Em caso de paciente entubado por 21 dias, que acabou com estenose de esôfago e fístula traqueal, após

Uma das complicações mais temidas das intubações prolongadas são as fístulas traqueoesofágicas. Se ainda está no respirador, evitamos o tratamento cirúrgico pela debilidade do paciente e alto risco de insucesso do procedimento. Neste caso ele deverá ser traqueostomizado e posicionada uma cânula ajustável distal a fístula para que não broncoaspire e ventile adequadamente. Deve sim ser considerada nessa fase uma prótese de esôfago, associada ou não a uma prótese também na traqueia. Uma vez, fora do respirador, estável, sem sinais de infecção, bem nutrido, caso a fístula não tenha se resolvido com a prótese ficará indicada a intervenção cirúrgica definitiva, que consiste na ressecção do segmento traqueal onde se encontra a fístula, separação desta do esôfago, rafia e fechamento da área da fístula, reanastomose (sutura com fechamento) da traqueia e interposição de um retalho de músculo do pescoço entre o esôfago e a traqueia para proteger a área de fechamento da lesão.