No trastorno sexual compulsivo a pessoa pode sentir vontade de fazer sexo com mulher trans sem ser g

3 respostas
No trastorno sexual compulsivo a pessoa pode sentir vontade de fazer sexo com mulher trans sem ser gay?
Sim. Pode acontecer. E isso não muda a orientação sexual da pessoa. O transtorno sexual compulsivo é sobre impulso e estímulo, não sobre identidade sexual. O cérebro entra num padrão de busca por estímulos cada vez mais intensos e diferentes para conseguir excitação. É um mecanismo parecido com vício. É uma condição neurocomportamental, não de identidade.

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Olá. Esta é uma dúvida importante e que envolve dois pontos distintos: a orientação sexual e a dinâmica do comportamento compulsivo.

Primeiro, é fundamental pontuar que mulheres trans são mulheres. Portanto, um homem que sente atração por mulheres trans está exercendo um desejo direcionado ao gênero feminino. No campo da sexualidade humana, a atração por mulheres trans não altera a orientação heterossexual de um homem.

No contexto do transtorno sexual compulsivo, existe um mecanismo chamado busca por novidade ou escalada. Quando o comportamento se torna compulsivo, o sistema de recompensa do cérebro pode passar a exigir estímulos cada vez mais variados ou diferentes para gerar o mesmo nível de satisfação. Isso pode levar a pessoa a buscar situações, fetiches ou parcerias que fogem do seu padrão habitual de desejo, não necessariamente porque a orientação sexual mudou, mas porque a compulsão impulsiona a busca pelo novo e pelo proibido.

Dessa forma, o desejo pode ser tanto uma expressão natural da sua sexualidade quanto um reflexo dessa busca por novos estímulos gerada pelo transtorno. O mais indicado é discutir esses sentimentos em um ambiente terapêutico especializado, para entender se esse desejo traz sofrimento ou se está ligado à perda de controle característica da compulsividade.
Olá! Essa é uma dúvida importante e vale ser tratada com cuidado e sem julgamentos.

Pela psicanálise, é fundamental separar orientação sexual, fantasias, objeto de desejo e conduta. Eles não são a mesma coisa.

No transtorno do comportamento sexual compulsivo, o que costuma estar em primeiro plano não é a orientação sexual, mas sim:

a urgência,

a compulsão,

a tentativa de aliviar angústia, vazio emocional ou tensão psíquica por meio do ato sexual.

Nesse contexto, a pessoa pode buscar experiências que não correspondem à sua identidade sexual nem ao modo como se reconhece afetivamente. O desejo pode estar ligado à fantasia, à excitação pelo proibido, pelo novo ou pelo que rompe uma organização psíquica habitual — e isso não define a pessoa como gay.

Para a psicanálise, o desejo humano é complexo, muitas vezes contraditório e inconsciente, e não se encaixa perfeitamente em rótulos fixos. Ter desejo ou praticar sexo com uma mulher trans não determina orientação sexual. Orientação envolve identificação, vínculo afetivo e posição subjetiva, e não apenas um comportamento sexual isolado.

Quando há sofrimento, culpa ou perda de controle, o mais importante não é rotular o desejo, mas compreender o que ele está tentando responder psiquicamente. O acompanhamento psicoterápico é essencial para elaborar essas questões com segurança e profundidade.

Você não está sozinho(a) nessa reflexão, e esse tipo de pergunta já mostra um movimento importante de busca por compreensão e cuidado.

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