Fui diagnosticada com crise de ausência há uns 5 anos atrás. Comecei tomando o Depakene, fazia efeit

5 respostas
Fui diagnosticada com crise de ausência há uns 5 anos atrás. Comecei tomando o Depakene, fazia efeito. Há 2 anos atrás, quando engravidei, a médica trocou para o carbamazepina, porém venho tendo muito deja vu , e varias crises de ausência.. mas a médica não trocou meu medicamento novamente. O que devo fazer ?
Dr. Marcelo Gomes de Almeida
Neurocirurgião
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Boa tarde
Durante a gestação ocorrem varias modificações no corpo da mulher que podem contribuir para que mesmo crises que estavam sob controle voltem a ocorrer;
É de grande importância a avaliação neurológica para o ajuste de medicação anti-convulsivante e quando indicado a associação ou troca dos mesmo;
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Dra. Lanucy Freita de Lima Maia
Neurologista, Neurofisiologista
Goiânia
Olá, o depakene não pode ser usado durante a gestação, tem alto risco de mal formação no bebê. Porém além da carbamazepina existem outras medicações que podem ser usadas durante a gravidez, e talvez outra tenha melhor resultado em crises de ausência. E caso você não tenha previsão de engravidar novamente também pode voltar para o depakene. Converse novamente com seu medico.
Dra. Michelle Ramos
Neurologista
Belo Horizonte
Converse com sua médica e explique que as crises pioraram; peça uma reavaliação do remédio e do diagnóstico.É comum o tratamento precisar de ajuste ao longo do tempo. A carbamazepina pode não ser a melhor opção para quem tem “crises de ausência” e seus episódios de déjà vu sugerem que o controle não está bom.
Ola! Sugiro nova avaliação neurológica, afim de otimizar seu tratamento da epilepsia, quanto antes!
Dra. Mariana M. Sant'Ana
Neurologista, Especialista em dor
Cuiabá
Excelente pergunta — e muito importante, especialmente porque o controle das crises de ausência exige acompanhamento neurológico contínuo e ajustes individualizados de medicação, conforme a resposta clínica e o momento de vida do paciente.

As crises de ausência são um tipo de epilepsia caracterizada por breves lapsos de consciência, durante os quais a pessoa parece “desligar” por alguns segundos, sem quedas ou convulsões generalizadas. O Depakene (ácido valpróico) costuma ser uma das medicações mais eficazes para esse tipo de crise, mas ele não é recomendado durante a gestação devido ao risco de malformações fetais e prejuízos ao desenvolvimento neurológico do bebê. Por isso, muitos médicos optam por substituí-lo, como no seu caso, pela carbamazepina — uma droga mais segura para o feto, porém menos eficaz no controle das crises de ausência.

O fato de você estar voltando a ter déjà-vu e episódios de “ausência” indica que o controle das crises não está adequado, e isso precisa ser reavaliado o quanto antes. Esses episódios podem representar descargas elétricas temporais ou generalizadas, e o déjà-vu pode ser um sinal de crise focal com consciência preservada, o que sugere que o tratamento atual pode não estar cobrindo plenamente seu tipo de epilepsia.

O primeiro passo é retornar ao neurologista e relatar detalhadamente a frequência e as características dessas crises. É provável que o médico solicite um novo eletroencefalograma (EEG) e possivelmente uma ressonância magnética cerebral para avaliar se houve mudança no padrão de atividade elétrica ou na origem das crises. Dependendo dos achados, ele poderá ajustar a dose da carbamazepina, associar outra medicação anticonvulsivante ou, se já não houver risco de gestação, reconsiderar o uso do ácido valpróico ou outro fármaco mais eficaz para crises de ausência, como lamotrigina ou etossuximida.

Também é essencial não interromper nem alterar a medicação por conta própria, pois isso pode aumentar o risco de crises mais intensas. O acompanhamento neurológico deve ser periódico, e qualquer modificação de tratamento precisa ser feita de forma gradual e supervisionada.

Em resumo: as crises de ausência recorrentes e episódios de déjà-vu indicam controle inadequado da epilepsia, e você precisa de reavaliação neurológica com EEG e revisão terapêutica. Existem opções seguras e eficazes, mas a decisão depende da sua condição clínica, idade e histórico gestacional.

Reforço que esta explicação tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica. Procure seu neurologista o quanto antes para revisar o tratamento e garantir a melhor estabilidade possível.

Dra. Mariana Santana – Neurologista em Cuiabá | Neurologista em São Paulo | Especialista em Tratamento da Dor
CRM: 5732-MT | RQE nº 5835

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