência é fundamental. Espero ter ajudado. Um abraço!

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Você tá usando boas medicações, mas elas protegem apenas do polo depressivo. Recomendaria procurar um atendimento pelo SUS, pode ser no CAPS ou através de algum encaminhamento para psiquiatra. No entanto, não recomendo que pare com o tratamento, algum acompanhamento é melhor que nenhum acompanhamento. Há a opção de clínicas populares que atendem geralmente por um preço bem mais baixo. Desejo melhoras para você e força nesse processo. Feliz natal e feliz ano novo!

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