O que causa o Transtorno de Processamento Sensorial (TPS) ?
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O que causa o Transtorno de Processamento Sensorial (TPS) ?
A causa exata do Transtorno de Processamento Sensorial (TPS) ainda é objeto de intensas pesquisas, e a comunidade científica acredita que não há uma causa única, mas sim uma combinação complexa de fatores genéticos e ambientais.
Em essência, o TPS é uma condição neurológica. Isso significa que ele se origina na forma como o cérebro e o sistema nervoso são "conectados" e como eles processam as informações recebidas dos sentidos (visão, audição, tato, olfato, paladar, vestibular e proprioceptivo).
Os principais fatores de risco e causas suspeitas são:
1. Fatores Genéticos e Hereditários
Esta é considerada a hipótese mais forte. Pesquisas e observações clínicas mostram que o TPS tende a ocorrer em famílias, sugerindo um forte componente genético. Se um dos pais tem dificuldades de processamento sensorial, há uma chance maior de que seus filhos também as tenham. Estudos estão em andamento para identificar os genes específicos que podem estar envolvidos.
2. Fatores Pré-natais e Perinatais
Eventos que ocorrem durante a gestação e o parto podem aumentar o risco de desenvolver o TPS. Isso inclui:
Prematuridade e baixo peso ao nascer: O desenvolvimento neurológico pode ser interrompido ou alterado.
Estresse materno significativo durante a gravidez.
Exposição a substâncias: O uso de álcool, drogas ou a exposição a certas toxinas durante a gestação pode afetar o desenvolvimento do cérebro do feto.
Complicações no parto que possam ter causado estresse ao bebê.
3. Diferenças na Estrutura e Função Cerebral
Estudos de neuroimagem começaram a identificar diferenças físicas no cérebro de pessoas com TPS. As pesquisas sugerem:
Conectividade cerebral atípica: Pode haver diferenças na "fiação" do cérebro, especialmente nas áreas que conectam diferentes regiões sensoriais e as que processam essas informações para gerar uma resposta adequada.
Menor integridade da substância branca: A substância branca é composta por fibras nervosas que funcionam como "cabos" de comunicação no cérebro. Diferenças nessas vias podem levar a um processamento de informações mais lento ou ineficiente.
4. Fatores Ambientais na Primeira Infância
Embora menos definidos como causa direta, certos fatores ambientais podem influenciar a expressão do transtorno:
Privação sensorial: A falta de estímulos sensoriais adequados em fases críticas do desenvolvimento.
Experiências adversas na infância: Situações de estresse crônico ou trauma podem impactar o desenvolvimento neurológico.
É importante notar que o TPS frequentemente ocorre junto com outras condições do neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o que reforça a ideia de que eles podem compartilhar causas e fatores de risco neurológicos subjacentes.
Em resumo, o Transtorno de Processamento Sensorial não é causado por "birra", falta de educação ou falha dos pais. É uma condição neurológica real que resulta de uma complexa interação entre a predisposição genética da criança e os fatores ambientais aos quais ela foi exposta, especialmente durante seu desenvolvimento inicial.
Em essência, o TPS é uma condição neurológica. Isso significa que ele se origina na forma como o cérebro e o sistema nervoso são "conectados" e como eles processam as informações recebidas dos sentidos (visão, audição, tato, olfato, paladar, vestibular e proprioceptivo).
Os principais fatores de risco e causas suspeitas são:
1. Fatores Genéticos e Hereditários
Esta é considerada a hipótese mais forte. Pesquisas e observações clínicas mostram que o TPS tende a ocorrer em famílias, sugerindo um forte componente genético. Se um dos pais tem dificuldades de processamento sensorial, há uma chance maior de que seus filhos também as tenham. Estudos estão em andamento para identificar os genes específicos que podem estar envolvidos.
2. Fatores Pré-natais e Perinatais
Eventos que ocorrem durante a gestação e o parto podem aumentar o risco de desenvolver o TPS. Isso inclui:
Prematuridade e baixo peso ao nascer: O desenvolvimento neurológico pode ser interrompido ou alterado.
Estresse materno significativo durante a gravidez.
Exposição a substâncias: O uso de álcool, drogas ou a exposição a certas toxinas durante a gestação pode afetar o desenvolvimento do cérebro do feto.
Complicações no parto que possam ter causado estresse ao bebê.
3. Diferenças na Estrutura e Função Cerebral
Estudos de neuroimagem começaram a identificar diferenças físicas no cérebro de pessoas com TPS. As pesquisas sugerem:
Conectividade cerebral atípica: Pode haver diferenças na "fiação" do cérebro, especialmente nas áreas que conectam diferentes regiões sensoriais e as que processam essas informações para gerar uma resposta adequada.
Menor integridade da substância branca: A substância branca é composta por fibras nervosas que funcionam como "cabos" de comunicação no cérebro. Diferenças nessas vias podem levar a um processamento de informações mais lento ou ineficiente.
4. Fatores Ambientais na Primeira Infância
Embora menos definidos como causa direta, certos fatores ambientais podem influenciar a expressão do transtorno:
Privação sensorial: A falta de estímulos sensoriais adequados em fases críticas do desenvolvimento.
Experiências adversas na infância: Situações de estresse crônico ou trauma podem impactar o desenvolvimento neurológico.
É importante notar que o TPS frequentemente ocorre junto com outras condições do neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o que reforça a ideia de que eles podem compartilhar causas e fatores de risco neurológicos subjacentes.
Em resumo, o Transtorno de Processamento Sensorial não é causado por "birra", falta de educação ou falha dos pais. É uma condição neurológica real que resulta de uma complexa interação entre a predisposição genética da criança e os fatores ambientais aos quais ela foi exposta, especialmente durante seu desenvolvimento inicial.
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Problemas sensoriais surgem quando o cérebro tem dificuldade para interpretar precisamente o estímulo sensorial. Sons, luzes ou toques na pele e certas sensações que outras pessoas podem perceber normalmente podem irritar ou sobrecarregar alguém com TPS.
Estou à disposição para mais perguntas.
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