Estou tomando Exodus fazem 3 meses e meio. Só que minha libido foi a zero. Fui ao psiquiatra e me re

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Estou tomando Exodus fazem 3 meses e meio. Só que minha libido foi a zero. Fui ao psiquiatra e me receitou acrescentando bupropiona 150 mg pela manhã. O que a bupropiona faz pra trazer a libido de volta?
Sim, é uma associação muito comum pois a bupropiona tem como efeito colateral o aumento da libido em alguns casos. Entretanto há outras alternativas medicamentosas caso sua libido não melhore. Sugiro procurar o psiquiatra e discutir essa questão com ele para decidir a melhor conduta no seu caso. Att.

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Os antidepressivos receptadores seletivos de serotonina tem potencial de reduzir a libido. Já a bupropiona, que trabalha com dopamina e noradrenalina, tende a melhorar a função sexual. É uma boa alternativa fazer essa associação medicamentosa.
Dr. Hugo Salmen Evangelista Espindola
Psiquiatra
Rio de Janeiro
O Exodus, cujo princípio ativo é a escitalopram, é um antidepressivo da classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). Um dos efeitos colaterais possíveis dos ISRS, incluindo o escitalopram, é a diminuição da libido. Essa reação ocorre devido ao impacto desses medicamentos nos níveis de neurotransmissores, principalmente a serotonina, no cérebro.

A bupropiona é um medicamento antidepressivo de uma classe diferente, conhecido como inibidor da recaptação de dopamina-noradrenalina. Ao contrário de muitos antidepressivos, a bupropiona tem um perfil de efeitos colaterais sexualmente neutro, ou seja, geralmente não causa problemas sexuais como diminuição da libido. Na verdade, a bupropiona é frequentemente usada para tratar problemas de disfunção sexual induzidos por antidepressivos.

A bupropiona age aumentando os níveis de dopamina e noradrenalina no cérebro. Esses neurotransmissores estão associados ao prazer e à excitação, o que pode ajudar a restaurar o interesse sexual e a libido que podem ser suprimidos por outros antidepressivos. Ao adicionar bupropiona ao tratamento com escitalopram, seu médico está buscando um equilíbrio que possa aliviar os sintomas depressivos enquanto minimiza os efeitos colaterais sexuais.

É importante monitorar como você se sente com a nova medicação e discutir qualquer preocupação ou efeito colateral com seu médico. Eles poderão ajustar as dosagens ou experimentar diferentes combinações de medicamentos para encontrar o tratamento mais eficaz e com menos efeitos colaterais para você.

Portanto, a bupropiona é adicionada ao tratamento com escitalopram para combater a diminuição da libido, um efeito colateral comum dos ISRS. Ela funciona aumentando os níveis de dopamina e noradrenalina no cérebro, que estão ligados ao prazer e excitação sexual. Acompanhe de perto a resposta do seu corpo a esta nova combinação de medicamentos e mantenha uma comunicação aberta com seu médico. Estou à disposição.
Dra. Lilian Muniz
Psiquiatra, Generalista
Rio de Janeiro
A bupropiona foi adicionada porque ela age de maneira diferente: Atua nos neurotransmissores dopamina e noradrenalina — que estão mais ligados à motivação, energia e desejo. Não interfere tanto na serotonina, o que ajuda a preservar ou recuperar a libido.

Na prática, a bupropiona pode equilibrar o que a sertralina eventualmente inibe, ajudando a devolver vitalidade, interesse e desejo sexual. É importante dar um tempo para o organismo se ajustar — as melhoras podem ser sentidas em algumas semanas, e cada pessoa tem seu próprio ritmo.
Você está no caminho certo ao construir o tratamento junto com o seu médico.
Dra. Fernanda Souza de Abreu Júdice
Psiquiatra, Médico perito, Médico clínico geral
Rio de Janeiro
A sua dúvida é muito comum e super válida — a queda da libido com o uso de antidepressivos como o Exodus (escitalopram) acontece com muita gente, principalmente após algumas semanas de uso contínuo. Isso acontece porque os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, como o escitalopram, podem diminuir os níveis de dopamina em algumas regiões do cérebro — e a dopamina é fundamental para o desejo sexual, motivação e prazer.

A bupropiona age de forma diferente: ela aumenta os níveis de dopamina e noradrenalina, o que ajuda a reequilibrar o sistema de recompensa do cérebro. Isso pode melhorar a libido, o interesse sexual e até reduzir os efeitos negativos que o escitalopram estava causando nessa área.

Muitas vezes, essa combinação (escitalopram + bupropiona) funciona muito bem: o escitalopram mantém o controle da ansiedade ou depressão, e a bupropiona compensa os efeitos colaterais na área sexual, sem causar sedação ou ganho de peso.

É importante dar algumas semanas para o corpo se adaptar à nova combinação. E vale observar com carinho outros aspectos do dia a dia também — sono, autoestima, relação afetiva — porque tudo isso influencia na libido.

Esse conteúdo é apenas informativo e não substitui uma avaliação médica. Posso te ajudar com a psiquiatria e fico à disposição.
Dra. Camila Cirino Pereira
Neurologista, Médico do sono, Psiquiatra
São Paulo
A Bupropiona é um antidepressivo com um mecanismo de ação diferente dos medicamentos como o Exodus (escitalopram), que pertencem à classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). Enquanto a serotonina ajuda a estabilizar o humor, seu aumento excessivo pode reduzir a libido e dificultar o orgasmo, pois diminui a dopamina e a noradrenalina — neurotransmissores ligados ao prazer, motivação e desejo sexual. A Bupropiona, por outro lado, atua aumentando os níveis de dopamina e noradrenalina no cérebro, equilibrando esses circuitos e, assim, melhorando a energia, o foco e o interesse sexual. É por isso que, quando associada ao escitalopram, ela costuma corrigir a queda da libido e outros efeitos colaterais sexuais, sem comprometer o efeito antidepressivo. Além disso, a Bupropiona tem perfil ativador, ou seja, ajuda a combater sintomas de fadiga e apatia, frequentes em pacientes que usam antidepressivos serotoninérgicos isolados. O benefício na libido tende a surgir entre 3 e 6 semanas após o início do uso, dependendo da resposta individual. É importante manter o acompanhamento médico para ajustar a dose se necessário, já que a combinação entre os dois antidepressivos deve ser cuidadosamente equilibrada para evitar ansiedade ou insônia. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com seu neurologista é essencial para confirmar o diagnóstico e garantir segurança no uso. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, regulação emocional, saúde mental e medicina do sono, sempre com uma abordagem técnica, empática e humanizada. Dra. Camila Cirino Pereira – Neurologista | Especialista em TDAH | Especialista em Medicina do Sono | Especialista em Saúde Mental CRM CE 12028 | RQE Nº 11695 | RQE Nº 11728
Ele aumenta a disponibilidade de dopamina, podendo auxiliar no aumento da libido.

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