Estou tomando Venvanse faz 3 dias, e sempre quando tento fazer atividades fisicas meu bpm fica em 17

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Estou tomando Venvanse faz 3 dias, e sempre quando tento fazer atividades fisicas meu bpm fica em 170 e acabo parando, é normal isso ou devo parar de tomar Venvanse no dia em que eu resolver praticar?
O Venvanse pode descadear um aumento da atividade adrenergica o que associado a atividade física exaustiva ou de alto rendimento pode levar a problemas graves do ritmo cardíaco. Recomendo que durante o uso da medicação pratique atividade fisica leve a moderada, acompanhado por um profissional de educação física e portando um frequencímetro. Dessa forma você estará mais seguro para continuar praticando sua atividade física e permanecer obtendo os seus benefícios.

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Olá! O Venvanse pode realmente causar aumento da frequência cardíaca, especialmente nos primeiros dias de uso. No entanto, um batimento tão elevado durante a atividade física (como 170 bpm) pode indicar que é necessário ajustar a dose ou reavaliar a tolerância do seu organismo ao medicamento.

É muito importante não fazer ajustes por conta própria. Recomendo que agende uma consulta para avaliar melhor sua resposta ao tratamento e orientar de forma segura.

Estou à disposição!
Dra. Patricia Gomes Damasceno
Neurologista, Médico do sono, Neurofisiologista
Fortaleza
Excelente pergunta — e muito importante, pois o Venvanse (lisdexanfetamina) é um medicamento estimulante que atua diretamente no sistema nervoso central e cardiovascular, e realmente pode aumentar a frequência cardíaca (BPM) e a pressão arterial, especialmente nas primeiras semanas de uso.
1. Por que o Venvanse aumenta os batimentos cardíacos:
O Venvanse é convertido no organismo em dextroanfetamina, substância que estimula a liberação de dopamina e noradrenalina.
Esses neurotransmissores melhoram o foco e a atenção, mas também:


Aceleram os batimentos cardíacos (taquicardia);


Aumentam a pressão arterial;


Estimula o sistema de “alerta” do corpo (simpático) — como se você estivesse em estado de esforço ou adrenalina constante.


Por isso, é comum nas primeiras semanas notar:
Aumento da frequência cardíaca em repouso (até 10–20 bpm acima do normal);
Elevação acentuada durante o exercício físico;
E, em algumas pessoas, palpitação, sudorese ou falta de ar.
2. 170 bpm durante atividade física — é preocupante?
Depende da sua idade e condicionamento físico.
Por exemplo:


Em um adulto de 20–30 anos, o limite seguro de batimentos durante exercício aeróbico moderado é cerca de 140–160 bpm;


Valores acima de 170 bpm indicam esforço intenso — e, com estimulantes no organismo, isso pode sobrecarregar o coração.


Mesmo que você se sinta bem, o Venvanse potencializa a resposta adrenérgica, e o esforço físico simultâneo pode elevar o risco de arritmia, tontura ou pressão alta transitória.
3. O que fazer:
Não suspenda o Venvanse por conta própria. O ajuste deve ser feito com seu médico prescritor (geralmente psiquiatra ou neurologista).
Evite exercícios intensos nas primeiras 2 a 3 semanas, até que seu corpo se adapte à medicação;
Prefira exercícios leves ou moderados (caminhada, alongamento, bicicleta leve) e monitore seus batimentos;
Hidrate-se bem e evite treinar em jejum;
Não associe com cafeína, pré-treinos, energéticos ou termogênicos, pois eles somam efeito estimulante e aumentam ainda mais o BPM;
Informe seu médico se a frequência cardíaca em repouso ultrapassar 100 bpm de forma contínua, ou se houver tontura, falta de ar, palpitação ou dor no peito.
4. Ajustes possíveis:
Seu médico pode considerar:


Reduzir temporariamente a dose (por exemplo, de 50 mg para 30 mg);


Alterar o horário da tomada (por exemplo, tomar mais cedo e se exercitar à tarde, quando o efeito já reduziu);


Ou, em casos específicos, associar o acompanhamento com cardiologista para avaliação com eletrocardiograma e teste ergométrico, garantindo segurança cardiovascular.


5. Em resumo:


O aumento dos batimentos cardíacos com Venvanse é esperado, especialmente no início;


170 bpm durante o exercício é um valor alto e merece ajuste da rotina ou da dose, sob orientação médica;


Não é indicado interromper o remédio por conta própria, mas sim adaptar o uso e o horário ao treino, com segurança e supervisão.


Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com seu neurologista ou psiquiatra é essencial para ajustar a dose e garantir segurança no uso.
Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, TDAH no adulto, medicina do sono, regulação neurocardíaca e segurança no uso de estimulantes, sempre com uma abordagem técnica e humanizada.
Dra. Patrícia Gomes Damasceno – Neurologista | Especialista em Medicina do Sono
CRM 11930-CE | RQE nº 7771 | RQE nº 8082

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