O que são as compulsões no Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) supersticioso?

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O que são as compulsões no Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) supersticioso?
Olá, como vai? As compulsões no TOC supersticioso são rituais realizados para tentar evitar um suposto perigo, azar ou consequência negativa imaginada. Podem envolver frases repetidas, orações, padrões específicos, toques ou sequências “mágicas” que a pessoa sente que precisa cumprir. Esses rituais trazem alívio momentâneo, mas logo a ansiedade retorna, criando um ciclo difícil de romper. Na visão psicanalítica, essas compulsões funcionam como tentativas de controlar o desamparo, substituindo a angústia interna por uma ação concreta. Se essas práticas estiverem tomando tempo e energia, buscar apoio pode facilitar o cuidado. O CAPS pode oferecer tratamento acolhedor para isso. Espero ter ajudado, fico à disposição.

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 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Oi, tudo bem?
Essa é uma pergunta muito boa — e mostra que você está querendo entender não só o comportamento visível, mas também o que acontece por dentro dele. No Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) supersticioso, as compulsões são os rituais ou ações que a pessoa sente que precisa fazer para impedir que algo ruim aconteça. Diferente de uma superstição comum, onde o gesto é leve e simbólico, aqui ele vem acompanhado de uma sensação intensa de medo, culpa ou urgência — como se o cérebro dissesse: “se eu não fizer isso, algo terrível vai acontecer”.

Essas compulsões podem ter formas variadas. Algumas são visíveis, como tocar objetos um número específico de vezes, fazer orações de forma exata, repetir frases ou evitar certas combinações de números e cores. Outras são mentais: revisar pensamentos, pedir perdão internamente, ou tentar “anular” uma ideia considerada perigosa. O ponto em comum é que, mesmo sabendo que não faz sentido lógico, a pessoa sente que precisa fazer para aliviar a ansiedade — e esse alívio dura pouco, o que a prende no ciclo.

Você já notou se, ao realizar um desses rituais, sente um alívio imediato, mas logo depois a dúvida ou o medo voltam? E o que acontece quando tenta resistir — a ansiedade cresce até parecer insuportável? Esse é justamente o mecanismo que mantém o TOC ativo: a compulsão reduz o medo momentaneamente, mas ensina o cérebro a depender dela.

Na terapia, o foco é ensinar o cérebro a tolerar a incerteza sem recorrer aos rituais. Isso é feito de forma gradual e segura, com técnicas que ajudam a reduzir o poder da ansiedade sobre o comportamento. Com o tempo, a mente vai se libertando dessa necessidade de “controlar o imprevisível”.
Caso precise, estou à disposição.
No TOC supersticioso, as compulsões são rituais mentais ou comportamentais que a pessoa faz para neutralizar um medo irracional ou impedir que algo ruim aconteça.
Elas surgem como uma tentativa de aliviar a ansiedade provocada pelas obsessões supersticiosas, mas, na prática, acabam reforçando o ciclo do transtorno.

Por exemplo:
A pessoa tem um pensamento obsessivo, como:
“Se eu não fizer isso, algo ruim vai acontecer.”

E para tentar se livrar da angústia, ela realiza uma compulsão, por exemplo:
“Tocar três vezes na parede”, “repetir uma frase mentalmente”, “evitar um número específico” ou “refazer um movimento até parecer certo”.

Por alguns segundos, o medo diminui, mas logo volta, fazendo a pessoa repetir o ritual.

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