Por que a visão de túnel acontece em pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
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Por que a visão de túnel acontece em pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
A “visão de túnel” no TPB ocorre como uma defesa diante da intensa instabilidade emocional e do medo de abandono. Quando as emoções se tornam avassaladoras, o psiquismo do sujeito se fixa em aspectos extremos da experiência, positivos ou negativos, para tentar organizar a realidade de maneira imediata e concreta. Esse estreitamento do pensamento reduz a capacidade de considerar nuances e alternativas, funcionando como uma forma de proteção diante da angústia.
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A “visão de túnel” nas pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) acontece porque o cérebro reage a emoções intensas como se estivesse diante de uma ameaça real. É como se o sistema emocional dissesse: “preciso me proteger agora — o resto pode esperar”. Nesses momentos, a atenção se estreita, o raciocínio perde amplitude e a pessoa passa a enxergar apenas o que está diretamente ligado à dor ou ao medo que está sentindo.
Do ponto de vista neurobiológico, isso ocorre porque a amígdala — responsável por detectar perigo — fica hiperativada, enquanto o córtex pré-frontal, que ajuda a organizar pensamentos e controlar impulsos, reduz sua atividade. É um pouco como tentar conversar com alguém durante um incêndio: o corpo está em modo de sobrevivência, e o cérebro desliga tudo o que não for essencial. Essa reação, que em situações reais de risco seria protetiva, acaba se tornando desregulada no TPB, fazendo com que o menor sinal de rejeição, abandono ou conflito pareça um incêndio emocional.
Você já percebeu como, nesses momentos, é difícil lembrar que aquela pessoa também te quer bem, ou que a situação talvez não seja tão grave quanto parece? Ou como a dor parece ocupar todo o espaço, como se não existisse nada além dela? Essa é a experiência da visão de túnel: uma tentativa do cérebro de proteger, mas que acaba limitando a percepção e aumentando o sofrimento.
A boa notícia é que essa resposta pode ser treinada. A terapia ajuda o cérebro a reconhecer esses estados de ativação e, aos poucos, reabrir o campo de percepção. Com o tempo, a pessoa passa a conseguir sentir intensamente — mas sem se perder dentro da emoção.
Caso precise, estou à disposição.
A “visão de túnel” nas pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) acontece porque o cérebro reage a emoções intensas como se estivesse diante de uma ameaça real. É como se o sistema emocional dissesse: “preciso me proteger agora — o resto pode esperar”. Nesses momentos, a atenção se estreita, o raciocínio perde amplitude e a pessoa passa a enxergar apenas o que está diretamente ligado à dor ou ao medo que está sentindo.
Do ponto de vista neurobiológico, isso ocorre porque a amígdala — responsável por detectar perigo — fica hiperativada, enquanto o córtex pré-frontal, que ajuda a organizar pensamentos e controlar impulsos, reduz sua atividade. É um pouco como tentar conversar com alguém durante um incêndio: o corpo está em modo de sobrevivência, e o cérebro desliga tudo o que não for essencial. Essa reação, que em situações reais de risco seria protetiva, acaba se tornando desregulada no TPB, fazendo com que o menor sinal de rejeição, abandono ou conflito pareça um incêndio emocional.
Você já percebeu como, nesses momentos, é difícil lembrar que aquela pessoa também te quer bem, ou que a situação talvez não seja tão grave quanto parece? Ou como a dor parece ocupar todo o espaço, como se não existisse nada além dela? Essa é a experiência da visão de túnel: uma tentativa do cérebro de proteger, mas que acaba limitando a percepção e aumentando o sofrimento.
A boa notícia é que essa resposta pode ser treinada. A terapia ajuda o cérebro a reconhecer esses estados de ativação e, aos poucos, reabrir o campo de percepção. Com o tempo, a pessoa passa a conseguir sentir intensamente — mas sem se perder dentro da emoção.
Caso precise, estou à disposição.
A "visão de túnel" no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ocorre devido à intensa reatividade emocional, à clivagem (pensar em "tudo ou nada") e ao medo do abandono, que focam a atenção em uma única ameaça ou sentimento extremo (amor ou ódio), bloqueando outras perspetivas e a integração de diferentes aspetos de si ou dos outros, transformando situações em crises polarizadas e distorcendo a realidade para o "tudo ou nada".
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