O que fazer se uma pessoa com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) se recusa a procurar trat
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O que fazer se uma pessoa com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) se recusa a procurar tratamento, mas continua sofrendo com as consequências do bullying?
É uma situação muito difícil e requer o entendimento de que todos temos limites sobre as decisões dos outros. Seria importante entender por que existe essa resistência em buscar tratamento, se seria por falta de informação sobre como os tratamentos funcionam ou outras questões. Minha sugestão é que essa pessoa seja acolhida, ouvida, validada e que ela seja convidada a entender sobre suas opções de tratamento sem compromisso, apenas para conhecer. É importante também que ela compreenda que sem ajuda especializada, há grandes chances de que ela permanecerá na condição de sofrimento por muito tempo, pois não são vivências que desaparecem sozinhas.
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Olá, tudo bem? Essa é uma situação que costuma gerar muita angústia em quem observa alguém querido sofrendo, especialmente quando existe TPB e o impacto do bullying acaba deixando tudo ainda mais intenso. Quando a pessoa não aceita ajuda, é como se ela estivesse presa entre a dor do que vive e o medo de encarar essa dor de perto. Do lado de fora, parece resistência. Por dentro, geralmente é proteção.
É importante lembrar que o TPB deixa o sistema emocional muito reativo e vulnerável a experiências de rejeição. Assim, insistir demais para que a pessoa busque tratamento pode ser percebido como crítica ou invasão, mesmo quando a intenção é cuidar. Às vezes, o que ajuda mais é uma presença estável e respeitosa, algo que o corpo dela possa reconhecer como seguro. E quando o bullying ainda está acontecendo, o cérebro tende a entrar num modo de alerta contínuo, o que torna ainda mais difícil aceitar apoio, porque tudo parece ameaçador demais.
Talvez faça sentido refletir sobre algumas questões para entender melhor o que está acontecendo. Quando ela recusa tratamento, isso soa mais como medo de ser julgada ou como desconfiança de que nada vai ajudar? Nos momentos em que você oferece apoio sem pressionar, ela responde de alguma maneira diferente? E o que parece pesar mais: o sofrimento causado pelo bullying ou a sensação de que procurar ajuda significa admitir fragilidade? Essas respostas podem indicar caminhos de acesso emocional que não passam pela insistência direta.
Se o sofrimento estiver trazendo risco concreto à integridade emocional ou física, aí sim pode ser importante pensar em apoio psiquiátrico para estabilização, porque o objetivo é proteger e não impor terapia. Mas fora dessas situações, o mais eficaz costuma ser criar um ambiente onde a pessoa perceba que pedir ajuda não vai virar cobrança, e sim cuidado. Quando ela sentir que pode se aproximar sem medo, a busca por tratamento acontece de forma menos defensiva e mais consciente. Caso precise, estou à disposição.
É importante lembrar que o TPB deixa o sistema emocional muito reativo e vulnerável a experiências de rejeição. Assim, insistir demais para que a pessoa busque tratamento pode ser percebido como crítica ou invasão, mesmo quando a intenção é cuidar. Às vezes, o que ajuda mais é uma presença estável e respeitosa, algo que o corpo dela possa reconhecer como seguro. E quando o bullying ainda está acontecendo, o cérebro tende a entrar num modo de alerta contínuo, o que torna ainda mais difícil aceitar apoio, porque tudo parece ameaçador demais.
Talvez faça sentido refletir sobre algumas questões para entender melhor o que está acontecendo. Quando ela recusa tratamento, isso soa mais como medo de ser julgada ou como desconfiança de que nada vai ajudar? Nos momentos em que você oferece apoio sem pressionar, ela responde de alguma maneira diferente? E o que parece pesar mais: o sofrimento causado pelo bullying ou a sensação de que procurar ajuda significa admitir fragilidade? Essas respostas podem indicar caminhos de acesso emocional que não passam pela insistência direta.
Se o sofrimento estiver trazendo risco concreto à integridade emocional ou física, aí sim pode ser importante pensar em apoio psiquiátrico para estabilização, porque o objetivo é proteger e não impor terapia. Mas fora dessas situações, o mais eficaz costuma ser criar um ambiente onde a pessoa perceba que pedir ajuda não vai virar cobrança, e sim cuidado. Quando ela sentir que pode se aproximar sem medo, a busca por tratamento acontece de forma menos defensiva e mais consciente. Caso precise, estou à disposição.
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