Há alguma diferença no luto em pacientes com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) em compara
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Há alguma diferença no luto em pacientes com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) em comparação com pessoas sem o transtorno?
Olá, agradeço pela sua pergunta — ela parte de uma inquietação legítima e muito importante. Sim, há, na prática clínica, diferenças no modo como o luto pode ser vivido por pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), em comparação com quem não apresenta esse quadro. Mas é importante lembrar: cada luto é único, e o que buscamos na psicanálise não é generalizar, e sim compreender como cada sujeito vive sua perda a partir da sua história e estrutura psíquica.
No caso do TPB, o luto tende a ser vivido de maneira mais intensa e instável. Isso acontece porque o transtorno costuma envolver uma fragilidade na construção da identidade, um medo profundo de abandono e uma dificuldade em regular afetos. A perda de alguém — mesmo que esperada ou compreendida racionalmente — pode ser vivida de forma quase insuportável, como uma ruptura violenta no próprio senso de continuidade emocional.
É comum que surjam sentimentos contraditórios: raiva pela perda, culpa, idealização extrema da pessoa que partiu, seguido por um vazio esmagador. Em muitos casos, pode haver uma oscilação entre uma dor muito crua e momentos de negação total, como se o luto ficasse “congelado”. Além disso, perdas atuais podem reativar feridas emocionais antigas, ligadas a rejeições precoces ou experiências de abandono.
A psicanálise oferece um espaço seguro e constante onde esses afetos podem ser colocados em palavras, sem censura ou medo de julgamento. O trabalho não é “ensinar a lidar”, mas permitir que o sujeito se escute, se reconheça, e encontre, aos poucos, outras formas de estar em relação consigo mesmo e com o mundo após a perda.
No TPB, esse processo precisa ser feito com cuidado, no tempo do paciente, pois o vínculo com o analista também será testado, sentido, projetado — e isso faz parte do tratamento. A boa notícia é que, sim, é possível atravessar o luto, mesmo em contextos psíquicos tão sensíveis. E não é necessário enfrentar isso sozinho(a).
Se sentir que é o momento de buscar ajuda, estarei por aqui para caminhar com você nesse processo. Seu sofrimento merece ser escutado.
No caso do TPB, o luto tende a ser vivido de maneira mais intensa e instável. Isso acontece porque o transtorno costuma envolver uma fragilidade na construção da identidade, um medo profundo de abandono e uma dificuldade em regular afetos. A perda de alguém — mesmo que esperada ou compreendida racionalmente — pode ser vivida de forma quase insuportável, como uma ruptura violenta no próprio senso de continuidade emocional.
É comum que surjam sentimentos contraditórios: raiva pela perda, culpa, idealização extrema da pessoa que partiu, seguido por um vazio esmagador. Em muitos casos, pode haver uma oscilação entre uma dor muito crua e momentos de negação total, como se o luto ficasse “congelado”. Além disso, perdas atuais podem reativar feridas emocionais antigas, ligadas a rejeições precoces ou experiências de abandono.
A psicanálise oferece um espaço seguro e constante onde esses afetos podem ser colocados em palavras, sem censura ou medo de julgamento. O trabalho não é “ensinar a lidar”, mas permitir que o sujeito se escute, se reconheça, e encontre, aos poucos, outras formas de estar em relação consigo mesmo e com o mundo após a perda.
No TPB, esse processo precisa ser feito com cuidado, no tempo do paciente, pois o vínculo com o analista também será testado, sentido, projetado — e isso faz parte do tratamento. A boa notícia é que, sim, é possível atravessar o luto, mesmo em contextos psíquicos tão sensíveis. E não é necessário enfrentar isso sozinho(a).
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Olá.
Sim, há diferenças sim. A pessoa que sofre com o TPB sente tudo de forma muito mais intensa, então o luto (que já é uma for gigante em qualquer pessoa) vai ser sentido como dor emocional inimaginável.
Sim, há diferenças sim. A pessoa que sofre com o TPB sente tudo de forma muito mais intensa, então o luto (que já é uma for gigante em qualquer pessoa) vai ser sentido como dor emocional inimaginável.
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